sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Vacinação de crianças começa na primeira quinzena de janeiro, diz ministro

 Depois de retardar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra o coronavírus de 2019 para agradar ao presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou hoje que começa na primeira quinzena de janeiro.

Quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a vacinação de crianças, Bolsonaro ameaçou revelar os nomes dos técnicos responsáveis, atiçando seus seguidores mais fanáticos, que fizeram mais de 170 ameaças ao pessoal. 

Para aplacar a fúria negacionista do presidente, o ministro decidiu então abrir uma consulta pública, como se uma questão técnica e científica devesse ser objeto da opinião de leigos.

No mundo, com a aceleração do contágio pela variante ômicron, já são 288.201.551 casos confirmados e 5.436.634 mortes. Mais de 253,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 29,17 milhões enfrentam casos suaves ou médios e 89.780 (0,3% dos casos ativos) estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 475.312 casos e 1.302 mortes no último dia do ano. A média diária de casos novos dos últimos sete dias aumentou 201% em duas semanas para um recorde de 378.516. O número de hospitalizados cresceu 21% em duas semanas para 95.450, com 18.328 em tratamento intensivo. A média de mortes dos últimos sete dias caiu 4% para 1.242. Os EUA acumulam os maiores número de casos confirmados (54.743.993) e de mortes (825.536) na pandemia.

A França bateu novo recorde nacional de casos novos em 24 horas: 232.200. Na mensagem de Ano Novo, o presidente Emmanuel Macron admitiu que "as próximas semanas serão difíceis."

O Reino Unido atingiu um recorde de 189.846 casos novos na sexta-feira. A Itália também bateu recorde, com 144.243 casos novos e 155 mortes, uma a menos do que no dia anterior.

Um estudo feito na Alemanha indica que os casos da variante ômicron são menos graves porque esta cepa do coronavírus ataca menos os pulmões.

Mais de 9,15 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora, mais de 4,58 bilhões de pessoas, 58,2% da população da Terra, tomaram ao menos uma dose, mas só 8,5% nos países pobres; 50% completaram a vacinação e 6,7% receberam a dose de reforço.

Hoje na História do Mundo: 31 de Dezembro

CANAL É DO PANAMÁ

    Em 1999, os Estados Unidos entregam ao Panamá o controle sobre o canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, construído a partir de 1903, quando os EUA promoveram a independência do país centro-americano, que era parte da Colômbia. 

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Ômicron causa recordes de contágio em 20 países

 Vinte países (Angola, Austrália, Burúndi, Canadá, Costa do Marfim, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Etiópia, França, Gana, Grécia, Irlanda, Itália, Moçambique, Porto Rico, Reino Unido, República Democrática do Congo, Suíça e Zâmbia) de quatro continentes (África, América, Europa e Oceania) bateram recordes de contaminação na pandemia com a variante ômicron do coronavírus de 2019. 

Os EUA bateram um novo recorde mundial, com 582.044 casos novos num dia, de acordo com o jornal The New York Times, e esperam o pico em meados de janeiro. A França voltou a registrar mais de 200 mil casos novos num dia. O Reino Unido estabeleceu novo recorde nacional: mais de 189 mil casos novos em 24 horas.

Muito mais contagiosa do que as cepas anteriores, embora a maioria dos casos até agora seja menos grave, a ômicron aumenta a pressão sobre os sistemas de saúde. Pelo menos cinco países, inclusive a Austrália, a Dinamarca e o Reino Unido, tiveram recordes mais de duas vezes maiores do que os anteriores. 

OMS ALERTA BRASIL

O diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, acredita que o Brasil também possa sofrer uma onda de contágio. Sem dados confiáveis sobre a pandemia desde 10 de dezembro, o país enfrenta a ômicron em voo cego.

Para agravar a situação, o Ministério da Educação decidiu proibir a exigência de certificado de vacina em universidades federais, violando a autonomia universitária prevista na Constituição.

A ômicron foi descoberta em 24 de novembro na África do Sul numa amostra coletada em 9 de novembro. A África do Sul passou do pico de contaminação. O principal epidemiologista sul-africano espera que a curva se repita em outros países. Mais de 90% das mortes hoje na África do Sul são de não vacinados.

