A Assembleia Geral das Nações Unidas vota hoje à noite para reconhecer hoje a Palestina como um país independente não associado à organização, com status de observador. Os Estados Unidos não têm direito de veto sobre essa decisão.
Em retaliação, os EUA e Israel ameaçam reter fundos da Autoridade Nacional Palestina, que governa parte da Cisjordânia ocupada. Mas o enfraquecimento ainda maior da ANP favorece o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que cada vez mais se firma como principal representante do povo palestino.
Pelo menos 15 países europeus, inclusive a França, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, devem votar a favor. O Brasil e a América Latina devem apoiar em peso a reivindicação palestina
A votação na Assembleia Geral, hoje com 193 países-membros, acontece exatamente 65 anos depois que a Resolução 181 aprovou a divisão da Palestina para a criação de dois estados nacionais independentes, um árabe e um judaico, lembra a agência Reuters.
Desde os anos 70, a Organização para a Libertação da Palestina tinha status de entidade observadora na ONU. Ao elevar seu status para país não membro é implicitamente reconhecida como estado nacional e pode se associar a todo o sistema Nações Unidas, inclusive à Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia, na Holanda, onde pode denunciar os abusos da ocupação israelense.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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