terça-feira, 17 de julho de 2012

Queda de Assad é inevitável, diz espionagem israelense

LONDRES - Depois de um ano e quatro meses de revolta popular na Síria, o chefe do serviço secretos das Forças de Defesa de Israel, general Aviv Kochavi, acredita que a ditadura de Bachar Assad está condenada e sua queda é uma questão de tempo.

Para os militares israelenses, isso significa que deve haver um aumento da atividade de jihadistas junto às Colinas do Golã, ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, assim como acontece na Península do Sinai, no Egito, desde a saída do presidente Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011.

Em depoimento à Comissão de Defesa e Relações Exteriores da Knesset, o Parlamento de Israel, o general Kochavi afirmou que o regime sírio pode sobreviver por mais dois meses ou talvez até dois anos, mas não será capaz de esmagar totalmente a rebelião.

Durante o depoimento, ele mostrou imagens de satélite mostrando a artilharia síria lançando bombardeios indiscriminados. Com 500 a 700 mortes por semana, sua avaliação é que o conflito se agravou.

Mesmo assim, a possibilidade de Assad recorrer a um conflito com Israel numa última tentativa de salvar o regime foi considerada escassa pelo general, informa o jornal liberal israelense Haaretz.

Por um lado, a queda de Assad, um antigo inimigo, aliado do Irã e copatrocinador dos grupos Mmovimento de Resistência Islâmica (Hamas) nos territórios palestinos ocupados e da milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), interessa a Israel. Mas há o temor de um longo período de instabilidade no país vizinho, com risco de "libanização" da Síria e de envolvimento do Líbano na guerra civil.

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