LONDRES - O ex-diretor de comunicações do primeiro-ministro David Cameron, Andy Coulson, e a ex-diretora-executiva da empresa News International Rebekah Brooks foram denunciados criminalmente hoje por autorizar a escuta clandestina do telefone celular de Milly Dowler, uma menina sequestrada e assassinada, quando editavam o jornal News of the World, fechado há um ano por causa do escândalo.
Como a polícia detectou movimentação na caixa postal, chegou a acreditar que Milly estivesse viva. A menina tinha apenas 13 anos, o que torna o caso mais revoltante.
É mais um duro golpe no estilo jornalístico do magnata australiano-americano Rupert Murdoch, um arquiconservador, dono da Fox News, que se apresenta nos Estados Unidos como porta-voz do conservadorismo e ignora o escândalo no Reino Unido.
"Esta empresa é contra o crime. Defende a sociedade e as vítimas de crimes", declarou Coulson ao sair do tribunal, pretextando inocência, mas a capacidade de julgamento do primeiro-ministro mais uma vez é colocada em dúvida. Afinal, Cameron contratou Coulson depois que o escândalo veio à tona.
Rebekah Brooks divulgou nota dizendo: "Não sou culpada dessas acusações. Não autorisei
Ao todo, depois de anos de investigações, oito suspeitos ligados foram acusados por pirataria telefônica contra, entre outros, o ex-beatle Paul McCartney e sua ex-mulher Heather Mills, a atriz Sienna Miller, o jogador de futebol Wayne Rooney e o ex-vice-primeiro-ministro John Prescott.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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