LONDRES - O Reino Unido começa amanha sua maior operação de segurança em tempos de paz para proteger a Olimpíada de Londres. Uma das maiores preocupações é defender a delegação de Israel. Depois de um atentado contra turistas israelenses na Bulgária, há o temor de que tenha sido apenas um ensaio para um ataque maior, no estilo do que grupos terroristas palestinos lançaram há 40 anos, na Olimpíada de Munique, na Alemanha, em 1972.
Quando o homem-bomba da Bulgária foi identificado como um jovem americano de origem árabe com todas as características de um ocidental, um cabeludo de bermudas, tênis e mochila, suscitou os piores temores dos chefes de serviços secretos.
Este é o tipo de terrorista suicida mais difícil de parar, um cidadão, igual a outros milhares. Só a detecção dos explosivos ou indícios sobre uma conspiração conseguem pará-lo.
Mais de 17 mil soldados e policiais, e 7 mil seguranças privados vão patrulhar a Vila Olímpica, 26 locais de competição, hotéis e centros de treinamento. A capital britânica terá vários anéis de segurança. Salas de emergências estão preparadas nos locais de prova para receber atletas, autoridades e empresários em caso de ataque.
Israel mandou um grupo de agentes para proteger sua delegação de 38 atletas. Outros agentes estão procurando na Europa células da força iraniana Qods, braço da Guarda Revolucionária para operações no exterior, que estaria recrutando europeus convertidos ao islamismo radical para lançar ações terroristas sem serem percebidos.
O governo de Israel está convencido de que o ataque que matou turistas israelenses foi encomendado pelo Irã em vingança pela morte de quatro cientistas ligados ao programa nuclear iraniano. Atribui a execução à milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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