Em mais um sinal do impacto da crise econômica internacional iniciada nos países ricos sobre os grandes países em desenvolvimento, a China acaba de anunciar que sua taxa anual de crescimento no segundo trimestre de 2012 ficou em 7,6% ao ano, abaixo dos 8,1% do primeiro trimestre.
É o pior resultado do produto interno bruto chinês desde o início de 2009. Na atual trajetória de desaceleração, a segunda maior economia do mundo não alcança a meta de 7,5% de expansão em 2012. Antes da Grande Recessão de 2008-9, a China crescia mais de 10% ao ano.
Nesta semana, foram anunciadas quedas na taxa de crescimento das exportações e das importações da China, hoje o maior parceiro comercial do Brasil, que avançou apenas 0,5% no primeiro semestre, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central. Afinal, a União Europeia é o maior mercado do planeta, com PIB de cerca de US$ 18 trilhões. A crise europeia abala o mundo inteiro.
Mas o crescimento anual do investimento subiu de 20,4% em junho, após registrar 20,1% em maio. Depois da segunda queda na taxa básica de juros do Banco Popular da China em um mês, a oferta de crédito tende a aumentar.
O governo chinês aposta no aumento do investimento e do consumo para aumentar a taxa de crescimento do PIB no segundo semestre do ano, atingir a meta e evitar a agitação social decorrente de uma crise econômica.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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