A associação dos juízes do Egito convocou os tribunais de todos países a paralisar todas as suas atividades não essenciais em protesto contra um decreto do presidente Mohamed Mursi que ampliou seus poderes, colocando seus atos acima da revisão pelo Poder Judiciário e da Assembleia Constituinte. Na prática, ele se deu poderes de um ditador ou faraó.
Esta ameaça à liberdade conquistada na revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011 levou milhares de pessoas ontem de volta à Praça da Libertação, no Centro do Cairo. Houve choques com manifestantes da Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico, que Mursi representa.
O Conselho Superior da Magistratura denunciou o decreto como "um ataque sem precendentes na independência do Judiciário", reporta o jornal The New York Times. O presidente alega que a atual composição do Supremo Tribunal reflete o antigo regime.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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