Os Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), uma dissidência do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), reivindicou hoje a autoria do atentado que matou 37 pessoas e feriu outras 125 em Ancara, a capital da Turquia, em 13 de março de 2016.
Depois do atentado, o presidente Recep Tayyip Erdogan impôs a censura sobre notícias sobre o ataque. Erdogan suspendeu em julho as negociações de paz com o PKK para tentar a popularidade depois que seu partido perdeu a maioria na Assembleia Nacional nas eleições de junho.
Deu certo. Em novembro, novas eleições restituíram a maioria ao Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), mas a guerra civil recomeçou.
A Turquia também entrou diretamente na guerra civil da Síria a pretexto de combater a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, mas bombardeia principalmente os guerrilheiros curdos tanto na Síria quanto no Iraque.
O objetivo de Erdogan é evitar a união do governo semiautônomo do Curdistão iraquiano com as áreas dominadas pelos curdos sírios para criar uma espécie de federação que fatalmente reivindicaria a soberania sobre as regiões de maioria curda do Sudeste da Turquia. Assim, a Turquia quer impedir a fundação do Curdistão.
Os TAK também reivindicaram a responsabilidade por um ataque semelhante com carro-bomba que matou 29 pessoas en Ankara em fevereiro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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