domingo, 29 de junho de 2014

Itália: do Império Romano a país moderno mas em crise

A Itália é uma península de 301 mil quilômetros quadrados em forma de uma bota que entra pelo Mar Mediterrâneo. Na parte de cima, fica a Cordilheira dos Alpes, a mais alta da Europa,

Ao sul dos Alpes, há uma região de lagos e montanhas que se estende pelo vale do Rio Pó e pela região do Piemonte.

Dos Alpes centrais, descendo ao longo da peninsula, há os Montes Apeninos, que se alargam perto de Roma. Ao sul da capital, os Apeninos encolhem e são ladeados por duas planícies costeiras, uma voltada para o Mar Adriático e outra para o Mar Tirreno.

Parte dos Apeninos abriga floresta e uma grande variedade de espécies silvestres como lobos, javalis e ursos. O sul da cadeia de montanhas é geologicamente instável. Está sujeito a terremotos e vulcões como o Vesúvio.

No Mar Mediterrâneo, ficam as ilhas da Sicília ao sul e da Sardenha a oeste, que também fazem parte da Itália.

NOME
Inicialmente o nome Itália designava apenas o Sul. Durante o reinado de Otávio César Augusto (30 AC-14 DC), o primeiro imperador romano, o nome Itália passou a ser usado para designar toda a península, até os Alpes.

Na Idade Antiga ou Antiguidade, foi berço do Império Romano, que difundiu a cultura e a língua latinas pelo mundo. Desde o início da era cristã, é a sede da Igreja Católica Apostólica Romana, que desde 1929 tem seu próprio país, o Vaticano, um enclave de 45 quilômetros quadrados na capital italiana.

Depois da Idade Média, as poderosas cidades-estado italianas foram berço do Renascimento artístico e cultural, do resgate dos valores da antiguidade clássica grego-romana.

A Itália é reunificada em 1861, depois da luta do republicano Giuseppe Garibaldi, que participou da Revolução Farroupilha, no Brasil.

Derrotada na Segunda Guerra Mundial, a Itália renasceu, foi fundadora da Comunidade Econômica Europeia, criada pelo Tratado de Roma em 1957, e se tornou uma das maiores economias do mundo, conhecida entre outras coisas pela excelência de seu design.

No momento, depois de uma década de estagnação desde a adoção do euro como moeda, a Itália foi um dos países atingidos pela crise das dívidas públicas da Zona do Euro e só em 2014 saiu da recessão.

POPULAÇÃO
Com pouco mais de 60 milhões de habitantes, sendo 67% em cidades e 33% no campo, a Itália tem a 23ª maior população do mundo e a quinta maior da Europa. Cerca de 98% são italianos e 80% católicos.

PRÉ-HISTÓRIA
As pesquisas arqueológicas registram a presença do Homem de Neandertal na península italiana no período paleolítico, há 200 mil anos. O homem moderno chegou 40 mil anos atrás.

Os primitivos habitantes de origem indo-europeia incluem úmbrios, latinos, os celtas e ligúrios. Entre os não indo-europeus, etruscos, elimianos e sicanos.

HISTÓRIA
Do século 17 ao século 11 antes de Cristo, os gregos da cidade de Micenas entraram em contato. Nos séculos 8 e 7 AC, os gregos instalaram colônias na Sardenha e na Sicília.

A primeira civilização a florescer na Itália foi a etrusca. Quando Roma foi fundada, em 753 AC, a Etrúria tinha várias cidades bem estabelecidas na região entre os rios Arno e Tibre a oeste e a sul dos Apeninos.

A lenda conta que Roma foi fundada por dois irmãos gêmeos, Rômulo e Remo, numa região dominada por sete colinas: Aventino, Palatino, Esquilino, Quirinal, Vimial, Capitólio e Célio. Eles seriam filhos abandonados de uma mulher com o deus Marte.

LOBA
Em sua irrreverente História de Roma, o jornalista Indro Montanelli afirmou que eles teriam sido criados por uma prostituta chamada Acca Larentia e conhecida como Loba. Daí teria surgido a história da loba romana.

Na lenda, cada um traçou as fronteiras da futura cidade de seu lado. Os irmãos se desentenderam e Rômulo matou Remo. Roma nasceu com sangue.

No período da Realeza, Roma teve sete reis: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo. A dinastia real dos Tarquínios, a última a governar Roma antes da proclamação da República, em 509 AC, era etrusca.

REVOLTAS DA PLEBE
No início do período republicano, Roma foi abalada pelas Revoltas da Plebe (494-287 AC). Os plebeus eram trabalhadores livres. Não estavam atrelados ao Estado nem aos grandes proprietários de terras, os nobres ou patrícios.

Em 494 AC, os plebeus aproveitaram uma ameaça de invasão estrangeira para sair da cidade e se refugiar no Monte Sagrado. O Senado cedeu e criou os “tribunos da plebe”, com poder para vetar qualquer lei que afetasse os plebeus.

