Quatro dias depois da prisão de Salah Abdeslam, um dos terroristas dos ataques de 13 de novembro em Paris, duas explosões mataram pelo menos 11 pessoas hoje no aeroporto de Bruxelas e outra matou ao menos 20 pessoas no metrô da capital belga. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria dos atentados.
Outras 270 pessoas saíram feridas. Todos os transportes públicos da capital belga foram paralisados, inclusive o Eurotrem, que liga a Inglaterra ao continente através do Túnel da Mancha. A Bélgica elevou o nível de alerta sobre terrorismo ao nível máximo. Tarde demais. Deveria ter feito isso quando Abdeslam foi preso.
Há dois meses, um agente secreto do Iraque teria ouvido de uma fonte da cidade de Rakka, na Síria, considerada a capital do Estado Islâmico, que o grupo preparava ataques contra aeroportos e estações de trem na Europa.
O primeiro ataque foi no aeroporto, por volta de oito da manhã pela hora local (4h em Brasília). Testemunhas disseram que um homem gritou palavras em árabe antes de detonar explosivos escondidos junto ao corpo. Uma terceira bomba foi desativada no aeroporto, onde também foi encontrado um fuzil Kalachnikov e um colete de explosivos não detonado.
Uma hora depois (5h em Brasília), o alvo foi a estação de metrô de Maelbeek, que fica perto da sede da União Europeia, o que faz de Bruxelas a capital do bloco europeu.
Na França, o presidente François Hollande declarou que esta é uma guerra contra a Europa que deve ser travada em conjunto. Ele pediu a extradição de Abdeslam.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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