ÔMICRON AVANÇA

Nos EUA, onde o primeiro caso da ômicron foi detectado em 1º de dezembro, houve uma alta de 181% no contágio em duas semanas para um média diária de 344.543 casos novos nos últimos sete dias. O número de hospitalizados cresceu 15% em duas semanas para 78.781. As mortes caíram 5% em duas semanas para uma média diária de 1.221.

Esta divergência entre o número de casos, hospitalizações e mortes é devida à vacinação. Mais de 62% dos norte-americanos estão plenamente vacinados e 21% tomaram a dose de reforço. 

No mundo, já são 286.515.043 casos confirmados e 5.429.595 mortes. Mais de 253 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 28 milhões enfrentam casos leves ou suaves e 90.208 estão em estado grave.

A França registrou mais 206.243 casos nesta quinta-feira, depois de um recorde de mais de 208.099 ontem. A média diária de casos em uma semana atingiu um recorde de 121.566, quatro vezes mais do que um mês atrás. O uso de máscaras voltou a ser obrigatório nas ruas de Paris e Lyon. Há 18.321 pacientes de covid-19 em hospitais na França, o maior número em sete meses.

No Reino Unido, foram 189.213 casos novos e 332 mortes notificadas nesta quinta-feira, superando o recorde anterior, de 183.037. O total de pacientes de covid-19 hospitalizados está em 11.452, 4 mil a mais do que na semana passada.

Com mais 195 infecções diagnosticadas hoje, a China enfrenta o pior surto do ano. Com cerca de 1,2 mil casos em três semanas, é o maior desde o surto inicial, em Wuhan, dois anos atrás. Tem foco em Xiam, a primeira capital do país, onde 13 milhões de pessoas estão sob um confinamento rigoroso. A ômicron é um teste para a política de covid-zero, de erradicação total do vírus, do governo chinês.

Nas redes sociais, os chineses prestaram homenagem a Li Wenliang, o médico oftalmologista do Hospital Central de Wuhan que alertou os colegas há dois sobre uma pneumonia aguda que resistia a todos os tratamentos. Foi e acusado de propagar boatos alarmistas. Morreu de covid-19 em 7 de fevereiro de 2020.

Uma dose de reforço da vacina da Janssen evitou a hospitalização em 84% dos profissionais de saúde da África do Sul que pegaram a variante ômicron.

VACINAÇÃO DE CRIANÇAS

Dois estudos divulgados nesta quinta-feira pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA mostram a importância de vacinar crianças. 

Mais de 8 milhões de doses foram aplicadas em crianças de 5 a 11 anos no país. Os efeitos colaterais foram raros e suaves. Houve 11 casos de miocardite e todas as crianças estavam bem ou em recuperação. 

Por outro lado, entre 700 hospitalizações pediátricas, a imensa maioria foi de crianças que não completaram a vacinação. Um terço das crianças precisou de terapia intensiva, 15% foram entubadas e 1,5% morreu.

Aqui no Brasil, o governo Jair Bolsonaro adiou para 5 de janeiro a decisão sobre a imunização de crianças.

Hoje na História do Mundo: 30 de Dezembro

NASCE A URSS

    Em 1922, com o fim da guerra civil que se seguiu à Revolução Comunista, a Rússia, a Ucrânia, a Bielorrússia e a Federação Transcaucasiana (dividida em 1936 em Geórgia, Armênia e Azerbaijão) formam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Ômicron foi responsável por 70% dos casos de covid no Natal

 Quase 70% dos casos da doença do coronavírus de 2019 diagnosticados no Natal no Brasil foram causados pela variante ômicron, indica um levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS).

 Desde o começo de dezembro, a nova cepa do vírus, que está gerando recordes de contágio na Europa e nos Estados Unidos, foi responsável por 31,7% dos casos em oito estados brasileiros.

Dois laboratórios privados examinaram os resultados de 30.483 testes de covid-19 realizados em 16 estados; 640 deram positivo, 203 com a ômicron. São Paulo e o Rio de Janeiro foram os dois únicos estados com mais de 50 casos da ômicron.

