Com o apoio da Força Aérea da Rússia, que só ontem fez mais de 140 ataques, o Exército da Síria e milícias aliadas venceram a Batalha de Palmira, uma cidade situada no centro do país que estava em poder do Estado Islâmico do Iraque e do Levante desde maio de 2015.
Ainda há combates no leste da cidade, ao redor de uma prisão e na área do aeroporto, mas a maioria dos milicianos do Estado Islâmico fugiu na direção leste, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição que monitora a guerra civil na Síria.
A intervenção militar da Rússia a partir de 30 de setembro de 2015 mudou o equilíbrio de forças no campo de batalha, fortalecendo a ditadura do aliado Bachar Assad, principal responsável pela guerra civil síria.
Com a queda de Palmira, está aberto o caminho em meio ao deserto que leva a Deir el-Zur e Rakka, considerada a capital do autoproclamado califado do Estado Islâmico. No Iraque, o Estado Islâmico perdeu no ano passado das cidades de Tikrit e Ramadi. Na semana passada, o Exército anunciou o início da ofensiva para retomar Mossul, a cidade maior cidade iraquiana.
Assim, o Estado Islâmico está sendo pressionado em várias frentes. Está sob bombardeio das duas forças aéreas mais poderosas do mundo. O secretário de Estado americano, Ashton Carter, afirmou que a organização terrorista perdeu 40% dos territórios que ocupava no Iraque.
Se Rakka e Mossul caíram, o califado estará liquidado. Por isso, o Estado Islâmico tenta se estabelecer na Líbia e cometer atentados terroristas no resto do mundo que o legitimem diante dos extremistas muçulmanos que pretende atrair para a guerra.
Os atentados terroristas de 13 de novembro de 2015 já pareciam um sinal de desespero. Outros virão para o Estado Islâmico provar que ainda está vivo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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