Único país a convocar um referendo para aprovar, no voto popular, o Tratado de Lisboa, uma versão simplificada da chamada Constituição da Europa, derrubada por plebiscitos na França e na Holanda, a pequena Irlanda pode dizer não mais uma vez. Como os tratados constitucionais da União Européia exijem unanimidade dos países-membros.
Na próxima quinta-feira, os irlandeses vão às urnas para dizer se o país aprova o Tratado de Lisboa. Ontem, o jornal The Irish Times divulgou a primeira pesquisa dando vantagem ao não, com 35%, contra 30% para o sim e 28% indecisos.
A menos de um mês, o mesmo instituto de pesquisas apurou 35% de preferência pelo sim e apenas 18% para o não, com 40% de indecisos. Se a pesquisa estiver correta, o apoio ao sim caiu nas últimas semanas.
"Seria uma catástrofe", reconhe um diplomata europeu.
Não existe um plano alternativo mas há precedentes. Em 1992, a Dinamarca rejeitou o Tratado de Maastricht, que acabou aprovando em segunda votação. A própria Irlanda rejeitou o Tratado de Nice em junho de 2001 e aprovou-o num segundo referendo em outubro de 2002.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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