sexta-feira, 13 de junho de 2014

Austrália: ex-colônia penal é país desenvolvido

A Comunidade da Austrália nasceu como uma colônia penal, mas tornou-se um dos melhores países do mundo. Em 2013, ficou em segundo lugar no índice de desenvolvimento humano das Nações Unidas, abaixo apenas da Noruega. Em política externa, aproximou-se do Leste da Ásia, beneficiando-se de seu crescimento econômico, e alinhou-se aos Estados Unidos, inclusive enviando 2 mil soldados para a invasão do Iraque.

GEOGRAFIA
Com 7,7 milhões de quilômetros quadrados, a Austrália é um país-continente situado na placa tectônica indo-australiana, dominando a Oceania. É o sexto maior país do mundo, atrás da Rússia, China, Canadá, EUA e Brasil. Além da maior ilha mundo, incluiu a Ilha da Tasmânia e outras ilhas menores.

Seu nome vem de Terra Australis, uma massa territorial do Sul do planeta que se imaginava que existia desde a Antiguidade.

Esta ilha de dimensões continentais apresenta características distintas, com florestas subtropicais no Nordeste, cadeias de montanhas no Sudoeste, Sudeste e Leste, e desertos na região central, o grande sertão australiano.

No Nordeste, a costa australiana é cercada pela Grande Barreira de Corais, a maior e mais linda do mundo, uma das grandes atrações turísticas do país, que é ameaçada pelo aquecimento global.

O clima, fortemente influenciado por correntes oceânicas, também varia bastante, de tropical com fortes chuvas de verão no Norte a subtropical e mediterrâneno no Sul.

BIODIVERSIDADE
Por causa de sua antiguidade geológica, da grande variabilidade de climas e do longo isolamento geográfico, a flora e a fauna é única e diversa. Isso a coloca como um dos 17 países megadiversos (o Brasil tem a maior diversidade biológica).

Os cogumelos são um exemplo disso. Estima-se que existam na Austrália 250 mil espécies diferentes de cogumelos, das quais só 5% foram descritas e catalogadas. Cerca de 84% dos mamíferos, mais de 45% das aves, 89% dos peixes que vivem perto de suas costas, 90% dos insetos e 93% dos anfíbios são exclusivos de seus habitats característicos. A Austrália tem o maior número de espécies de répteis do mundo: 755.

Entre os animais que só existem na Austrália, destacam-se duas das cinco espécies de monotremados, como o ornitorrinco, os únicos mamíferos que poem ovos, e os marsupiais, que colocam os filhos recém-nascidos em bolsas, como os cangurus e coalas.

FERAS
Essa fauna inclui uma grande quantidade de feras como o tubarão-branco, entre outras 165 espécies de tubarão, e o crocodilo-de-águas-salgadas, além de algumas das cobras mais venenosas do mundo.

Só três espécies de tubarão são consideradas perigosas para seres humano: o tubarão-branco, o tubarão-tigre e o tubarão-touro. Desde 1580, foram registrados 510 ataques de tubarões na Austrália, sendo 144 fatais.

POPULAÇÃO
A Austrália tem uma população de apenas 23 milhões de habitantes, mais de 80% de origem europeia. Dá uma média de 2,8 habitantes por quilômetro quadrado, uma das menores densidades populacionais do mundo. Isto a torna um dos destinos favoritos para migrantes, mas o governo é rigoroso com a imigração ilegal.

A projeção para o futuro é de uma população de 45 milhões em 2050.

Cerca de 75% dos australianos vivem em grandes cidades e áreas costeiras. A praia é parte integral da identidade nacional. As maiores cidades são Sídnei e Melbourne, ambas com mais de 4 milhões de habitantes, mas a capital é Camberra.

A Austrália é um país de imigrantes. Cerca de 25% dos australianos nasceram no exterior e 43% têm ao menos um dos pais nascido no exterior.

De 1945 a 1973, mais de 2 milhões de imigrantes europeus desembarcaram na Austrália. Depois, foram revogadas as leis racistas que proibiam a imigração de não brancos, o que atraiu asiáticos e nativos das ilhas do Pacífico.

DISCRIMINAÇÃO
Seus primeiros habitantes, os aborígenes, habitam a maior ilha do planeta há 60 mil anos, afirma a Enciclopédia Britânica. Quando os europeus chegaram, seriam de 250 a 500 mil, falando 250 línguas diferentes quando os europeus chegaram. Hoje, depois de massacres, epidemias e discriminação, são 548 mil.

