A seis dias da primeira visita de um presidente dos Estados Unidos a Cuba desde 1928, o governo americano anunciou hoje o relaxamento de mais sanções impostas ao regime comunista da ilha. A partir de agora, os cubanos poderão abrir contas em bancos dos EUA e os americanos poderão fazer visitas individuais ao país.
Os cubanos também poderão usar o dólar em transações financeiras, anunciaram os departamentos (ministérios) do Tesouro e do Comércio.
Até agora, os americanos podiam fazer "visitas educacionais" a Cuba em grupos de turismo. Daqui para a frente, poderão fazer "visitas educativas de pessoas a pessoas".
"As medidas tomadas hoje estão baseadas nas ações dos últimos 15 meses", declarou o secretário do Comércio dos EUA, Jacob Lew. "Continuamos a romper barreiras econômicas, dar mais poder ao povo cubano, avançar na liberdade financeira e traçar um novo caminho nas relações entre os EUA e Cuba."
Desde 1962, os EUA impuseram um embargo econômico total ao regime então liderado por Fidel Castro e hoje por seu irmão Raúl. Em dezembro de 2014, os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram simultaneamente o reatamento de relações diplomáticas entre os dois países.
Mas, desde 1992, o embargo é lei aprovada pelo Congresso dos EUA e só pode ser revogado quando houver eleições democráticas na ilha. Com a maioria republicana dominando a Câmara e o Senado, por enquanto isso é impossível.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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