Como na época o Direito Romano tinha uma tradição de leis orais manipuladas de acordo com os interesses dos patrícios, uma nova revolta popular exigiu a introdução de leis escritas. Em 450 AC, surgem as Leis das Doze Tábuas.

Cinco anos depois, outra revolta exige o fim da proibição de casamentos entre patrícios e plebeus. Com a Lei da Caluneia, os plebeus ascenderam socialmente e ampliaram sua participação política.

A concorrência de latifúndios levava à falência inúmeros pequenos agricultores, que se endividavam e acabavam escravizados. Em 367 AC, a Lei Licínia Sextia proibia a escravidão por dívida, restabelecia o consulado e garantia o acesso dos plebeus a outras magistraturas e cargos públicos.

O cônsul era o mais alto funcionário eleito da República Romana. Pela nova lei, um dos dois cônsules eleitos a cada ano deveria ser plebeu.

Na última grande revolta da plebe, em 287 AC, os plebeus conseguiram que as leis aprovadas pelos tribunos da plebe fossem aplicadas em todos os domínios romanos.

No século 3 AC, os romanos suplantaram os etruscos e dominaram a maior parte do que hoje é a Itália, numa preparação para construir seu grande império.

VITÓRIA DE PIRRO
Uma guerra contra a cidade grega de Tarento levou os gregos a pedir ajuda a Pirro, rei de Épiro, um dos mais brilhantes generais da época. Piro desembarcou no sul da Península Italiana em 280 AC com 25 mil homens e 20 elefantes.

Pirro derrotou os romanos em Herácleia e Ásculo, mas perdeu 7,5 mil homens nessas duas batalhas e comentou: “Mais uma vitória dessas e estaremos arrasados”.

Dessa visão profética nasceu a expressão “vitória de Pirro”, a vitória que mais parece uma derrota. Em 275 AC, Pirro foi vencido em Malevento, que os romanos rebatizaram como Benevento.

A conquista da Itália fortaleceu o militarismo dos romanos e os obrigou a desenvolver instituições legais, militares e políticas para conquistar e integrar outros povos. As colônias tinham uma série de obrigações, inclusive lutar ao lado de Roma nas guerras imperiais.

GUERRAS PÚNICAS
Nas Guerras Púnicas, de 264 a 146 AC, Roma derrotou Cartago e seu grande general, Aníbal Barca, para se tornar a potência dominante no Mar Mediterrâneo. Aníbal atravessou os Alpes e usou elefantes para tentar surpreender os romanos na Segunda Guerra Púnica (218-201 AC).

De acordo com o censo de 225 AC, Roma tinha 700 mil soldados de infantaria e 70 mil de cavalaria.

REFORMA AGRÁRIA
Depois das Guerras Púnicas e de uma revolta de escravos na Sicília, os irmãos Tibério e Caio Graco tentaram promover uma reforma agrária em Roma para redistribuir as terras dos patrícios entre a plebe, a partir de 133 AC.

Os irmãos Graco eram netos de Públio Cornélio Cipião, o Africano, um dos herói da luta contra Cartago. Diante dos apelos de Tibério Graco à mobilização popular, os senadores bloquearam sua reeleição e organizaram uma força que marchou até o Fórum Romano e espancou Tibério e 300 seguidores até a morte. Foi o incidente político mais violento em Roma em 400 anos.

Dez anos depois, em 123 AC, Caio Graco retomou os esforços do irmão, mas perdeu apoio popular ao propor a extensão dos direitos a quem não fosse cidadão romano. O consul Lúcio Opímio decidiu então esmagar à força o movimento pela reforma agrária. Caio Graco e cerca de 3 mil seguidores morreram na luta, em 121 AC ou foram executados sumariamente.

GUERRAS E CONFLITOS SOCIAIS
Depois de uma série de guerras civis, da chamada Guerra Social (91-89 AC) contra outros povos italianos que exigiam a cidadania romana e perderam, e da revolta dos escravos liderados por Espártaco (73-71 AC), Cneo Pompeu conquistou a Síria, Públio Clódio anexou o Chipre, levando seu rei ao suicídio, e Caio Júlio César tomou a Gália (parte do que hoje é a França) numa série de guerras descritas pela Enciclopédia Britânica como genocidas (58-50 AC).

REVOLTA DOS ESCRAVOS
A revolta dos escravos está em Spartacus, um dos primeiros filmes de Stanley Kubrik, com Kirk Douglas no papel principal como o gladiador da Trácia que liderou a única ameaça direta a Roma antes das invasões bárbaras.

