A economia do Japão sofreu uma contração de 0,9% de julho a setembro de 2012, sua maior queda desde o primeiro trimestre de 2011, quando o Nordeste do país foi atingido por um superterremoto de 8,9 graus na escala Richter, que provocou um maremoto e um acidente na central nuclear de Fukushima, matando cerca de 19 mil pessoas.
Terceira maior economia do mundo, o Japão cresceu num ritmo relativamente forte na primeira metade deste ano devido às obras de reconstrução das regiões afetadas. No trimestre passado, sofreu com a queda de 5% nas exportações, causada principalmente pela redução das compras da Europa e da China.
Além da crise econômica, pesou o conflito com a China em torno de algumas ilhas, que levou a um boicote de produtos japoneses. As fábricas de automóveis trabalham com uma expectativa de baixa de 20% nas vendas no mercado chinês.
O atual ritmo de contração da economia japonesa projeta uma queda anual de 3,5%.
"A questão é quão longa e profunda será essa curva descendente, e como os formuladores de políticas vão reagir", comentou o economista Masamichi Adachi, analista do banco J P Morgan Chase em Tóquio, citado pelo jornal inglês Financial Times.
O Banco do Japão lançou seu próprio programa de alívio quantitativo, jogando mais dinheiro em circulação em setembro e outubro para contrabalançar a queda nas exportações e na produção industrial. O mercado espera mais providências para estimular a recuperação.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
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