Em mais um desafio aos Estados Unidos, os líderes dos 27 países-membros da União Européia decidiram suspender as sanções econômicas contra Cuba e abrir um diólogo sem precondições com o novo presidente cubano, Raúl Castro, anunciou uma porta-voz de Javier Solana, o supercomissário do Exterior da UE. A decisão será formalizada na segunda-feira, em reunião do Conselho de Ministros do Exterior.
As sanções foram adotadas em 2003, em protesto contra a situação dos direitos humanos em Cuba, depois que algumas pessoas presas quando tentavam fugir do país foram condenadas à morte e executadas. Na prática, não vinham sendo observadas desde 2005.
Os líderes europeus querem assim dar seu apoio às reformas de Raúl Castro, que substitui o irmão Fidel Castro desde que Fidel se afastou, em 31 de julho de 2006, por força de uma hemorragia intestinal que exigia uma cirurgia de emergência, e assumiu a presidência de Cuba definitivamente em 24 de fevereiro de 2008.
Nos últimos meses, Raúl autorizou os cubanos a comprar televisores, computadores, telefones celulares, a se hospedar em hotéis de luxo, liberalizou a agricultura, acabou com os tetos salariais e prometeu pagamento de acordo com a produtividade, acabando com a igualdade salarial.
Em Washington, um porta-voz do Departamento de Estado afirmou que os Estados Unidos ainda não viram mudanças substanciais em Cuba e criticou a reviravolta política européia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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