O presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), indicou uma mudança de foco na guerra contra as drogas. Em vez de usar as Forças Armadas como o atual presidente, Felipe Calderón, ele pretende criar uma polícia federal com 40 mil agentes para proteger a população, e não para tentar desarticular as gangues e destruir plantações.
Logo depois de tomar posse, há seis anos, Calderón iniciou uma guerra contra o tráfico que resultou em 50 mil mortes e aumentou a corrupção no Exército e na polícia do México. As gangues ganham bilhões por ano vendendo drogas nos Estados Unidos, onde podem comprar armas sem dificuldades.
Agora, para acabar com as máfias do tráfico, o presidente eleito, que toma posse em dezembro, quer sufocá-las financeiramente. As Nações Unidas acreditam que centenas de bilhões de dólares do tráfico são lavados no sistema financeiro americano.
Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, Peña Nieto, de 45 anos, reconheceu que "a violência é a questão mais sensível para os mexicanos. O México não aguenta mais conviver com este cenário de sequestro e morte".
Ele negou que sua estratégia para reduzir a violência seja uma rendição diante do poder de fogo e de corromper dos cartéis do tráfico: "Não vai haver pacto nem trégua com o crime organizado".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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