O percentual de casos da nova variante aumenta a cada semana. Na semana passada, a taxa ficou em 40%. No Natal, chegou a 70%. É um alerta para o risco das festas da Ano Novo.

"Além da ômicron, surtos da gripe H3N2 pressionam o sistema de saúde. É urgente que os brasileiros completem o ciclo de vacinação contra a covid-19, incluindo a dose de reforço, e não abandonem a máscara, a higiene das mãos e o distanciamento social", adverte o Dr. Jorge Kalil, diretor-presidente do ITpS, citado pelo jornal O Globo.

TESTAGEM BAIXA

O epidemiologista Pedro Hallal, professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), critica a falta de um programa de testagem em massa, uma deficiência que vem desde o início da pandemia, resultado da negligência do presidente Jair Bolsonaro no combate à covid-19.

"O país tem um dos programas de testagem mais pífios do planeta. Com baixa testagem, não há como diferenciar os pacientes da ômicron e os pacientes do resfriado comum. Desde o começo da pandemia, vínhamos alertando para a necessidade de investir em testagem, algo que, infelizmente, nunca foi priorizado pelo governo federal. É surreal acreditar que o governo jogou milhões no lixo com cloroquina e ivermectina e deixou de investir em testagem e compra antecipada de vacinas. Não é por acaso que a mortalidade por Covid-19 no Brasil é cinco vezes maior do que a média mundial", desabafou o pesquisador.

NOVAS VARIANTES

Em Genebra, na Suíça, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, falou num "maremoto" de infecções e voltou a chamar a atenção para a desigualdade na vacinação e criticou o populismo e o nacionalismo, que "criam as condições ideais para o surgimento de novas variantes. É possível que novas variante sejam resistentes às vacinas."

No mundo, já são 284.471.377 casos confirmados e 5.421.577 mortes. Mais de 252 milhões de pacientes se recuperaram, quase 27 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.492 estão em estado grave.

NOVOS RECORDES

Os EUA registraram um recorde com mais de 488 mil casos novos notificados nesta quarta-feira e mais 2.228 mortes, de acordo com dados do jornal The New York Times. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu impressionantes 153% em duas semanas para 301.472. O número de hospitalizados subiu muito menos, 11% em duas semanas, para 75.477. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 7% para 1.207.

Ao recomendar que os norte-americanos limitem suas festas de fim de ano a pequenos grupos, o Dr. Anthony Fauci, principal assessor médico da Casa Branca na pandemia, observou que 1% dos casos de ômicron tem exigido hospitalização, contra 4,3% das variantes anteriores

Antes, 99% dos hospitalizados por covid-19 precisavam de oxigênio. Com a ômicron, pouco mais da metade.

A França bateu novo recorde nacional, com mais de 208 mil diagnósticos positivos notificados num dia. As máscaras voltaram a ser obrigatórias nas ruas de Paris. Já eram nos transportes públicos. 

O passe sanitário, que a Assembleia Nacional deve transformar em passe da vacina, é exigido em bares e restaurantes. Mas há um problema. Legalmente, na França, só a polícia pode exigir identificação, não recepcionista de restaurante.

A Argentina também bateu recorde, com 42.032 casos novos hoje.

Mais de 9,1 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo até agora. Mais de 4,53 bilhões de pessoas, 58,1% da população mundial, tomaram ao menos uma dose, mas só 8,4% nos países pobres. A metade do mundo recebeu duas doses ou a dose única e 6,5% receberam a dose de reforço.

Com a variante ômicron, vários infectologistas passaram a considerar completamente vacinado quem recebeu a dose extra, geralmente a terceira dose. Por isso, a OMS teme um atraso ainda maior na imunização dos países pobres, onde podem surgir novas variantes mais virulentas e resistentes às vacinais atuais.

Hoje na História do Mundo: 29 de Dezembro

MASSACRE DE WOUNDED KNEE

    Em 1890, num dos últimos episódios da Guerras Indígenas dos Estados Unidos, um regimento de cavalaria do Exército mata 146 índios sioux na reserva de Pine Ridge, no estado de Dakota do Sul. 

