As exportações da China registraram em fevereiro de 2016 uma queda de 25,4% em dólares e de 20,6% em iuanes em relação a fevereiro do ano passado. Foi o maior queda desde 2009, no auge da crise financeira internacional deflagrada pela falência do banco de investimentos americano Lehman Brothers em setembro de 2008, noticiou hoje em Hong Kong o jornal South China Morning Post.
Em média, as vendas externas de produtos fabricados com uso intensivo de mão de obra baixaram 12,4%, com as exportações de carros reduzida em 33,5%. As importações diminuíram 13,8%.
O saldo comercial teve uma queda forte, de US$ 63,29 bilhões em janeiro para US$ 32,59 bilhões em fevereiro.
Com a crise do modelo de desenvolvimento baseado em investimentos, mão de obra barata e exportações, o governo tenta reorientar a economia para o consumo, o mercado interno e produtos de maior valor agregado.
O discurso do primeiro-ministro Li Keqiang na abertura do Congresso Nacional do Povo na última sexta-feira foi interpretado como um recuo nas reformas e a volta da ênfase no crescimento. É impossível reduzir o excesso de capacidade instalada e estimular o crescimento ao mesmo tempo. O governo vai continuar injetando dinheiro e oferecendo crédito barato a estatais ineficientes. O crescimento é mais importante do que a reforma.
No Congresso, Li fixou a meta de crescimento para este ano em 6,5% a 7%. Não apresentou meta para o comércio exterior.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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