A política de “assimilação cultural” imposta pela Lei de Proteção aos Aborígenes, de 1869, na verdade serviu para dizimar a população nativa ao tirar os filhos dos pais e entregá-los a instituições estatais ou religiosas, o que aconteceu durante cem anos. Na História da Austrália, são as “gerações roubadas”.

Só em 1962 todos os aborígenes passaram a ter pleno direito de votar em eleições federais. Só em 1967 eles passaram a ser contados para cálculo da distribuição de cadeiras no Parlamento.

Na Olimpíada de Sídnei, em 2000, Cathy Freeman, uma atleta aborígene, acendeu a tocha olímpica. Mas também surgiu um partido para lutar pela supremacia dos brancos, Uma Nação, liderado pela ex-deputada Pauline Hanson.

DESCOBRIMENTO
A primeira tentativa europeia de confirmar a existência da Terra Australis partiu de Lima, no Vice-Reino do Peru, que cobria na época toda a América do Sul espanhola, em 1567, sob o comando de Álvaro Mendaña, e descobriu as Ilhas Salomão. Ele tentou outra vez em 1595, sem sucesso.

O primeiro europeu a chegar à Austrália foi o capitão holandês Willem Janszoon, que a batizou como Nova Holanda. Ele chegou ao Cabo York e desembarcou junto ao Rio Pennefather em 26 de janeiro de 1606.

O explorador inglês William Dampler, o primeiro homem a dar a volta ao mundo três vezes, visitou a costa noroeste duas vezes, em 1688 e 1699.

Em 1770, James Cook visitou a mapeou o Sudeste da Austrália, batizando a região como Nova Gales do Sul e reivindicando-o para a coroa britânica.

COLÔNIA PENAL
Com a perda do chamado Primeiro Império na independência dos EUA, o início da colonização da Austrália marca o início da segunda fase do Império Britânico. Em 26 de janeiro de 1788, foi instalada uma colônia penal para criminosos britânicos na Cova de Sídnei, no Porto Jackson. É a data nacional australiana.

A primeira frota com presos saiu da Inglaterra em 13 de maio de 1787 com 11 navios e 730 condenados, sendo 570 homens e 160 mulheres.

Por isso, até hoje os ingleses contam uma piada politicamente incorretíssima: “Quando alguém vai pedir visto para a Austrália e o funcionário consular encarregado dos vistos pergunta se o viajante tem antecedentes criminais, responda com uma pergunta: ainda é necessário?”

Em 1803, os britânicos criaram o primeiro assentamento na ilha da Tasmânia, transformada em colônia em 1825. Em 1828, o Império Britânico reivindicou a soberania sobre o Oeste da Austrália.

COLONIZAÇÃO
A realidade hoje é totalmente diferente. Seis colônias (Austrália do Sul, Austrália Ocidental, Nova Gales do Sul, Queenslândia, Tasmânia e Vitória), hoje estados, foram criadas nos séculos 18 e 19, dedicando-se inicialmente à agricultura e à pecuária.

A Austrália do Sul, a Austrália Ocidental e Vitória foram fundadas como “províncias livres”. As duas últimas aceitaram presos, mas a Austrália do Sul nunca foi uma colônia penal.

O sistema autoritário, com um governador militar e nenhum tipo de representação, causou revoltas. Em 1808, o governador William Bligh, famoso pelo motim contra ele quando era capitão do navio Bounty (que virou filme com Marlon Brando), foi deposto na Rebelião do Rum. Surgiu uma movimento emancipacionista para que os moradores, na maioria ex-apenados, tivessem maior participação no governo.

O Império Britânico reagiu estimulando a migração de colonos ricos distribuindo grandes áreas de terra.

DESENVOLVIMENTO
Até 1830, 58 mil presos tinham sido enviados à Austrália, sendo 50 mil homens. Aí começa uma grande mudança, com o desenvolvimento da mineração e da criação de ovelhas, uma imigração que aumentou a população para 1,15 milhão de habitantes de origem europeia.

A mineração começa em 1842, com a descoberta de cobre na Austrália do Sul. O ouro foi encontrado primeiro em Nova Gales do Sul, em 1851, e depois em Vitória, na Queenslândia, na Austrália Ocidental, hoje a grande região produtora, deflagrando uma corrida do ouro que atraiu ainda mais migrantes.

Uma campanha dos habitantes de Nova Gales do Sul acabou com a colônia penal original. O último navio com presos chegou em 1848.

COMUNIDADE
Em 1901, as seis colônias formaram uma federação, a Comunidade da Austrália, uma monarquia constitucional parlamentarista que até hoje continua a ter como chefe de Estado o rei ou a rainha da Inglaterra, representada por um governador-geral.