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Pandemia bate novo recorde com 1,49 milhão de casos novos num dia

 Sob o impacto da variante ômicron, quase um milhão e meio de casos positivos da doença do coronavírus de 2019 foram diagnosticados no mundo nesta terça-feira. A pandemia entra no terceiro ano batendo recordes.

Os Estados Unidos chegaram a uma média diária na semana recorde de 267.305 casos novos, com alta de 126% em duas semanas. No Reino Unido, foram mais 318.699 casos novos. Na Espanha, 214.619. A França registrou um recorde de 179.807 casos novos num dia. Grécia e Portugal também bateram seus recordes nacionais.

Pelo que se sabe até agora, a ômicron não causa casos tão graves quanto variantes anteriores e o tempo médio de hospitalização, mas a quantidade de casos é tanta que pode sobrecarregar os sistemas de saúde. Quem tomou três doses e não pertence a grupos de risco está protegido

Na semana passada (20-26/12), o número de casos confirmados no mundo, que tinha uma pequena tendência de alta desde outubro, aumentou 11% em relação à semana anterior para um total global de 4.985.093, informa o relatório semanal da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de mortes caiu 4% para 44.680.

A América teve o maior aumento no número de casos na semana passada (39%), seguida pela África (7%), que teve o maior aumento no número de mortes (72%), seguida pelo Sudeste Asiático (9%) e a América (7%). 

A Europa e a Ásia Central, que seria a Europa e a antiga União Soviética, registraram 57% dos casos novos (2.842.375) e 53% das mortes (23.900).

No mundo, já são 282.840.785 casos confirmados e 5.414.686 mortes. Mais de 251,5 milhões de pacientes se recuperaram.

Os EUA notificaram mais 512.533 casos e 2.434 mortes nesta terça-feira. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 126% em duas semanas para 267.305. 

O número de hospitalizados aumentou 6% em duas semanas para 71.473. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 3% em duas semanas para 1.243. O país tem o maior número de casos confirmados (53.172.397) e de mortes (820.870) na pandemia.

Mais de 9,02 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo: mais de 58% tomaram ao menos uma dose, mas só 8,3% nos países pobres; 50% da humanidade completaram a vacinação e 6,4% receberam a dose de reforço.

Hoje na História do Mundo: 28 de Dezembro

PRIMEIRA SESSÃO DE CINEMA PAGA

    Em 1895, os inventores do cinema e do cinematógrafo, uma câmera e projetor, os irmãos Auguste e Louis Lumière, organizam a primeira sessão de cinema com ingressos pagos no Grand Café, em Paris.

Os irmãos Lumière apresentam sua invenção ao público em março de 1895 com um filme curto mostrando os trabalhadores saindo da fábrica de chapas fotográficas deles. Em 28 de dezembro, mostraram cenas da vida cotidiana e cobraram ingresso pela primeira vez.

No ano seguinte, os irmãos abrem seus primeiros cinemas. O jornal The New York Times publica a primeira crítica de cinema em 1909. O primeiro estúdio de Hollywood começa a funcionar em 1911. Charles Chaplin, o maior ator da história do cinema, estreia em 1914. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Ômicron avança na Europa e nos EUA

 A Europa registrou na semana passada mais de 3 milhões de casos novos da doença do coronavírus de 2019, e os Estados Unidos e o Canadá mais de 1,4 milhão. O Reino Unido e a França bateram recordes de contágio. Desde a véspera do Natal, quase 10 mil voos foram cancelados no mundo. A metade da população mundial tomou duas doses ou a dose única.

Ao todo, no mundo, já são 281.394.288 casos confirmados e 5.406.525 mortes. Mais de 250,5 milhões de pacientes se recuperaram. Cerca de 20% têm sequelas de longo prazo, 25,37 milhões enfrentam casos leves ou médios e 88.807 estão em estado grave.

Depois da subnotificação do fim de semana prolongado do Natal, os EUA notificaram hoje mais 478.287 casos e 3.472 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 105% em duas semanas para 243.099. As hospitalizações cresceram bem menos, 6% em duas semanas, para 71.381. A média diária de mortes caiu 5% para 1.205. O país tem o maior número de casos confirmados (52.793.407) e de mortes (818.371) na pandemia.

