A dívida soberana da França perdeu a nota máxima de crédito da agência de classificação de risco Moody's, rebaixada em um grau por causa da baixa expectativa de crescimento econômico do país, que enfrenta sérios desafios estruturais.
O crédito soberano da França caiu de AAA para Aa1. A perspectiva continua negativa, noticia o jornal The Wall St. Journal. A agência Standard & Poor's tinha tirado a nota máxima da dívida pública francesa em janeiro deste ano de 2012.
Segunda maior economia da Europa e quinta do mundo, a França sofreu uma grande queda de produtividade nos últimos anos por não ter feito as reformas econômicas inspiradas pelo capitalismo liberal. Como a Alemanha fez, sob o governo social-democrata de Gerhard Schröder, avançou ainda mais na concorrência direta.
Há pouco, o Relatório Gallois advertiu que o país corre o risco de ficar atrás da Itália e da Espanha, que estão sendo obrigadas a realizar reformas profundas por força da crise para refinanciar suas dívidas públicas. O governo anunciou cortes de 20 bilhões de euros em impostos sobre a folha de pagamento para aumentar a produtividade.
Na edição desta semana, a revista inglesa The Economist descreve a França como "uma bomba-relógio armada no coração da Europa". O ministro das Finanças, Pierre Moscovici, alegou que o governo socialista aprovou o "orçamento mais duro dos últimos 30 anos" para escapar de uma crise de dívida.
Pelos cálculos do ministro, o déficit público francês deve ficar em 4,5% do produto interno bruto em 2012 e cair para o limite de 3% imposto pelo pacto fiscal para sustentar o euro. Outra meta é reduzir o gasto do governo de 56% para 53% do PIB, informa o jornal Financial Times.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário