A decisão do presidente Nicolás Maduro de demitir o ministro do Planejamento, Jorge Giordani, um dos mentores do falecido líder Hugo Chávez, responsável pela política econômica da Venezuela nos últimos 15 anos, revela uma divisão do movimento chavista. Ele foi substituído pelo ministro da Educação Superior, Ricardo Menéndez, noticia o jornal espanhol El País.
Quatro horas depois da demissão, anunciada no programa de rádio e televisão Encontro com Maduro, Giordani publicou artigo no portal chavista Aporrea com duras críticas ao presidente e outros companheiros. A divisão no chavismo fica explícita cinco semanas antes de um congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para confirmar a liderança de Maduro.
Giordani é contra o excesso de gastos públicos, considera um risco manter a política de comunicação de Chávez, um líder carismático, em contraste com o sisudo e inexpressivo maduro. O ex-ministro adverte para "o desconhecimento do fato econômico sobreposto à vontade política", além de repudiar "a ingerência de uma assessoria francesa que nada tinha a ver com a situação do país".
Resposta de Maduro: "A deslealdade é uma traição." Assim raciocinam os ditadores, censurando críticas e pensamentos diferentes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Parece que está batendo um certo desepero a este necrostalinzinho. sem papel higiênico, sem papel jornal, sem urnas funerárias, prateleiras vazias, etc... vai faltar desculpas esfarrapadas!
Simeon.
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