No sexto dia, a ofensiva de Israel contra grupos armados que disparam foguetes da Faixa de Gaza matou até agora pelo menos 106 palestinos, inclusive 20 crianças, e feriu outros 600. Um foguete palestino matou três civis israelenses.
Desde quarta-feira da semana passada, pelo menos 554 foguetes palestinos foram disparados da Faixa de Gaza; 302 foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis Domo de Ferro, desenvolvimento por Israel em conjunto com os Estados Unidos.
O governo Barack Obama tenta conter o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para evitar uma invasão terrestre do território palestino, que tem uma das maiores densidade populacionais do mundo, o que seria uma receita para a tragédia. Israel estacionou blindados e tanques junto à fronteira, e convocou 75 mil reservistas para uma possível invasão.
No Cairo, o presidente do Egito, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, tenta negociar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Na última ofensiva de Israel em Gaza antes desta, na Operação Chumbo Grosso, no fim de 2008 e início de 2009, mais de 1,4 mil palestinos e 13 israelenses foram mortos. A diferença agora é que a Primavera Árabe deu novo ânimo à luta contra uma ocupação que já dura 45 anos.
Por um lado, Israel contra-ataca depois de ser alvo de milhares de foguetes palestinos e agora também de mísseis iranianos com 75 quilômetros de alcance, capazes de atingir Jerusalém e Telavive, as duas principais cidades israelense. Por outro lado, a ocupação iniciada na Guerra dos Seis Dias é cada vez mais insustentável.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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