Há um movimento republicano emergente mas, em 1999, um plebiscito manteve o regime monárquico porque o presidente não seria eleito pelo voto popular. Mais do que votar pela rainha, os australianos rejeitaram um chefe de Estado escolhido indiretamente, pelo Parlamento, mais um político para viver da máquina do Estado.

GUERRAS MUNDIAIS
O país participou ativamente das duas guerras mundiais ao lado do Império Britânico.

Hoje passou para a esfera de influência dos EUA e se apresenta cada vez mais como um país asiático, beneficiando-se do extraordinário crescimento econômico da região, especialmente da China.

ALIADA DOS EUA
Como aliada incondicional dos EUA, a Austrália forneceu o grosso das tropas e do equipamento para a força de paz da ONU no Timor Leste, em 1999, quando acabou a ocupação indonésia e o país se tornou independente. Na visão dos fundamentalistas muçulmanos e do líder terrorista Ossama ben Laden, foi um território islâmico perdido para o cristianismo.

Dos 202 mortos no atentado terrorista na ilha de Báli, na Indonésia, em 12 de outubro de 2002, 88 eram australianos. Este ataque engajou a Austrália na guerra global dos EUA contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos, o jihadismo.

Desde então, a política externa da Austrália está mais voltada para seu entorno no Sudeste Asiático. Para o ministro do Exterior australiano na época do ataque a Báli, Alexandre Downer, “a Indonésia foi fragilizada pela crise asiática. A pobreza não é a causa do terrorismo. Mas num ambiente de pobreza é fácil para o terrorismo prosperar. As escolas extremistas são as encubadoras.”

A rica Austrália se preocupa com a fragilidade de seus vizinhos. Uma crise na Indonésia pode jogar milhares de refugiados no mar em barcos precários rumo à Austrália.

POLÍTICA
A Austrália faz parte da Comunidade das Nações, a antiga Comunidade Britânica. É uma monarquia constitucional, com um governador-geral que representa a rainha da Inglaterra, um parlamento bicameral e um primeiro-ministro como chefe de governo.
A Câmara tem 150 deputados eleitos por vo

to distrital em turno único, como no Parlamento Britânico. O Senado tem 76 cadeiras, seis para cada estado e mais duas para os territórios (o distrito federal, que tem status de território, e os Territórios do Norte).

As mulheres conquistaram o direito de voto em 1901, quando foi aprovada a primeira Constituição, em vigor até hoje.

Há três décadas, a cena política é dominada por três partidos, o Nacional da Austrália, o Liberal da Austrália e o Trabalhista Australiano. Desde 2007, depois de 11 anos de governos conservadores do PLA, o país foi governado pelo PTA, mas seus líderes, Kevin Rudd e Julia Gillard viviam brigando e se alternando no poder. Isso ajudou a vitória do conservador Tony Abbott nas eleições de 7 de setembro de 2013.

Ao assumir, Rudd assinou o Protocolo de Quioto, que limitava a emissão de gases que agravam o efeito estufa pelos países ricos, e pediu desculpas aos aborígenes australianos pela discriminação do passado e pelas crianças roubadas de suas famílias e levadas para agências do governo ou missões religiosas.

Diante da crise financeira internacional de 2008, o governo lançou um pacote de estímulos. A Austrália foi um dos poucos países ricos a evitar à Grande Recessão de 2008-9.

Em junho de 2010, Rudd foi substituído por Julia Gillard numa eleição da bancada trabalhista. Voltou em 26 de junho de 2013, em mais uma eleição interna do partido, um troca-troca que irritou o eleitorado.

A coalizão conservadora PLA-PNA, liderada por Tony Abbott, ganhou as eleições de 7 de setembro de 2013.

PARTIDO WIKILEAKS
Uma novidade das últimas eleições é o Partido WikiLeaks, fundado para que o criador do WikiLeaks, Julian Assange, concorresse a uma vaga no Senado. Sem sucesso.

Assange está refugiado na Embaixada do Equador em Londres para não ser extraditado para a Suécia, onde é suspeito de crimes sexuais. Ele teme ser enviado para os EUA, onde é procurado por divulgar na Internet mais de 700 mil documentos sigilosos do governo americano.

Em janeiro de 2013, Assange anunciou que o partido iria “combinar uma pequena liderança centralizada (ele) com o máximo envolvimento das bases. Por usar o modelo decentralizado do WikiLeaks, com conteúdo gerado pelos usuários, não vai precisar de aparelho. O partido será incorruptível e ideologicamente unido.”

