A Rússia pretende convidar a coalizão liderada pelos Estados Unidos na luta contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante para desativar as minas deixadas pela milícia terrorista na cidade de Palmira, recentemente recapturada pelo Exército da Síria, noticiou a agência russa Tass, citando fontes militares e diplomáticas não identificadas.
O Ministério da Defesa da Rússia espera que alguns países participem, especialmente os EUA. Na versão da agência russa, tenta usar Palmira para ampliar a cooperação na Síria de modo a facilitar as negociações de paz.
Com a intervenção militar da Força Aérea da Rússia a partir de 30 de setembro, o equilíbrio de forças mudou no campo de batalha a favor da ditadura de Bachar Assad. A Batalha de Palmira mostrou mais uma vez que o Exército da Síria depende de ajuda externa para recuperar seu território.
No momento, o regime sírio não parece disposto a fazer concessões à oposição. O presidente Vladimir Putin deixou claro ao ordenar sua retirada parcial que está disposto a não deixar Assad perder a guerra, mas não quer um envolvimento de longo prazo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Não creio que seja necessário especialistas para desminagem de Palmira, será que em quatro anos de guerra, o exército de Assad não aprendeu nada?
Estou começando a admirar o Putin, esfregar na cara de Obama uma vitória russa, é uma jogada de mestre!
Os EUA têm muito mais capacidade tecnológica do que russos e sírios. Putin tenta uma aproximação que ajuda a pressionar Assad a negociar. A Rússia não quer se envolver numa guerra sem fim. Assad precisa se reconciliar com a maioria sunita. Como? Ninguém sabe. Mas cabe aos EUA e à Rússia pressionarem as partes a se entender. É uma obrigação como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mas não há poder capaz de impor a lei a esses dois.
Postar um comentário