Na véspera do centenário do atentado que deflagrou a Primeira Guerra Mundial, os sérvios da Bósnia-Herzegóvina inauguraram ontem uma estátua em homenagem ao estudante radical Gavrilo Princip, assassino do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro.
Do outro lado da cidade, a Orquestra Filarmônica de Viena ensaiava para um grande concerto marcado para este sábado, uma promoção da União Europeia para marcar o início simbólico de um novo século de paz.
Os dois eventos mostram a divisão profunda da Bósnia, dividida entre uma República Sérvia e uma Federação Bósnio-Croata. Enquanto uma parte festeja a integração europeia com músicas de compositores alemães, austríacos e franceses, outra celebra o assassino.
O concerto vai começar com o Hino da Bósnia e terminar com a Ode à Alegria, a última parte de 9º Sinfonia de Beethoven, hino oficial da UE. Ao chegar, o maestro Franz Welser-Most declarou que a Orquestra Filarmônica de Viena volta a Sarajevo "com um ônus histórico" para "enviar uma mensagem: Nunca mais!"
Já os sérvios gostariam de dividir a Bósnia para anexar sua parte à Sérvia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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