GUERRA DA GÁLIA
O próprio Júlio César escreveu um livro sobre a Guerra da Gália considerado hoje uma das grandes reportagens da História, incluída na coletânea The Faber Book of Reporting. Durante a campanha da Gália, César invadiu a Britânia, em 55 e 54 AC, mas não a conquistou, o que só aconteceria 97 anos depois, no reino do imperador Cláudio. Os romanos invadiram a ilha e fundaram Londres em 43 DC, e dominaram a cidade até 410.

A Guerra da Gália inspirou a história em quadrinhos Asterix, o Gaulês, que se insere, como alegoria, no contexto do conflito cultural da França contra o imperalismo econômico dos EUA.

PRIMEIRO TRIUNVIRATO
Em 59 AC, o poder é entregue ao primeiro triunvirato, formado por César, Pompeu e Marco Licínio Crasso, considerado um dos homens mais ricos do mundo na época. Com a morte de Crasso pelos partas na Batalha de Carras, em 53 AC, Pompeu e César se tornam inimigos.

No fim da Guerra da Gália, o Senado ordenou que César depusesse as armas e voltasse para Roma. O general, considerado um dos melhores da História, rejeitou a ordem.

Ao cruzar o Rubicão e invadir o território romano, César disse uma de suas frases mais famosas: “A sorte está lançada”. Começou uma guerra civil vencida por César depois de quatro anos, com batalhas na Itália, Albânia, Egito, África e Espanha.

MORTE DE CÉSAR
Em 45 AC, César se torna “ditador perpétuo”. Mas não dura muito. É esfaqueado e morto na entrada do Senado em 15 de março de 44 AC. O assassinato está contado numa peça de William Shakespeare transformada em filme em 1953 com brilhante atuação de Marlon Brando no papel de Marco Antônio, que fez um discurso em homenagem a César.

Depois da morte de César, Marco Antônio expulsou seus assassinos Caio Cássio Longino e Marco Bruto, que fugiram para a Grécia, e tomou o poder, ignorando que César tinha nomeado seu sobrinho Otávio como sucessor. Otávio volta a Roma e reivindica o cargo.

SEGUNDO TRIUNVIRATO
Para resolver o impasse, em 43 AC, é criado o segundo triunvirato, formado por Marco Antônio, Otávio César e Marco Lépido, que dura 10 anos. Com a disputa de poder entre os três, Lépido foge para o exílio e Otávio e Marco Antônio entram em guerra.

CLEÓPATRA
Em 2 de setembro de 31 AC, na Batalha de Ácio, Otávio derrota as forças conjuntas de Marco Antônio e Cléopatra, a rainha do Egito, e os persegue. Depois de nova derrota na Batalha de Alexandria, os dois se suicidam. Cleópatra foi a última rainha do Egito Antigo, que passou a ser uma província romana.

Essa história está no filme Cleópatra (1963), com Elizabeth Taylor como Cleópatra, Richard Burton como Marco Antônio e Rex Harrison como Júlio César.

Quando César chegou ao Egito, no inverno de 49-48 AC, Cleópatra marcou um encontro e prometeu lhe mandar um presente, conta o historiador romano Plutarco em As Vidas dos Doze Césares. Dentro de um tapete enrolado, estava a própria rainha do Egito.

IMPÉRIO
Em 16 de janeiro de 27 AC, Otávio recebe do Senado o título de Augusto e se torna o primeiro imperador romano, que governa até a morte, em 14 DC. Jesus Cristo nasceu em seu reinado.

CRISTIANISMO
Talvez por ter surgido numa pequena província de um vasto império, inicialmente o cristianismo não tinha um projeto de poder, em contraste com o islamismo, que apareceu numa Arábia em anarquia no século 7 DC.

A perseguição aos cristãos no Império Romano está contada em filmes como Barrabás, com Anthony Quinn e Ben-Hur, com Charlton Heston.

INCÊNDIO
Em 18 de julho de 64 DC, o imperador Nero mandou incendiar Roma, acusou os cristãos e iniciou a perseguição religiosa. Do alto de seu palácio no Monte Palatino, uma das sete colinas de Roma, ele ficou apreciando o incêndio e tangendo a lira, seu instrumento musical favorito.

APOGEU
O Império Romano atingiu sua expansão máxima sob o imperador Marco Trajano (98-117), que foi declarado pelo Senado como o melhor imperador. Suas possessões iam da Península Ibérica e da fronteira entre Inglaterra e Escócia, onde seu sucessor construiu a Muralha de Adriano, até a Índia.

DECADÊNCIA
A decadência começa com a ascensão do imperador Cômodo, em 180, afirmou o historiador britânico Edward Gibbon, autor do clássico Ascensão e Queda do Império Romano.

Em 235, o assassinato do imperador Alexandre Severo por seus próprios soldados inicia a chamada Crise do Terceiro Século (235-284), quando o Império Romano esteve sob ameaça de invasão, guerra civil, peste e depressão econômica.

