Num país à beira do abismo, o presidente Nicolás Maduro estendeu a Semana Santa, decretando feriado no setor público da Venezuela de 19 a 27 de março para poupar água e energia elétrica, informou o jornal venezuelano El Nacional.
Desta vez, Maduro não responsabilizou os Estados Unidos nem uma suposta guerra econômica da burguesia contra a revolução chavista. A culpa agora é o fenômeno meteorológico El Niño, que esquenta as águas do Oceano Pacífico e altera o regime de chuvas na América Latina.
Com esta medida, "haverá uma economia de 40%", afirmou Maduro.
A partir de 1º de abril, o regime chavista pretende fazer um censo nacional e distribuir e dar uma carteira de identidade para todos os participantes de movimentos sociais "para que a pátria tenha pés firmes em cada comunidade, cidade e estado.
Apesar da economia em queda livre e sob ameaça de convocação de um referendo para revogar seu mandato, Maduro convocou uma série de manifestações de 15 a 18 de março. O objetivo é denunciar o decreto do presidente Barack Obama de março do ano passado sancionando sete funcionários públicos venezuelanos a fim de "levantar o espírito anti-imperialista".
Também reclamou dos preços do petróleo, alegando que a oposição não faria melhor do que ele com o barril venezuelano a US$ 20: "Vocês acreditam que com esta crise e a queda nos preços do petróleo a burguesia e a direita poderiam enfrentá-la? Creem que um governo Ramos Allup [presidente da Assembleia Nacional] vai proteger o povo com petróleo a US$ 20?"
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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