Diante do colapso do Exército do Iraque, milícias curdas assumiram o controle da cidade de Kirkuk, capital da principal província produtora de petróleo do Norte do país.
O Norte do Iraque está sob ataque do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), uma dissidência da rede terrorista Al Caeda que luta para unir Iraque, Síria e Líbano num califado islâmico. Já controla o Leste da Síria e agora ocupa o Noroeste do Iraque.
Com a fuga das forças de segurança diante do avanço dos terroristas sunitas, o primeiro-ministro Nuri al-Maliki pediu ajuda às milícias curdas, sunitas e xiitas, mas o governo está na defensiva. Assim, os peshmergas curdos assumiram a responsabilidade de defender Mossul. Isso pode abrir uma nova frente de combate entre curdos e sunitas, além do conflito sectário entre árabes sunitas e árabes xiitas.
Onze anos depois da invasão americana, o Iraque ainda não reconstruiu a máquina do Estado. Suas forças de segurança não são capazes de garantir a ordem interna nem de defender o país.
A violenta guerra civil na Síria, onde mais de 160 mil pessoas foram mortas nos últimos três anos, reincendiou o conflito sectário no Iraque. Mais uma vez, o país está à beira do abismo e da fragmentação ao longo de suas divisões étnicas e religiosas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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