Também concorreu um partido dedicado à liberação da maconha HEMP (Help End Marijuana Prohibition), que significa cânhamo em inglês.

MILAGRE ECONÔMICO
Com ajuda do extraordinário crescimento da China, grande consumidora dos produtos primários australianos como carvão e ferro, o país cresce há 22 anos sem parar.

O produto interno bruto de US$ 1,505 trilhão (FMI) em 2012 faz da Austrália o 12º país mais rico do mundo. A renda media por habitante, de US$ 68 mil por ano, é quinta maior do mundo. Um dólar australiano valia em junho de 2014 US$ 0,94.

No segundo trimestre de 2013, a expansão foi de 0,6%. A taxa de crescimento anual está em 2,6%, abaixo do ideal para o nível de desenvolvimento do país, que seria de 3,5% ao ano.

A dívida pública, de US$ 190 milhões, é de cerca de um terço do PIB. O déficit orçamentário previsto para 2013 é de 1,9% do PIB.

COMPOSIÇÃO DO PIB
A economia australiana se beneficia com o crescimento da Ásia, sobretudo da China, que aumenta a demanda por suas matérias-primas. A maior parte do PIB vem do setor de serviços (turismo, educação e finanças). O turismo gera 5 milhões de empregos e contribui com 5% do PIB.

Hoje a mineração contribui com 5% e a agricultura com apenas 4% do PIB, mas são importantes para a exportação. A indústria representa 12,5%.

EXPORTAÇÕES
As exportações representam 17% do PIB. Suas maiores exportações são produtos primários, como carvão, ouro, carne, lã, alumina, minério de ferro, trigo e algodão, além de máquinas e equipamento de transportes.

Nos anos 1950s, a agricultura chegou a representar 20% do PIB. Só 10% das terras são dedicadas à produção intensiva, 25% praticamente não são usados e os outros 65% servem para pastagem, na maior parte natural. O trigo e o algodão são as colheiras de maior valor.

Além de ser um dos maiores produtores e exportadores de minério de ferrro depois do Brasil, a Austrália tem as maiores reservas mundiais de zinco e chumbo, e as de níquel e bauxita (minério de alumínio) estão entre as maiores. É o terceiro maior produtor mundial de ouro, depois da África do Sul e da China.

A Austrália é o maior produtor mundial de diamantes e de lã, com um terço da produção mundial, e tornou-se um dos maiores exportadores mundiais de vinho, com 1,2 mil vinícolas aproveitando a aridez da maior parte do solo e o baixo volume de chuva no interior.

A pesca também se destaca. O país tem a terceira maior zona pesqueira do mundo. Exporta camarões, lagosta, atum e salmão, especialmente para o Japão.

IDIOMAS
O país não tem língua oficial, mas o inglês domina amplamente. É a única língua falada em mais de 80% das residências. Sobrevivem 70 línguas indígenas, mas só 18 são faladas por pessoas de todas as idades.

Como um quarto da população nasceu no exterior, os dados do censo de 2011 indicam que 1,7% fala mandariam, 1,5% italiano, 1,4% árabe, 1,3% cantonês, 1,3% grego e 1,2% vietnamita.

RELIGIÃO
A Austrália não tem religião oficial. No censo de 2011, 61,1% dos australianos se declararam cristãos, sendo 25,3% católicos e 17,1% anglicanos; 22,3% disseram não ter religião; 7,2% professam outras religiões, sendo 2,5% budistas, 2,2% muçulmanos, 1,3% hinduístas e 0,5% judeus; e 9,4% não responderam.

De acordo com pesquisa da Fundação Bertelsmann, “a Austrália é um dos países menos religiosos do mundo”, com “cerca de três quartos da população dizendo que não têm religião ou que a religião não têm um papel importante em suas vidas”.

CULTURA
A base da cultura australiana veio da colonização britânica. Mas, antes da chegada dos europeus, a cultura aborígene havia produzido cavernas, escultura em pedra e pintura corporal.

Desde os anos 50, há uma grande influência da cultura popular dos EUA, especialmente do cinema e da música. De resto, os imigrantes sempre levam sua cultura, levando a uma grande diversidade.

ARTES PLÁSTICAS
A natureza privilegiada inspirou artistas como Albert Namatijira, Arthur Streeton, Arthur Boyd e Sydney Nolan.

O movimento de Arte Contemporânea Indígena Australiana, iniciado em 1971, lançou pintores como Clifford Possum Tjapaltjarri, Kaapa Tjampitjinpa, Shirley Purdie e Linda Syddick Napaltjarri. É considerado a maior contribuição do país à arte no século 20.

