sexta-feira, 6 de junho de 2008

Israel considera "inevitável" ataque ao Irã

Um ataque para destruir as instalações nucleares do Irã parece "inevitável", alertou hoje o vice-primeiro-ministro e ministro dos Transportes, Shaul Mofaz. Suas declarações ajudaram a elevar o preço do petróleo a US$ 138,54 por barril.

"Se o Irã continuar a desenvolver armas nucleares, vamos atacá-lo. As sanções são ineficientes", ameaçou Mofaz, em entrevista ao jornal Yedioth Ahronoth. Foi a advertência mais clara de uso da força contra o programa nuclear iraniano.

Em visita a Washington nesta semana, o cambaleante primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, abalado por um escândalo de corrupção, pediu ao presidente George Walker Bush para "usar todos os meios possíveis" para impedir que a República Islâmica do Irã tenha a bomba atômica.

Como o presidente ultra-radical do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, vive insistindo em que Israel vai desaparecer, repetiu isso esta semana na Cúpula Mundial contra a Fome, em Roma, é natural que Israel se preocupe, mesmo tendo 200 a 400 ogivas nucleares, com o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã.

Até agora, o presidente Bush e os aliados europeus optam pela diplomacia, ao recorrer ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Mas os falcões da Casa Branca, inclusive o vice-presidente linha-dura Dick Cheney, gostariam de lançar um "bombardeio cirúrgico" contra o programa nuclear do Irã.

Tanto o senador Barack Obama quanto sua ex-rival, senadora Hillary Clinton, e o adversário na eleição presidencial de 4 de novembro, o senador republicano John McCain, avalizaram o "uso de todos os meios possíveis" para defender Israel. Deram carta branca para Bush lançar um ataque no final de seu governo.

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