Para economizar mais 65 bilhões de euros em dois anos e meio, e reduzir o déficit público da Espanha para 6,3% do produto interno bruto neste ano, o primeiro-ministro Mariano Rajoy apresentou hoje seu quarto plano de austeridade fiscal em sete meses de governo.
Entre as medidas, há um aumento de 18% para 21% no imposto sobre valor agregado, equivalente ao imposto sobre circulação de mercadorias e serviços no Brasil, a suspensão do pagamento do bônus de Natal (13º salário) para os funcionários públicos e a redução do auxílio aos desempregados.
Na campanha eleitoral, Rajoy, do conservador Partido Popular, prometera não aumentar impostos, sob o argumento de que diminuiria o consumo e aprofundaria a recessão. A economia da Espanha deve recuar neste ano e no próximo. Mas a queda na arrecadação exigiu um aumento de impostos, observa o jornal The New York Times.
Ao anunciar a decisão, um dia depois que a União Europeia liberou a primeira parcela de 30 bilhões de euros de uma ajuda para recapitalizar os bancos espanhóis, Rajoy não escondeu o pessimismo: "Crescer e gerar empregos não é possível hoje".
Durante a manhã, os mineiros fizeram uma grande manifestação em Madri, no final de uma longa marcha de protesto contra o corte de 65% nos subsídios para o setor onde trabalham. Houve confronto com a polícia. Pelo menos 69 pessoas saíram feridas, mas sem maior gravidade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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