A França terminou 2015 com um déficit orçamentário de 3,5% do produto interno bruto, em vez dos 3,8%, anunciou hoje o Insee (Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos). A dívida pública ficou em 95,7% do PIB, bem acima dos 60% recomendados pelo pacto de estabilidade para sustentar o euro. Mas o número de desempregados chegou em fevereiro ao recorde 3,591 milhões, com alta de 1,1% no mês, revelou o Ministério do Trabalho.
Mais de 38,4 mil pessoas perderam o emprego na França no mês passado. Foi mais um golpe no governo socialista, depois de uma leve queda no desemprego em janeiro.
Em 2015, o déficit público foi de 77,4 bilhões de euros ou 3,5% do PIB, depois de registrar 4,8% em 2012 e 4% em 2013 e 2014.
Quando foi eleito, em 2012, o presidente François Hollande prometeu reduzir o desemprego a partir do fim de 2013. Recentemente, disse que não disputaria um segundo mandato, em 2017, se não invertesse a tendência de alta no desemprego.
O partido Os Republicanos, o maior da oposição, acusou o governo de ser "um desastre em matéria de emprego" e "um fracasso contínuo".
No início do ano, Hollande declarou "estado de emergência" contra o desemprego, usando a mesma expressão do combate ao terrorismo.
Uma das propostas do governo é a reforma da legislação trabalhista para facilitar contratações e demissões. Enfrenta resistências no próprio Partido Socialista e entre sindicalistas. Ontem houve mais um protesto de rua para exigir a retirada do projeto. As centrais sindicais convocaram novas manifestações de massa para 31 de março.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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