O índice de visitas a museus e galerais de arte é maior do que nos EUA e na Grã-Bretanha.

LITERATURA
O australiano Patrick White ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1973.

Outros escritores importantes são os poetas Judith Wright e Les Murray, os novelistas Peter Carey, David Malouf, Thomas Keneally e Thea Astley, e o dramaturgo David Williamson.

MÚSICA
Uma das obras de arquitetura moderna mais importantes do país, a Ópera de Sídnei, é sede da Ópera da Austrália, onde se destacou Joan Sutherland, uma das maiores cantoras de ópera do século 20.

Sob influência anglo-americana, a Austrália também é terra de rock’n’roll, com bandas como AC-DC, INXS e Midnight Oil, e roqueiros como Nick Cave.

CINEMA
O primeiro filme australiano, A História da Gangue de Kelly, sobre o mitológico bandido australiano Ned Kelly, foi lançado em 1906. Mick Jagger viveu Kelly em A Forca Será Tua Recompensa (1970), mas o diretor Tony Richardson era inglês.

Alguns sucessos recentes incluem Mad Max e Gallipoli. Entre os grandes atores australianos, estão Errol Flynn, Nicole Kidman, Naomi Watts, Heath Ledger e Cate Blanchett.

CULINÁRIA
Com a colonização europeia, a Austrália é hoje um dos país que mais consomem carne por habitante do mundo. O churrasco e o rosbife estão entre os pratos favoritos da família australiana no domingo.

Por causa da grande migração, também há grande influência da chamada cozinha mediterrânea (espanhola, italiana e grega) e também da Ásia (chinesa, indonésia, indiana e vietnamita).

SAÚDE
A Austrália tem a maior expectativa de vida depois da Islândia, do Japão e de Hong Kong, de 79 anos e meio para os homens e 84 anos para as mulheres.

Por causa da grande insolação e da população majoritariamente de origem europeia, o país tem a maior incidência de câncer de pele no mundo.

O consumo de cigarros é a maior causa de mortes evitáveis (7,8%), seguido pela hipertensão (7,6%) e a obesidade (7,5%).

ESPORTE
Cerca de 24% dos australianos acima de 15 anos participam de atividades esportivas organizadas.

A Austrália é uma potência em esportes herdados do Império Britânico, como críquete, hóquei na grama e rúgbi, nos quais foi campeã olímpica ou mundial pelo menos duas vezes em cada esporte nos últimos 25 anos. Também é muito forte em ciclismo, golfe, remo, natação e tênis.

O país é o segundo maior ganhador de medalhas em Olimpíadas na natação, atrás apenas dos EUA. Alguns nadadores, como Dawn Fraser e Ian Thorpe são considerados heróis nacionais.

Nos anos 60, os australianos dominavam o ranking mundial do tênis, com nomes como Rod Laver (o único tenista a ganhar todos os torneios do Grand Slam no mesmo ano duas vezes), Roy Emerson, Fred Stole, Evonne Goolagong.

O australiano Jack Brabham foi três vezes campeão mundial de Fórmula Um. O golfista Greg Norman, conhecido como Grande Tubarão Branco, foi número um do mundo.

No atletismo, um destaque importante é a aborígene Kathy Freeman, medalha de ouro nos 400 metros na Olimpíada de Sídnei.

Num país com um dos maiores litorais do mundo, o surfe também é um elemento importante da cultura esportiva australiana.

FUTEBOL
A seleção australiana participou de três Copas do Mundo (1974, 2006, 2010).

Em 2006, na Alemanha, ficou no grupo com Brasil, Croácia e Japão na primeira fase. Depois de uma vitória de 3-1 na estreia sobre o Japão, a Austrália perdeu por 2-0 para o Brasil e empatou com a Croácia em 2-2, classificando-se pela primeira vez para a segunda fase de uma Copa, quando foi eliminada pela Itália por 1-0.

Na África do Sul, a Austrália levou 4-0 da Alemanha na estreia, empatou em 1-1 com Gana e ganhou de 2-1 da Sérvia, sendo eliminada.


O Campeonato Australiano não é dos mais importantes, mas o italiano Alessandro del Piero está  jogando no Sydney F. C. há mais de um ano e já se tornou ídolo.

3 comentários:

Renan H disse...

Muito bom! obrigado por compartilhar este post

Unknown disse...

Obrigado pela informação

Anônimo disse...

Os primeiros europeus a pisarem solo australiano foram os portugueses.