A PSA Peugeot-Citroën, maior empresa automobilística da França, anunciou hoje o fechamento de uma fábrica perto de Paris em 2014 e a demissão de 8 mil trabalhadores, citando como razões o prejuízo que teve no primeiro semestre e a expectativa de uma contração durável no mercado europeu.
O prejuízo operacional neste ano já chega a cerca de 700 milhões de euros, cerca de R$ 1,75 bilhão. Sob o impacto da crise das dívidas públicas na Zona do Europa, a expectativa da empresa é de uma queda de 8% nas vendas de carros novos na Europa em 2012 e de 10% para seus veículos.
Será a primeira fábrica de automóveis a encerrar suas atividades na França desde 1992.
Com o fim da fábrica de Alnay, em Seine-Saint-Denis, onde hoje há 3 mil empregados, a produção na região de Paris será concentrada em Poissy. Em Rennes, 1,4 mil dos 5,6 mil postos de trabalho serão eliminados.
Cerca de 3,6 mil vagas serão fechadas nos setores de administração, vendas, pesquisa e desenvolvimento, dentro de um plano de demissões e aposentadorias "voluntárias", reportou o jornal francês Le Monde.
Para o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Bernard Thibault, é um "terremoto" com consequências muito além da PSA: "Se a Peugeot anuncia a supressão de 8 a 10 mil empregos, é preciso multiplicar por três, talvez por quatro, para medir o impacto no emprego em todo o país".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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