A economia dos Estados Unidos se desacelerou no fim do ano passado, mas num ritmo menor do que estimado anteriormente. Em vez de 1% ao ano, a maior economia do mundo cresceu num ritmo de 1,4% ao ano, anunciou hoje o Departamento do Comércio, em sua terceira estimativa, noticiou a agência Reuters.
Os EUA cresceram 2,4% ano passado. No terceiro trimestre de 2015, a expansão foi num ritmo de 2% ao ano. A primeira estimativa sobre o quarto trimestre indicou 0,7% ao ano, revisado para 1% na segunda e agora 1,4%.
Essa nova mudança se deve ao consumo pessoal, responsável por mais de dois terços do produto interno bruto dos EUA. Em vez de 2%, o crescimento foi de 2,4%. O aumento se deve ao maior consumo de serviços.
A alta nos salários à medida que a taxa de desemprego cai e o baixo preço da gasolina, hoje em US$ 0,53 (R$ 1,95) na média, impulsionaram o maior consumo.
Os estoques também foram revisados para baixo, mas ainda são considerados altos em relação à demanda interna. As empresas mantêm em estoque mercadorias no valor de US$ 78,3 bilhões. No mês passado, esse valor foi calculado em US$ 81,7 bilhões.
O lucro líquido das empresas registrou uma queda anualizada de 8,4%, depois de baixar 1,7% no terceiro trimestre, a maior queda desde o início de 2014. Em todo o ano de 2015, a redução foi de 5,1%, muito acima do 0,6% de 2014.
A valorização do dólar em 10,5% em relação às moedas dos maiores parceiros comerciais dos EUA pesou sobre as exportações.
"Esse desempenho ruim reflete a luta das empresas de energia com os baixos preços do petróleo e da indústria com o dólar forte", resumiu o economista Jesse Edgerton, analisa do banco J P Morgan Chase em Nova York. "Mas também reflete provavelmente a diminuição das margens de lucro numa economia com mercado de trabalho aquecido, salários em alta e fraco aumento da produtividade."
Para o primeiro trimestre de 2016, os economistas preveem em média uma expansão em ritmo de 1,5% ao ano. Daqui a uma semana, sai o relatório sobre emprego em março. A expectativa é que o ritmo de contratações não seja tão forte a ponto de causar preocupação com aumento nas taxas de juros nem tão fraco que alimente o medo de recessão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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