O ditador Robert Mugabe foi reempossado hoje para um sexto mandato como presidente do Zimbábue, desta vez para um mandato de cinco anos, apesar da denúncia dos observadores da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral terem denunciado que o segundo turno da eleição presidencial, realizado na sexta-feira, foi marcado por irregularidades, fraude e intimidação de eleitores. Neste contexto, concluíram, "não foi possível realizar eleições livres e limpas".
No discurso de posse, Mugabe acenou com a possibilidade de diálogo com a oposição, mas ninguém acredita nisso depois do clima de guerra civil que o país vive desde o primeiro turno da eleição presidencial, realizado em 29 de março e vencido pelo candidato oposicionista, Morgan Tsvangirai. Depois de morte de 86 militantes do seu Movimento pela Mudança Democrática (MDC, do inglês), Tsvangirai abandonou a disputa e se refugiou na Embaixada da Holanda em Harare.
Mugabe segue ainda hoje para a reunião de cúpula da União Africana no Egito, onde será pressionado a dialogar com a oposição e a formar um governo de união nacional.
Os Estados Unidos e a Europa não reconhecem o novo governo e querem aprovar novas sanções internacionais contra a elite dirigente zimbabuana.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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