Enquanto o Conselho Nacional Sírio se reúne em Doha, no Catar, para eleger uma nova liderança com legitimidade para articular um governo provisório capaz de receber apoio internacional, o ditador Bachar Assad reiterou sua intenção de lutar até o fim. Em entrevista à televisão russa, ele declarou: "Não sou um fantoche do Ocidente. Sou mais durão do que Kadafi".
O ditador sírio advertiu mais uma vez que uma intervenção militar estrangeira no país teria "um efeito dominó que vai afetar o mundo do Atlântico ao Pacífico", com implicações para o mundo inteiro: "Somos o último bastião de secularismo e estabilidade na região", afirmou, insinuando que os rebeldes são extremistas muçulmanos".
Em Doha, a oposição síria escolheu um novo grupo dirigente de 40 membros. Está sendo duramente criticado por não incluir nenhuma mulher, relata o jornal The Washington Post.
Os Estados Unidos se negam até o momento a dar qualquer ajuda aos rebeldes além de equipamentos de comunicação por medo de que as armas caiam nas mãos de extremistas. Também rejeitaram uma proposta do presidente da França, François Hollande, de reconhecer um governo provisório
Mais de 30 mil pessoas foram mortas em um ano e oito meses na guerra civil deflagrada pela ditadura de Assad ao reprimir violentamente a revolta popular inicialmente pacífica contra seu governo.
Ao cumprimentar ontem o presidente Barack Obama por sua reeleição, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que os EUA e o Reino Unido precisam trabalhar junto para tentar resolver a crise síria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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