Em 284, sobe ao trono do imperador Diocleciano, que fica no poder até 305 e nomeia um coimperador. Em 303, ele iniciou uma grande perseguição contra os cristãos. Não adiantou.

TOLERÂNCIA RELIGIOSA
Em 13 de junho de 313, pelo Édito de Milão, o imperador Constantino garantiu a tolerância religiosa e a liberdade de culto. Os direitos dos cristãos foram reconhecidos e suas propriedades devolvidas.

Em 376, os godos, fugindo dos hunos, cruzam o Rio Danúbio e invadem o Império Romano do Ocidente.

DIVISÃO
A divisão iniciada por Diocleciano foi confirmada oficialmente por Teodósio. Ao morrer, em 395, ele dividiu o Império Romano em Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com sede em Contanstinopla, cidade reconstruída por Constantino.

Sob pressão das invasões bárbaras (era bárbaro quem não sabia ler e escrever) dos hunos, ostrogodos, vândalos, visigodos e de outros povos, o Império Romano do Ocidente chega ao fim.

QUEDA
Em 410, Alarico, rei dos visigodos, saqueia Roma. Em 455, os vândalos invadem a cidade. Em 4 de setembro de 476, Odoacro depôs o último imperador, Rômulo Augústulo, na cidade de Ravena. Era o fim. Em 480, o imperador Zeno, do Império Romano do Oriente, extingiu o Império Romano do Ocidente.

Por mais 10 séculos, durante a Idade Média, o Império Bizantino preservaria a herança cultural romana e Constantinopla seria a cidade mais linda da Europa.

Odoacro durou pouco. Em 493, Teodorico, rei dos Ostrogodos, tomou Roma e povoou a Itália com 100 a 200 mil homens de sua tribo germânica.

Em 568, outra tribo germânica, os lombardos, invade a Itália e domina a região por dois séculos, até 774, quando o franco Carlos Magno a conquista.

PAPADO
Com o fim do império, os papas tiveram de se defender por si mesmos. Isso aumentou o poder secular da Igreja. Um exemplo foi o papa Gregório I (590-604). Em 653, Martin I foi preso por discordar do imperador bizantino.

SACRO IMPÉRIO
Carlos Magno, neto de Carlos Martel, que parara a invasão árabe à Europa em Poitiers, na França, em 711, foi coroado em 800 pelo papa Leão III como imperador do Sacro Império Romano-Germânico, criado sob pressão da Igreja para reduzir o poder do Império Bizantino. Leão III veria Carlos Magno intervir muito mais nos negócios da Igreja.

CISMA
Em 1054, com o Cisma da Igreja, a Cristandade se divide entre a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Cristã Ortodoxa, com sede em Bizâncio.

Nos séculos 12 e 13, antes da consolidação dos estados nacionais, a Europa se organiza em cidades-estados poderosas. Na Península Italiana, Milão, Pisa, Gênova e Florença são polos importantes, assim como os Estados Pontifícios.

RENASCIMENTO
Nos séculos 13 a 17, as cidades italianas são o centro do Renascimento artístico e cultural, um dos marcos do início da Idade Moderna, que começa com a tomada de Constantinopla pelo Império Otomano (turco) e a queda do Império Romano do Oriente, em 29 de maio de 1453.

No século 13, em Florença, os escritores Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia, considerada a obra-prima da literatura italiana, e Francesco Petrarca, e o pintor Giotto, são pioneiros do Renascimento. O termo foi usado pela primeira vez pelo historiador francês Jules Michelet no século 18 para dar o sentido de uma ruptura com o mundo medieval e o início de uma reflexão humanista sobre o lugar do homem no mundo.

Nas artes, destacaram-se Leonardo da Vinci, um gênio de múltiplos que também era cientista; Michelangelo Buonarroti, considerado o maior escultor de todos os tempos; e os pintores Sandro Boticelli, Donatello, Tintoretto e Ticiano, entre outros.

INVASÕES
Em 1494, o rei Carlos VIII, da França, conquista parte da Itália, deflagrando uma onda de invasões. Partes da península são dominadas por austríacos, espanhóis e franceses até a unificação da Itália no século 19.

Na Sicília, a ocupação estrangeira levou ao surgimento da máfia, uma organização criminosa baseada em laços familiares que domina a zona rural.

REFORMA
Em 1517, o monge alemão Martinho Lutero prega suas 95 teses na porta da Igreja de Todos os Santos em Wittenberg, então parte do Sacro Império Romano-Germânico, hoje na Alemanha, denunciando a corrupção no sejo da Igreja de Roma.

Lutero reagiu à visita de um enviado do papa Leão X para vender relíquias e indulgências. Numa época em que os papas tinham amantes e filhos, como Alexandre VI e Lucrécia Bórgia, a Reforma da Igreja cria as religiões protestantes, diminuindo o poder dos papas e tomando terras da Igreja Católica.

