Depois de entrevistar mais de 200 presos durante a revolta popular na Síria, a organização não governamental Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humano) identificou 27 centros de tortura usados pela ditadura de Bachar Assad para obter informações e quebrar a fibra moral dos rebeldes.
No relatório Arquipélago de Torturas: prisões arbitrárias, tortura e desaparecimentos forçados, de 81 páginas, divulgado hoje, a ONG revela a localização, os métodos usados e quem comanda os porões de ditadura síria nesta guerra civil em que cerca de 15 mil pessoas foram mortas em pouco menos de um ano e quatro meses.
Os quatro maiores centros de tortura seriam controlados pelos principais serviços secretos sírios, que concorrem entre si: o Departamento de Inteligência da Polícia, o Diretório de Segurança Política, o Diretório de Inteligência Geral e o Diretório de Inteligência da Força Aérea.
A organização de defesa dos direitos humanos quer que o Conselho de Segurança das Nações Unidas encaminhe o caso para o Tribunal Penal Internacional. Como a Síria não aderiu ao Estatuto de Roma, que criou o tribunal, só pode ser enquadrada por determinação do Conselho de Segurança.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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