Ao comentar hoje as negociações com o Congresso para evitar que os Estados Unidos caiam num "abismo fiscal", o presidente Barack Obama pediu a prorrogação imediata dos cortes de impostos para a classe média, deixando para discutir a tributação dos 2% mais ricos, que ganham mais de US$ 250 mil (R$ 500 mil) por ano, e outras medidas para depois.
Se a Casa Branca e o Capitólio não chegarem a um acordo até o fim do ano, acabam os cortes de impostos dos governos de George W. Bush (2001-9) e entram em vigor reduções de despesas governamentais para conter o déficito público. Sairiam de circulação US$ 600 bilhões. Os EUA correriam o risco de cair num "abismo fiscal". Isso seria fatal para a frágil recuperação econômica do país. Traria a recessão de volta.
Em sua primeira entrevista coletiva em oito meses, Obama afirmou que não houve vazamento de informações classificadas no escândalo sexual envolvendo os generais David Petraeus, ex-diretor-geral da CIA e ex-comandante militar no Iraque e no Afeganistão, e John Allen, atual comandante militar no Afeganistão, nomeado para comandante militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança liderada pelos EUA. Foi o destaque do jornal The Washington Post.
O presidente acusou os senadores republicanos John McCain e Lindsay Graham de jogar para a plateia quando ameaçam vetar uma possível indicação da embaixadora dos EUA nas Nações Unidos, Susan Rice, para secretária de Estado, em substituição a Hillary Clinton, que não fica no segundo governo Obama.
Rice, que é negra, é acusada pela oposição republicana de dar declarações equivocadas logo após o ataque contra o consulado americano em Bengázi em 11 de setembro de 2012, quando morreu o embaixador dos EUA na Líbia. No primeiro momento, a ação foi atribuída a manifestantes que estariam protestando contra um filme ofensivo ao Islã e ao profeta Maomé, mas logo ficou evidente que ninguém vai a um protesto com metralhadoras, foguetes e morteiros.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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