CIÊNCIA
Quando o polonês Nicolau Copérnico descobriu as leis da mecânica celeste e que a Terra não era o centro do universo, mas girava em torno do Sol, o italiano Galileu Galilei foi condenado em 1633 à prisão perpétua, comutada depois para prisão domiciliary por dizer que aTerra orbitava ao redor do Sol.

Em 1815, com a derrota final de Napoleão Bonaparte, o Congresso de Viena divide a Itália. Os Habsburgo austríacos ficam com a Lombardia e Veneza, a dinastia de Savoia com a Ligúria, os Bourbon com Nápoles, Parma e a Sicília, e o papado com os Estados Pontifícios.

INDEPENDÊNCIA
No início do século 19, começa o Risorgimento, um movimento nacionalista liberal para libertar e unificar a Itália.

A primeira fase da luta é marcada por revoltas a atos terroristas organizados por sociedades secretas como os Carbonários. Termina com a derrota dos republicanos em 1848.

Na segunda fase, com o apoio da França, os monarquistas de Piemonte sob o comando de Camilo di Cavour derrotaram os austríacos no Norte da Itália. No Sul, Giuseppe Garibaldi, que lutara no Brasil na Revolução Farroupilha (1835-45), conseguiu expulsar os Bourbon de Nápoles e da Sicília.

UNIFICAÇÃO
A Itália moderna nasceu em 1861 tendo Vitório Emanuel II como rei. O filme O Leopardo, de Luchino Visconti, com Burt Lancaster e Alain Delon, conta a história de luta pela reconstrução da Itália.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
No início do século 20, o país se associou aos impérios alemão e austro-húngaro na Tríplice Aliança. Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1915, a Itália muda de lado e passa a apoiar a França e a Grã-Bretanha.

Com o fim da Grande Guerra e a revolução comunista de 1917 na Rússia, houve uma onda de revoltas populares na Europa. Na Itália, a esquerda revolucionária ocupou fábricas no Norte do país, até hoje a região mais rica a industrializada do país.

FASCISMO
A crise econômica fortaleceu o fascismo, um movimento de massas nacionalista e autoritário. Em 27 de outubro de 1922, seu líder, Benito Mussolini, liderou a Marcha sobre Roma. Pressionado, o rei Vitório Emanuel III convocou Mussolini para formar o governo.

O Partido Nacional Fascista organizou empresários e trabalhadores em corporações controladas pelo Estado. As greves são proibidas. Várias indústrias foram estatizadas. A imprensa foi censurada.

Em 1924, o deputado socialista Giácomo Matteotti denunciou fraude eleitoral e foi morto pelos fascistas, caso contado no filme O Delito Matteotti (1973).

EIXO
No plano internacional, a Itália fascista se aliou à Alemanha nazista de Adolf Hitler para formar o Eixo e invadiu a Etiópia em 1935-36. Por iniciativa da França e do Reino Unido, a Liga das Nações aprovou sanções contra o governo de Mussolini.

O imperador deposto, Hailé Salassié, percorreu o mundo na luta para libertar o país, o que o tornou um líder africano cultuado, por exemplo, nas músicas de Bob Marley e no reggae.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Em junho de 1940, quando a França estava prestes a se render, Mussolini declarou guerra à França e ao Reino Unido. A Itália entrava na Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1º de setembro de 1939 com a invasão da Polônia pela Alemanha.

A Itália sempre foi aos olhos de Hitler um aliado menor. Com as derrotas na Grécia e na África, a Itália ficou em posição vulnerável na guerra. Vencida na segunda e decisiva Batalha de el-Alamein, em outubro de 1942, a Itália se rendeu no Norte da África em maio de 1943.

Em 1943, a península foi invadida pelas forças aliadas dos EUA, do Reino Unido e da França com o apoio da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que participou da reconquista da Itália.

BRASIL NA GUERRA
A participação brasileira na Segunda Guerra Mundial está nas Crônicas da Guerra na Itália, de Rubem Braga, que foi correspondente de guerra, e em As Duas Faces da Glória: a FEB vista pelos seus aliados e inimigos, do jornalista William Waack.

Mussolini foi deposto em 1943. O governo foi entregue ao marechal Badoglio, que fez a paz com os aliados e declara guerra à Alemanha. Hitler invadiu o Norte da Itália e criou a República de Saló, derrotada por forças aliadas com a ajuda de guerrilheiros italianos. Mussolini foi preso e executado.

REPÚBLICA
Em maio de 1946, um plebiscito transforma a Itália numa república parlamentarista. Com ajuda do Plano Marshall dos EUA para a reconstrução da Europa, a Itália cresceu nos anos 50 e 60, tornando-se uma das grandes economias do mundo.

INTEGRAÇÃO EUROPEIA
Em 1957, a Itália foi um dos seis países fundadores da Comunidade Econômica Europeia, hoje União Europeia, com 27 países (28 com a entrada da Croácia em 1º de julho.

