Diante da ascensão da China como superpotência, cada vez mais agressiva em suas disputas territoriais com os países vizinhos, o Japão questiona o pacifismo que marcou sua política de defesa desde a derrota para os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
Pela primeira vez em décadas, o país está dando ajuda militar, na tentativa de criar alianças e fortalecer possíveis aliados. Em breve, deve romper outra barreira, vendendo armas e equipamentos militares a outros países da Ásia.
Até o momento, não é nada espetacular, mas o jornal The New York Times vê nesses indícios os primeiros sinais claros de reafirmação do Japão como potência militar.
"Durante a Guerra Fria, tudo o que o Japão tinha de fazer era seguir os EUA", declarou Keiko Kitagami, assessor especial do primeiro-ministro Yoshihiko Noda para defesa. "Com a China, é diferente. O Japão precisa assumir sua própria posição."
O desafio é claro: "Queremos construir uma coalizão de interessados na Ásia para evitar que a China nos atropele", afirmou em Tóquio o diretor do Instituto de Estudos do Leste da Ásia da Universidade Keio, Yoshihide Soeya. Como disse o vice-ministro da Defesa, Akihisa Nagashima, "não podemos deixar o Japão decair em silêncio".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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