A companhia de petróleo BP, a antiga British Petroleum, concordou em pagar US$ 4,5 bilhões de indenização pelas 14 acusações por crimes cometidos no maior vazamento de petróleo da História dos Estados Unidos, ocorrido há dois anos no Golfo do México. A denúncia inclui de homicídio culposo a mentir ao Congresso.
É a maior multa já aplicada pela Justiça criminal dos EUA. A maior parte do pagamento, US$ 4 bilhões, corresponde a multas. Vai para o governo americano, que fez o acordo.
Cerca de 800 milhões de litros de petróleo vazaram no golfo nos 87 dias que se seguiram à explosão da plataforma de petróleo Horizonte de Águas Profundas, em 20 de abril de 2010. Foi o pior vazamento acidental de petróleo da História, superado apenas pelo realizado pelas forças de Saddam Hussein ao se retirarem do Iraque na Guerra do Golfo Pérsico, em fevereiro de 1991.
Onze petroleiros morreram no acidente no Golfo do México, atribuído à negligência e aos cortes de custos da BP e de duas outras empresas associadas ao projeto.
A própria BP acusou a Transocean de "erro de design" e a Halliburton, que já foi presidida pelo ex-vice-presidente Dick Cheney e esteve envolvida na invasão do Iraque, de usar cimento de má qualidade no poço acidentado.
O acordo visa a encerrar os processos criminais contra a BP. A empresa ainda pode ser enquadrada na Lei da Água Limpa, que prevê multa de US$ 1,1 mil a US$ 4,3 mil por barril de petróleo derramado no mar. Pelos cálculos de Peter Hutton, do RBC Capital Markets, essa conta pode chegar a US$ 21 bilhões, informa o jornal The New York Times.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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