CRISE POLÍTICA
Para evitar que o Partido Comunista Italiano, o maior do Ocidente, chegasse ao poder num país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA, a Itália adotou um sistema eleitoral com voto proporcional. Isso criou parlamentos fragmentados e governos de coalizão de vários partidos liderados pela Democracia Cristã, o grande partido de centro-direita.

CORRUPÇÃO
Durante a Guerra Fria, cada governo italiano durou em média um ano. Essa crise permanente, aliada à presença constante dos democratas-cristãos no governo e ao poder das máfias, levou a uma série de escândalos de corrupção combatidos pela Operação Mãos Limpas (1992-94).

Ex-primeiros-ministros como Giulio Andreotti e Bettino Craxi foram condenados, entre muitos outros.

IMPLOSÃO
O sistema político do pós-guerra implodiu. O resultado foi a ascensão do empresário Silvio Berlusconi, homem mais rico da Itália, que a partir de 1994 foi o principal líder da direita.

À esquerda, a parte reformista do Partido Comunista formou o Partido Democrático da Esquerda, que depois se aliou ao movimento de centro-direita Margarida para formar o Partido Democrático, do atual primeiro-ministro Enrico Letta.

Berlusconi foi o principal político italiano da última década, alternando-se no poder com esquerdista como Massimo d’Alema e Romano Prodi. Caiu em novembro de 2011, no auge da crise da dívida pública, quando parecia que a Itália seguiria o caminho da Grécia, o que teria sérias consequências para a economia internacional, já que é muito maior.

Uma condenação definitiva por fraude em negociações de direitos esportivos de suas televisões encerrou a carreira política do Cavalière. Ele ainda responde a processos por abuso de poder, corrupção e prostituição de menores

GRANDE ALIANÇA
Nas últimas eleições, em fevereiro de 2013, a esquerda ganhou na Câmara e a direita no Senado. A grande novidade foi o Movimento 5 Estrelas, do humorista Beppe Grillo. Com 25% dos votos, passou a ser o maior partido italiano isoladamente e se negou a fazer alianças com partidos tradicionais.

Com Enrico Letta, pela primeira vez no pós-guerra, a Itália teve um governo formado por uma grande aliança entre a esquerda e a direita, única alternativa à realização de novas eleições que poderiam ser mais uma vez inconclusivas e dar ainda mais poder a palhaços da política.

Sem nova eleição, ao vencer uma disputa interna pela liderança do Partido Democrata, Matteo Renzi tornou-se primeiro-ministro da Itália em 22 de fevereiro de 2014.

A maior preocupação do governo é estimular a economia e tirar o país da crise, evitando as políticas de austeridade impostas pela Alemanha e os países do Norte ao Sul endividado da Zona do Euro. Renzi se aliou ao presidente da França, François Hollande, para pressionar a primeira-ministra Angela Merkel a adotar uma estratégia de crescimento.

ECONOMIA
Com produto interno bruto estimado em 2012 estimado pelo Fundo Monetário Internacional em US$ 2,072 trilhões, a Itália tem a nona maior economia do mundo. A renda média por habitante, de US$ 33.115 por ano, é a 26ª do mundo.

A industrialização, impulsionada depois da Segunda Guerra Mundial, quando a Itália deixou de ser um país agrícola, a tornou no 7º maior exportador mundial.

A Itália tem algumas empresas transnacionais conhecidas internacionalmente, especialmente do setor automobilístico. A maior parte do setor manufatureiro é formada por pequenas e médias empresas.

Quase 60% do comércio são com a União Europeia.

O turismo é uma atividade em expansão. Com sua história riquíssima, a Itália tem 60% dos prédios tombados como patrimônio histórico, artístico e cultural da humanidade. Em 2010, recebeu 43,6 milhões de turistas, que gastaram US$ 38,8 bilhões.

ESTAGNAÇÃO
Nos anos 90, a Itália cresceu numa média de 1,23%, abaixo da média da UE. Desde a introdução do euro, em 1999, ficou praticamente estagnada. Com sua dívida equivalente a 120% do PIB, quando Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha tiveram problemas para financiar suas dívidas, os juros cobrados da Itália também subiram para níveis perigosos.

Berlusconi foi afastado e o ex-comissário europeu antimonopólio Mario Monti assumiu em novembro de 2011 para chegar um governo tecnocrático que se tornou impopular por aumentar impostos.

Com a determinação da Alemanha de impor um regime de controle rígido das contas públicas nos seus vizinhos que considera indisciplinados, a Itália ainda busca uma saída para a crise.

CRISE
Quem salvou o euro até agora foi o presidente do Banco Central Europeu, o italiano Mario Draghi, ex-presidente do Banco da Itália, que prometeu comprar o quanto fosse necessário das dívidas dos países em crise para estabilizar o mercado.

