Com o fim da tentativa de mediação do ex-primeiro-ministro Alain Juppé, o ex-primeiro-ministro François Fillon promete recorrer à Justiça para resolver o conflito criado pela eleição de Jean-Francois Copé para a presidência da União por um Movimento Popular (UMP), maior partido de direita da França.
Copé ganhou a eleição interna do partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy por apenas 98 votos. Os partidários de Fillon rejeitaram o resultado, alegando que não foram contados votos dados no exterior, nas províncias ultramarinhas francesas.
"Constatando que suas posições não foram aceitas, o prefeito de Bordeaux considera que as condições para uma mediação não estão reunidas. Em consequência, ele considera sua missão concluída", diz a nota divulgada por Juppé, citada no jornal Le Monde.
A centro-direita francesa tem uma longa tradição de divisões internas causadas pelo conflito de seus líderes, como Valéry Giscard d'Estaing contra Jacques Chirac, Edouard Balladur contra Chirac, Nicolas Sarkozy contra Dominique de Villepin.
Quem ganha é o Partido Socialista, que ficou 14 anos no poder com François Mitterrand (1981-95) e inicia um novo quinquênio com o discreto e pouco carismático François Hollande, que se elegeu fundamentalmente como anti-Sarkozy.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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