Os restos mortais do líder histórico da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, foram exumados hoje em Ramalá, na Cisjordânia, para examinar se sua morte, em novembro de 2004, foi causada por envenenamento com o elemento radioativo polônio.
A Autoridade Nacional Palestina, que controla a Cisjordânia, está convencida de que Israel matou Arafat. Médicos legistas da França, onde ele morreu, da Rússia e da Suíça, pegaram amostras dos restos do líder palestino para fazer exames laboratoriais. Os resultados saem em três meses.
Quem levantou a suspeita foi a televisão árabe especializada em notícias Al Jazira, com base em exames feitos pelo Instituto de Radiofísica de Lausanne, na Suíça, que descobriram altos níveis de polônio-210 nas roupas, na escova de dentes e no turbante de Arafat.
A viúva, Suha Arafat, fez então uma denúncia formal, e a ANP ordenou a exumação do corpo, realizada hoje, informa a televisão americana CNN.
O polônio-210 foi o elemento usado para matar o ex-agente secreto russo Alexander Litvinenko em Londres, em novembro de 2006, um homicídio atribuído ao governo da Rússia. O principal suspeito virou deputado da Duma do Estado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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