Os políticos estão devendo. A Europa é o último continente ainda em crise. Os protestos nas ruas, inclusive de extremistas à direita e à esquerda, são cada vez maiores. A ascensão da extrema direita nas últimas eleições para o Parlamento Europeu assustou.

LITERATURA
O italiano se originou de um dialeto da Toscana no século 14. Na literatura, os escritores Dante, Petrarca e Boccaccio são considerados os pais do idioma.

No século 20, entre os grandes escritores italianos, podem ser citados Luigi Pirandello, Alberto Moravia, Italo Calvino, Umberto Eco, Dario Fo, Cesare Pavese e Natalia Ginzburg. Primo Levi talvez seja o escritor que melhor traduziu a angústia e o extermínio do campo de concentração nazista de Auschwitz, na Segunda guerra Mundial.

MÚSICA
A música italiana sempre foi uma das supremas expressões da arte na Europa, diz a Enciclopédia Britânica, citando desde o canto gregoriano, passando pela criação da moderna notação musical no século 11, até compositores com Vivaldi, Allessandro e Domenico Scarlatti, Rossini, Donizetti, Verdi, Puccini e Bellini.

Os italianos são mestres da ópera. O Teatro Scala, de Milão, se orgulha de ter uma das melhores acústicas do mundo. Tenores como Luciano Pavarotti e Andrea Bocelli se tornaram popstars internacionais.

A música popular italiana fazia sucesso internacional no início dos anos 80 com os Festivais de San Remo e nomes como Rita Pavone e Peppino di Capri. Foi superada para pop e o rock da Inglaterra e dos EUA.

PINTURA
Além dos grandes nomes da Renascença – Giotto, Donatello, Michelangelo, Da Vinci, Ticiano, Bernini e Tiepolo, entre outros –, a Itália teve no século 20 grandes pintores como Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Giorgio de Chirico.

A Bienal de Veneza, realizada desde 1895, é uma das mais importantes mostras de artes plásticas do mundo. O carioca Ernesto Neto foi premiado em 2001 com uma instalação.

CINEMA
A Cinecittà, um complexo de estúdios construído por Mussolini, era conhecido como a Hollywood da Europa. Gangues de Nova York, do ítalo-americano Martin Scorcese, foi filmado lá em 2002 e também A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, em 2003.

Alguns dos maiores diretores do século 20 foram italianos: Luchino Visconti, Federico Fellini, Pier Paolo Pasolini, Bernardo Bertolucci, Roberto Rosselini, Vittorio de Sica, Etore Scola, Pablo e Vittorio Taviani.

O realismo italiano, que pretendia mostrar a realidade do país no pós-guerra e não mascará-la com a fantasia do cinema, se tornou uma importante escola.

ARQUITETURA
Na arquitetura, destacam-se Pier Luigi Nervi, Renzo Piano e Aldo Rossi. Piano fez o Centro Pompidou, em Paris, em parceria com o britânico Richard Rogers.

MODA E DESIGN
A Itália é um dos líderes mundiais em desenho industrial e alta costura. Milão é um dos grandes centros da moda.

Entre os grandes estilistas italianos, se destacam Giorgio Armani, Versace, Valentino, Gucci, Prada, Dolce & Gabbana, Missoni, Fendi, Moschino, Max Mara e Salvatore Ferragamo.

A seleção italiana veste Dolce & Gabbana. Fez fiasco mais uma vez, mas ganhou a Copa da elegância.

IMIGRAÇÃO
A imigração italiana para o Brasil começa em 1875, no Rio Grande do Sul. Até 1930, mais de 1,5 milhão de italianos vieram para o Brasil.

A estimativa da Embaixada da Itália é que vivam no Brasil 25 milhões de descendentes de italianos, mas nem o Censo do IBGE nem a embaixada fizeram pesquisa a respeito. É a maior população de origem italiana fora da Itália, maior do que nos EUA.

Do fim das guerras napoleônicas, em 1815, até 1930, 60 milhões de europeus emigraram. Destes, 71% foram para a América do Norte, principalmente para os EUA, 21% para a América Latina e 7% para a Austrália.

Dos 11 milhões que vieram para a América Latina, 38% eram italianos, 28% espanhóis e 11% portugueses.

A imigração italiana no Brasil já rendeu novelas e o filme O Quatrilho.

CULINÁRIA
Embora se diga que Marco Polo importou a massa durante sua viagem à China pelo Caminho da Seda no século 13, a massa já fazia parte da culinária da península desde o tempo dos etruscos e dos romanos.

A variada cozinha italiana, tendo as massas como pratos básicos, ampla variedade de verduras e legumes, e todos os tipos de carnes, é hoje uma das mais populares do mundo globalizado. Assim como as massas italianas, o café espresso e o tiramisu são hoje universais.

A civilização etrusca, que estava estabelecida no século 8 AC, deu a base da culinária da região da Toscana.

