A economia dos Estados Unidos criou 171 mil empregos a mais do que fechou em outubro de 2012, acima da expectativa dos analistas, que era de um saldo de 125 mil vagas, informou hoje o Departamento do Trabalho. Os números de agosto e setembro foram revisados para cima, indicando um ganho adicional de 84 mil contratações.
Apesar da alta de 16% em relação a setembro, a taxa de desemprego, calculada em outra pesquisa, subiu de 7,8% para 7,9%. É um sinal de aumento do número de pessoas em busca de trabalho, como destacou o jornal The Washington Post.
O relatório de emprego é a última divulgação de dados econômicos importantes antes das eleições presidencial e parlamentares de 6 de novembro. Aponta uma lenta recuperação da maior economia do mundo, com melhoria em todos os setores, menos no setor governamental.
"De modo geral, o relatório mostra que as coisas estão melhores do que esperávamos e certamente melhor do que pensávamos poucos meses atrás", observou o economista Paul Dales, analista sênior da empresa Capital Economics, citado pelo jornal The New York Times.
Tanto o presidente Barack Obama quanto o desafiante Mitt Romney deram interpretações favoráveis a seus discursos de campanha. Obama afirmou que os números confirmam a recuperação da economia e que os EUA criaram 5,5 milhões de empregos durante seu governo. Lembrou ainda que foi a maior quantidade de empregos gerados em oito meses.
Por outro lado, o ex-governador de Massachusetts alegou que a economia americana está estagnada e que faltam 24 milhões de empregos. Na verdade, com a Grande Recessão (2008-9), cerca de 15 milhões de pessoas perderam o emprego nos EUA.
Então, ainda falta muita gente para a retomada do nível de emprego anterior à crise, mas Romney infla sua conta ao incluir desempregados de longo prazo que já estavam fora do mercado de trabalho antes do agravamento da situação, com a falência do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, nenhum presidente se reelegeu com índice de desemprego acima de 7,2%, mas está é a pior crise desde a Grande Depressão (1929-39).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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