quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Foguete atinge Telavive durante ofensiva em Gaza

No segundo dia de uma ofensiva da Força Aérea de Israel contra grupos armados baseados na Faixa de Gaza, foguete disparados do território palestino atingiu hoje Telavive, a maior cidade de Israel que não era atingida desde a Guerra do Golfo de 1991, quando Saddam Hussein tentou envolver o Estado judaico no conflito. Três civis israelenses morreram numa cidade próxima. Em Gaza, pelo menos 13 palestinos foram mortos.

Desde o início da ofensiva aérea, pelo menos 274 foguetes palestinos explodiram em território israelense. Mais de 110 foram interceptados para defesa antimísseis de Israel.

"Israel não tolerar a morte de civis inocentes", declarou o primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu. "Por isso, autorizei as Forças de Defesa de Israel a fazer ataques cirúrgicos contra a infraestrutura do terrorismo em Gaza".

O ministro da Defesa, Ehud Barak, ordenou a mobilização de 30 mil reservistas, num sinal de que o Exército de Israel pode estar preparando uma operação terrestre.

As mortes foram as primeiras de israelenses. Ontem, Israel matou Ahmed Jabari, o comandante militar do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), principal grupo fundamentalista palestino, rompendo uma frágil trégua negociada dias antes. Em dois dias, a aviação israelense bombardeou mais de 250 alvos em Gaza, informou o jornal liberal israelense Haaretz.

Jabari seria responsável pelo sequestro do soldado israelense Gilad Shalit, libertado em outubro de 2011 depois de ficar mais de cinco anos no cativeiro. O movimento pacifista de Israel lamentou que ele tenha sido morto no momento em que se negociava uma trégua de longo prazo com o Hamas. Jabari teria uma cópia de um acordo pronto a ser assinado dentro do carro atingido por um míssil.

Com eleições gerais convocadas para 22 de janeiro de 2013, Netanyahu está sendo acusado de acirrar o conflito com a morte do comandante do Hamas para dar uma demonstração de força com objetivos eleitoreiros.

Em um pronunciamento marcado pela ira e a indignação, o primeiro-ministro de Gaza, Ismail Haniya, declarou que "nosso inimigo não conhece a nossa natureza". Ele prometeu uma nova fase na "guerra santa" contra Israel.

No Cairo, os governos do Egito e representantes da União Europeia tentam negociar um cessar-fogo, até agora sem sucesso.

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