O principal assessor científico da Casa Branca para a pandemia, Dr. Anthony Fauci, levantou a possibilidade de exigência de certificado de vacina em voos domésticos nos EUA.

No fim de uma reunião do Conselho de Defesa Sanitária, a França limitou em 2 mil o número de participantes de eventos em ambientes fechados e em 5 mil para eventos ao ar livre. Em concertos, toda a audiência deve ficar sentada. As novas regras entram em vigor em 3 de janeiro.

O consumo de bebida e comida será proibido em transportes públicos e cinemas. Em bares e restaurantes, todos devem ficar sentados para consumir. A partir de 15 de janeiro, o passe sanitário para entrar em locais de uso coletivo será substituído pelo passe da vacina. Não bastará mais apresentar teste negativo de covid. Será necessário o certificado de vacina.

O Reino Unido não vai anunciar novas medidas até o fim do ano. A Escócia, o País de Gales e a Irlanda do Norte já adotaram novas regras. A Inglaterra, sob pressão dos conservadores, fica como está, apesar dos recordes no contágio.

Na Espanha, a taxa de infecção pelo coronavírus passou de mil casos para cada 100 mil pessoas por semana pela primeira vez na segunda-feira. Chegou a 1.206 por 100 mil.

Em Israel, o Centro Médico Sheba, um hospital próximo a Telavive, começou um estudo com 6 mil pessoas para avaliar a segurança e a efetividade de uma quarta dose de vacina.

No Brasil, continua o caos no sistema de computadores do Ministério da Saúde, tornando as informações inconfiáveis, enquanto o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga sabotam a vacinação de crianças.

Mais de 8,99 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo até agora. Mais de 4,52 bilhões de pessoas tomaram ao menos uma dose, mais de 58% da população mundial, mas só 8,3% nos países pobres. A metade da população mundial completou a vacinação e 6,2% receberam a dose de reforço.

Hoje na História do Mundo: 27 de Dezembro

RADIO CITY MUSIC HALL

    Em 1932, no auge da Grande Depressão (1929-39), milhares de pessoas vão à inauguração do Radio City Music Hall, um magnífico teatro em estilo Art Deco projetado para ser um palácio para o povo, um lugar onde pessoas comuns possam ver espetáculos de alta qualidade.

Desde a abertura, mais de 300 milhões de pessoas assistiram a shows, concertos, peças de teatro e eventos especiais no Radio City Music Hall, uma ideia do bilionário John Davidson Rockefeller.

FMI E BANCO MUNDIAL

    Em 1945, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial são criados para estabilizar os sistemas monetário e financeiro internacionais, reconstruir os países atingidos pela guerra e promover o desenvolvimento como maneira de preservar a paz.

Quando a Segunda Guerra Mundial (1939-45) se aproxima do fim, os aliados discutem a nova ordem econômica internacional do pós-guerra na Conferência de Bretton Woods, em julho de 1944. 

A grande preocupação do presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, é que o fim da guerra traga de volta a Grande Depressão (1929-39). FDR é eleito em 1932, no auge da crise, com desemprego de 25% nos EUA, e a economia só se recupera totalmente por causa do esforço de guerra.

O FMI não seria um banco central global, um emprestador de último recurso, como queria o economista britânico John Maynard Keynes. Seu objetivo é evitar que países com crise no balanço de pagamentos fiquem sem moedas fortes e abandonem o comércio internacional por não terem como pagar.

O Banco Mundial começa como Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) para recuperar os países abalados pelo conflito. Depois de transforma num banco de desenvolvimento, com papel importante na descolonização do pós-guerra.

Arcebispo Tutu foi um grande herói na luta pela igualdade

Um dos grandes heróis do nosso tempo morreu no domingo. O arcebispo Desmond Tutu foi a voz da maioria negra na África do Sul quando Nelson Mandela estava preso e Steve Biko estava morto. 

A luta pacífica contra o regime segregacionista do apartheid e a ditadura da minoria branca lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz 1984. Ele tinha 90 anos e lutava há 24 anos contra um câncer na próstata. 

