Com vitórias nas convenções regionais nos estados do Kansas e do Maine, o senador texano Ted Cruz se transformou na única alternativa para barrar a candidatura do bilionário Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano em novembro de 2016. O problema é que Cruz, ultraconservador e evangélico, é ainda mais reacionário do que Trump.
O favorito da cúpula do partido, o senador Marco Rubio, não passou do terceiro lugar. Com apenas uma vitória, no pequeno estado de Minnesotta, de pouco peso, Rubio vê sua campanha definhar. Trump sugeriu que chegou a hora de Rubio abandonar a corrida à Casa Branca.
Depois do forte ataque ao magnata imobiliário feito pelo candidato derrotado pelo presidente Barack Obama em 2012, Cruz bateu Trump por 48% a 23% no Kansas e por 46% a 33%. Perdeu por margens menores, 36% a 32% no Kentucky e 41% a 38% na Lousiana.
O colapso da candidatura Rubio é um enorme problema para os republicanos. Cruz também é adversário da cúpula do partido e também é considerado radical demais para ganhar uma eleição geral.
Trump tem agora 382 delegados à convenção nacional que vai indicar o candidato contra 300 de Cruz e 128 de Rubio. Para vencer, um candidato precisa de pelo menos 1.237 delegados.
Defensor das armas, anti-imigrantes e antiaborto, apesar da origem cubana, o senador texano terá enormes dificuldades com o eleitorado centrista e independente, sem filiação partidária. A vitória da provável candidata do Partido Democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, seria mais fácil.
Pelo seu poder de mobilizar a manipular a massa, Trump é um candidato mais imprevisível. Poderia ter uma chance, apesar dos ataques a latino-americanos e mulheres.
No Partido Democrata, o senador socialista Bernie Sanders bateu a favorita Hillary Clinton nos estados do Kansas e de Nebraska, e no Maine no domingo. A ex-secretária e ex-primeira-dama tem 1.121 delegados e Sanders, 479. Para conquistar a candidatura democraca, um aspirante precisa de ao menos 2.383 delegados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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