Talvez o mais antigo livro de culinária, escrito por Apicius no primeiro século da era cristã, descreve com detalhes a cozinha do Império Romano, com faisões, pavões, carnes curadas, salsichão de porco, queijos e frutos do mar, misturados com vegetais como aspargos, cogumelos, brocólis, cenoura e alface.

Também houve influência grega com grão-de-bico, figos, azeitonas, porco e peixe salgados e fritos. As invasões bárbaras levaram as tortas de carne e os assados. As frutas incluíam cerejas e damasco.

Com a Descoberta da América, chegaram a cebola e o tomate, ingredientes fundamentais da chamada cozinha mediterrânea, considerada das mais saudáveis do mundo.

Os risotos, as polentas e o nhoque são de Milão, no Norte. A pizza nasceu em Nápoles no fim do século 19. O sorvete é uma iguaria apreciada desde o tempo dos romanos.

RELAÇÕES COMO BRASIL
Essa enorme massa de imigrantes e descendentes aproximou culturalmente os dois países. Sob certo ponto de vista, a Itália é um dos países que mais se parecem com o Brasil, com seu respeito relativo às leis, corrupção, malandragem, motoristas que buzinam e furam sinais sem culpa, quem pode cuidadosamente bem vestido num estilo radical chic.

O Brasil urbano das grandes metrópoles caóticas se parece com a Itália.

A contribuição cultural italiana ao Brasil é enorme. Os imigrantes trouxeram novas técnicas agrícolas, suas festas religiosas, seus santos de devoção. Seu sotaque marca até hoje o sotaque paulistano, da serra gaúcha e do sul de Santa Catarina. Diversos pratos foram incorporados à culinária brasileira, do espaguete e da pizza ao panetone.

Os italianos também trouxeram para o Brasil e para a América Latina o anarquismo, o sindicalismo e as greves operárias. No 4º centenário de São Paulo, em 1954, o homem mais rico do Brasil era Francisco Matarazzo Sobrinho, descendente de italianos.

No futebol, tanto o Palmeiras quanto o Cruzeiro de Belo Horizonte se chamavam Palestra Itália. Tiveram de mudar de nome quando o governo Getúlio Vargas declarou guerra à Itália e proibiu manifestações da cultura italiana no Brasil.

O técnico Luiz Felipe Scolari é de origem italiana.

ESPORTE
Os italianos se destacam em vários esportes, do ciclismo e esqui ao basquete, polo aquático, rúgbi, volei e especialmente futebol e automobilismo.

O Giro d’Italia é uma das principais provas de ciclismo de estrada, ao lado do Tour de France e da Vuelta de Espanha.

A Ferrari começou a fabricar carros de corrida em 1946. Já ganhou mais de 5 mil provas.

A Itália participou de todas as olimpíadas da era moderna, ganhando um total de 522 medalhas nos jogos de verão e 106 nos de inverno. É o quinto país mais bem-sucedido da história olímpica. Organizou os Jogos de Verão em Roma em 1960 e os Jogos de Inverno em 1956 em Cortina d’Ampezzo e em 2006 em Turim.

FUTEBOL
Os italianos alegam que eles inventaram o futebol com o nome de calcio no século 16, muito antes portanto dos ingleses teriam criado as regras do futebol moderno na segunda metade do século 19.

A Squadra Azzurra é azul porque era a cor da dinastia de Savoia, que ocupou o trono quando o país foi unificado, em 1861. Ganhou quatro Copas do Mundo, em 1934, 1938, 1982 e 2006, as duas primeiras sob Mussolini, que declarou em 1934: “É vencer ou morrer!” Nas duas últimas copas, os italianos morreram na primeira fase.

Os clubes italianos ganharam 27 títulos de copas europeias. São os mais vitoriosos do continente.

Os brasileiros vão jogar na Itália há muito tempo. Anfilogino Guarisi, o Filó, foi campeão do mundo em 1934.

Nos anos 50 e 60, foram para lá Dino da Costa, Angelo Sormani, Chinesinho e Mazzola, que se naturalizou italiano e passou a usar o sobrenome, Altafini. Com 216 gols, João José Altafini é o terceiro maior artilheiro da história do Campeonato Italiano, ao lado de Giuseppe Meazza, considerado o melhor jogador da História da Itália.

Zico, Sócrates, Falcão, Júnior, Cerezo, Careca, Renato Gaúcho, Casagrande, Ronaldo, Robinho, Ronaldinho, Kaká e muitos outros craques brasileiros disputaram o Campeonato Italiano.

Argentinos de origem italiana como Raimundo Orsi, Omar Sivori e Humberto Maschio jogaram na seleção da Itália.


Os carrascos uruguaios do Brasil na Copa de 1950, Juan Schiaffino e Alcides Ghiggia, eram de origem italiana. Chegaram a jogar na Azzurra no fim dos anos 50.

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