Crítico feroz do apartheid, Tutu denunciou a leniência das democracias ocidentais com os horrores do regime de terror da minoria branca, que descrevia como “o sistema mais cruel já inventado depois do nazismo... o desenvolvimento separado das raças”. E não se calou diante da corrupção no governo do Congresso Nacional Africano (CNA).

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domingo, 26 de dezembro de 2021

Israel tem aumento de 25% nos casos graves de covid numa semana

 O Ministério da Saúde de Israel registrou 98 casos graves da doença do coronavírus de 2019 no domingo, 75% em não vacinados, que são hoje 30% da população do país, e 4% em crianças de até 11 anos. Os não vacinados correm um risco 10 vezes maior de sofrer casos graves. 

Israel oferece uma quarta dose de vacina para os grupos de riscos, idosos e pessoas com doenças crônicas. No sábado, confirmou 591 casos da variante ômicron.

No mundo, já são 279.992.190 casos confirmados e 5.401.862 mortes. Mais de 250 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 24,45 milhões têm casos suaves ou médios e 88.430 estão em estado grave.

Com a subnotificação dos fins de semana, os Estados Unidos registraram mais 102.616 casos e 63 mortes, bem abaixo das médias recentes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 84% em duas semanas para 214.499. 

O número de hospitalizados subiu bem menos, 8% em duas semanas para 71.302. E a média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou menos ainda, 3% em duas semanas, mas está em patamar elevado: 1.328. Estes dois indicadores atestam que as vacinas previnem hospitalização e mortes.

Os EUA somam o maior número de casos confirmados (52.283.331) e de mortes (816.610) na pandemia.

Depois de um recorde de mais de 100 mil casos novos de covid-19 no dia de Natal e de 500 hospitalizações em 24 horas na França, o presidente Emmanuel Macron reúne virtualmente nesta segunda-feira o Conselho de Defesa Sanitária. Até agora, apesar de recordes de contágio, a França e o Reino Unido se negam a adotar um novo confinamento como fazem a Bélgica, a Holanda e a Dinamarca.

Mais de 8,96 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,52 bilhões de pessoas, cerca de 58% da população mundial, tomaram ao menos uma dose, mas só 8,3% nos países pobres.

Desde a véspera do Natal, mais de 7 mil voos foram cancelados no mundo por causa da onda de contaminação da variante delta. Sob o impacto da pandemia, os moradores de Londres gastaram 55 bilhões de libras, cerca de R$ 419 bilhões, em casas de fora da cidade, em busca de mais espaço.

NOTA: Não há dados confiáveis sobre a situação da pandemia e a vacinação no Brasil.

Hoje na História do Mundo: 26 de Dezembro

MAREMOTO ARRASADOR

    Em 2004, um violento terremoto de 9,3 graus na escala aberta de Richter abala o fundo do Oceano Índico perto da ilha de Sumatra e produz um maremoto com ondas gigantescas que matam cerca de 230 mil pessoas. 

Às 7h58, a terra treme no fundo do mar a 250 quilômetros da costa de Sumatra. É o segundo terremoto mais poderoso registrado até hoje, atrás apenas do terremoto de 1960 no Chile, de 9,5 graus, que provocou a formação de ondas que cruzaram o Oceano Pacífico e foram até o Japão.

sábado, 25 de dezembro de 2021

França e Itália batem novos recordes de contágio pelo coronavírus

A França registrou neste dia de Natal um novo recorde, com 104.611 casos novos da doença do coronavírus de 2019 em 24 horas e a expectativa de pelo menos mais 100 mil casos por dia até o fim do ano. A Itália bateu seu próprio recorde de contágio pelo terceiro dia seguido, com mais 54.762 casos novos.

Pela primeira vez desde o início da pandemia, a França passa de 100 mil diagnósticos positivos em 24 horas. A média diária de casos novos na semana foi de 61.304 e a de mortes ficou em 161. O presidente Emmanuel Macron reúne na segunda-feira o Conselho de Defesa Sanitária. Até agora, resiste a um novo confinamento.

No Reino Unido, a Escócia, o País de Gales e a Irlanda do Norte anunciaram novas medidas restritivas. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está sob pressão da ala mais extremista do Partido Conservador para não impor novas restrições antes do Ano Novo.

