Dois carros-bomba arrasaram hoje uma área do bairro de Jaramana, no sudeste de Damasco, a capital da Síria, matando pelo menos 34 pessoas. A maioria dos moradores é cristã ou drusa, minorias vistas pelos rebeldes, majoritariamente sunitas, como aliadas da ditadura de Bachar Assad.
O governo acusou "terroristas", termo que usa genericamente para falar de todos os opositores ao regime. Pela natureza do ataque, duas explosões violentas e próximas em cinco minutos, as maiores suspeitas recaem sobre grupos extremistas muçulmanos da linha da rede terrorista Al Caeda.
Além do atentado, os rebeldes tomaram mais duas bases militares da Força Aérea, uma ao sul de Damasco onde destruíram uma estátua do ditador Hafez Assad, pai do atual, e outra, a sudeste de Alepo, tomada por aliados d'al Caeda. Pode ser um sinal de que os rebeldes estão rompendo o impasse e começando a levar vantagem na batalha final da guerra civil síria.
Na semana passada, os rebeldes tomaram tinham tomado seis quartéis e uma hidrelétrica junto à fronteira com a Turquia, informa o jornal The Washington Post.
Desde o início do movimento inicialmente pacífico pela democracia, em 15 de março de 2011, mais de 35 mil pessoas foram mortas na Síria. Também há milhares desaparecidas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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