A Índia enforcou hoje secretamente Mohammed Ajmal Kassab, o único sobrevivente do grupo de dez terroristas paquistaneses que atacaram Mumbai, a maior cidade do país, há quatro anos, matando 166 pessoas durante três dias.
Em 26 de novembro de 2008, dez terroristas ligados ao grupo extremista muçulmano Lashkar-e-Taiba, o Exército dos Puros, sequestraram um barco pesqueiro indiano, mataram o dono e desembarcaram na capital econômica da Índia em botes de borracha com motor.
O assalto começou na avenida beira-mar e se estendeu por uma estação ferroviária, um hospital, um centro cultural israelita e dois hotéis de cinco estrelas. Nove terroristas foram mortos pelas forças de segurança indianas. Seus corpos foram enterrados em lugar ignorado. Só Kassab foi preso. Agora, seu corpo terá o mesmo destino.
Todos os terroristas foram mortos, mas os mandantes do crime ficaram impunes. O Paquistão, inimigo histórico da Índia, não colaborou com a investigação. Hoje, limitou-se a declarar que "condena todas as formas de terrorismo". Na realidade, o serviço secreto militar paquistanês apoia extremistas muçulmanos e usa-os para travar uma guerra indireta no Afeganistão e contra a Índia.
Na terra natal de Kassab, Faridkot, uma aldeia camponesa de cerca de 1,5 mil habitantes, a população está certa de que seu conterrâneo foi uma vítima inocente das manipulações da Índia para caracterizar o Paquistão como uma "nação terrorista".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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