As novas medidas em estudo pelo comitê científico ficariam em vigor até o fim do inverno, em março. Incluem a proibição de ir a reuniões sociais na casa dos outros em ambientes fechados e um limite de no máximo seis pessoas em encontros ao ar livre.

A variante ômicron se tornou dominante em Portugal, onde foi responsável por dois terços dos casos novos diagnosticados desde quarta-feira. Os bares, restaurantes, clubes e escolas ficam fechados até 10 de janeiro.

Desde a véspera do Natal, mais de 5,4 mil voos foram cancelados por falta de tripulação e do pessoal dos aeroportos tamanha a quantidade de casos novos e de pessoas que devem ficar em isolamento por terem mantido contato com infectados.

No mundo, já são 278.454.919 casos confirmados e 5.396.454 mortes. Quase 250 milhões de pessoas se recuperaram, mais de 22,9 milhões enfrentam casos suaves ou médios e 88.590 estão em estado grave. 

Único país que ainda adota uma política de covid zero, de erradicação total do vírus, a China notificou 206 casos novos neste sábado, um salto em relação aos 140 de sexta-feira, com 158 casos de transmissão local. O país de origem da pandemia registra oficialmente 101.077 casos e 4.636 mortes.

Hoje na História do Mundo: 25 de Dezembro

 TRÉGUA DE NATAL

    Em 1914, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18), pouco depois da meia-noite, os soldados da Alemanha param de atirar e começam a cantar músicas de Natal ouvidas pelos inimigos da França, do Reino Unido e da Rússia, e ao amanhecer saem desarmados das trincheiras e se aproximam das linhas aliadas desejando "Feliz Natal" nas línguas dos inimigos.

De início, os aliados temem uma emboscada. Vendo o inimigo desarmado, saem das trincheiras e cumprimentam os alemães. Eles trocam presentes como cigarros e doces, entoam canções natalinas e jogam futebol na terra de ninguém entre as trincheiras de um lado e outro.

Em 1915, a guerra atinge toda sua fúria e a trégua de Natal torna-se impensável.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Companhias aéreas suspendem 3,8 mil voos por causa da ômicron

 No mundo inteiro, as linhas aéreas suspenderam 3,8 mil voos neste Natal por causa da variante ômicron, pelo menos mil nos Estados Unidos. Não houve tantas desistências, mas a onda de contaminação deixou as empresas e os aeroportos sem pessoal suficiente para atender à demanda.

Com a queda no número de casos novos, a África do Sul suspendeu medidas restritivas e parou de rastrear o vírus. No fim do ano, terminam as proibições de voo impostas pelos EUA a oito países do Sul da África, que não conseguiram evitar a chegada da nova cepa.

Ao todo, no mundo, já são 278.866.214 casos confirmados e 5.392.020 mortes. Mais de 249,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 23,88 milhões enfrentam casos suaves ou médios e 88.729 estão em estado grave. Hoje, os países com os maiores números de mortes foram os EUA (1.103), a Rússia (998) e a Polônia (596).

Os EUA registraram mais 198.325 casos e 1.103 mortes hoje. Com a nova onda da ômicron, a média diária de casos novos dos últimos sete dias aumentou 65% em duas semanas para 197.358. O número de hospitalizados subiu 9% para 69.977. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 3% para 1.345.

Há uma explosão no número de casos novos e aumentos bem menores de hospitalizações e mortes, num sinal de efetividade das vacinas. Os EUA têm o maior número de casos confirmados (51.962.787) e de mortes (816.362) na pandemia.

O Reino Unido bateu novo recorde de contágio nesta sexta-feira, com mais 122 mil casos novos. A França também, com 94.125 casos novos em 24 horas.

Enquanto o governo Jair Bolsonaro adia a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, nos EUA, 800 crianças foram hospitalizadas por dia durante esta semana. Bolsonaro mentiu mais uma vez ao afirmar que "não está havendo morte de criança que justifique algo emergencial".

Cerca de 2,5 mil menores de idade morreram de covid-19 desde o início da pandemia no Brasil e 300 crianças na faixa de 5 a 11 anos. Morre uma criança a cada dois dias e a vacina da Pfizer-BioNTech já recebeu aprovação definitiva no Brasil e nos EUA. Não é experimental.

