Sob intensa pressão das ruas para concluir seu trabalho desde que o presidente Mohamed Mursi se outorgou poderes excepcionais, a Assembleia Constituinte do Egito aprovou um projeto de Constituição. Se for sancionado pelo presidente, será submetido a um referendo pelo voto popular.
Um trecho polêmico afirma que a charia, o direito islâmico, será a base da legislação. Isso constava da Constituição anterior, da ditadura de Hosni Mubarak (1981-2011), mas os poderes executivo e judiciário não estavam sob controle da Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico do mundo.
Para a multidão concentrada nos últimos dias na Praça da Libertação, no Centro do Cairo, isso representa uma ameaça de que a revolução seja sequestrada por extremistas muçulmanos, que usariam a democracia para chegar ao poder e a partir daí tentariam acumular o poder absoluto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário