Ao chegar a Londres para um concerto de música que vai celebrar seus 90 anos, um dos poucos heróis do nosso tempo, o líder negro sul-africano Nelson Mandela descreveu o conflito no Zimbábue como um "trágico fracasso da liderança" do presidente Robert Mugabe, o herói da independência nacional convertido em ditador brutal e sanguinário.
O jovem Nelson Mandela era líder do braço armado do Congresso Nacional Africano quando foi preso, em 1962. Dois anos depois, foi condenado à prisão perpétua.
Mandela ficou 27 anos na cadeia sem abrir mãos de seus princípios. Neste período, se negou a negociar com o regime segragacionista do apartheid: "Homens presos não podem negociar", dizia.
Durante décadas, ele foi o preso político mais famoso do mundo. Passou o aniversário de 70 anos, em 1988, na prisão.
Em 1991, finalmente, Nelson Mandela é libertado e negocia a transição para um governo democrático da maioria negra excluída pelo apartheid.
Com a transferência do poder da minoria branca para o governo eleito democraticamente, Mandela tornou-se, em 1994, o primeiro presidente negro da África do Sul e governou por apenas um mandato, entregando o poder ao sucessor, Thabo Mbeki, e se aposentando em 1999.
Há nove anos, Mandela é uma reserva moral da nação sul-africana e defendeu causas internacionais de direitos humanos e combate à pobreza, ao lado de sua nova mulher, Graça Machel, viúva de Samora Machel, o herói da independência de Moçambique.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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