O Ministério da Saúde iniciou uma consulta popular com perguntas induzidas para propor a exigência de prescrição médica e autorização por escrito dos pais para vacinar crianças, obstáculos burocráticos para satisfazer ao presidente e a seus seguidores negacionistas e antivacinas.

Mais de 7,1 doses de vacinas de Pfizer-BioNTech foram aplicadas em crianças de 5 a 11 anos nos EUA. Houve oito casos leves de miocardite. 

O total de doses aplicadas no mundo passa de 8,9 bilhões. Mais de 4,51 bilhões de pessoas, cerca de 58% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 8,3% nos países pobres; 49% completaram a vacinação e 6,2% receberam a dose de reforço.

Hoje na História do Mundo: 24 de Dezembro

INVASÃO DO AFEGANISTÃO

    Em 1979, pouco antes da meia-noite, uma ponte aérea com 280 aviões de transporte militar da União Soviética desembarca em Cabul três divisões, cada uma com cerca de 8,5 mil homens, que três dias depois depõem o líder do regime comunista afegão, com pouca resistência, e instalam no poder Babrak Karmal, da ala pró-Moscou do Partido Popular Democrático do Afeganistão.

Mas dominar Cabul não significa controlar o Afeganistão, um país tribal e montanhosa, com um relevo que favorece a ação guerrilheira.

A invasão soviética acaba com o período da détente entre as superpotências, um degelo na Guerra Fria que começa em 1972 com as visitas do presidente norte-americano Richard Nixon à URSS e à China, e a retirada dos EUA do Vietnã. Começa a Segunda Guerra Fria, que vai até a ascensão do reformista Mikhail Gorbachev à liderança do Partido Comunista da URSS.

O presidente Jimmy Carter e países aliados dos EUA boicotam a Olimpíada de Moscou, em 1980. A URSS retribui boicotando a Olimpíada de Los Angeles, em 1984.

Logo se forma uma aliança entre os Estados Unidos, que fornece as armas; a Arábia Saudita, que entra com homens e petrodólares; o Paquistão, por onde passam o dinheiro e as armas; e a China, que dá apoio politico. O objetivo é fazer do Afeganistão do Vietnã da URSS.

Cerca de 2,8 milhões de afegãos fogem para o Paquistão, onde os homens são doutrinados nas madrassas, as escolas religiosas que só ensinam o Corão, livro sagrado do islamismo. Outro 1,5 milhão se refugia no Irã.

A introdução de mísseis antiaéreos norte-americanos portáteis sustentados no ombro vira o jogo e acaba com a superioridade aérea soviética. A retirada soviética começa em 1988 e termina em 1989.

Os chamados árabes afegãos, mujahedin que lutaram contra a URSS criam em 1988 a rede terrorista Al Caeda sob a liderança de Ossama ben Laden e Ayman al-Zawahiri. O terrorismo muçulmano é um detrito da Guerra Fria.

Com a retirada soviética, diferentes grupos islamistas disputam o poder até que a milícia fundamentalista sunita dos Talebã (Estudantes) se impõe, em 1996, com o apoio do Paquistão. 

Depois de ataques às embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em agosto de 1998, o presidente Bill Clinton manda bombardear bases d'al Caeda no Afeganistão. A resposta feroz vem nos atentados de 11 de setembro de 2001.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Ômicron chega a 110 países e políticas de combate divergem

A variante ômicron do coronavírus de 2019 já chegou a 110 países de cinco continentes e bate novos recordes. O Reino Unido registrou mais de 120 mil casos novos nesta quinta-feira e a França 84.272. Nos Estados Unidos, foram mais de 270,5 mil. Nestes três países, os governos recomendam a dose de reforço. A Holanda impôs o confinamento a todo o país e a China à cidade de Xiam, sua primeira capital.

Desde o início da pandemia, os governos divergem e adotam suas próprias estratégias nacionais. Até hoje, com dois anos de pandemia, não há um plano global de combate à doença do coronavírus. 

"Podemos ver a nova tempestade chegando", declarou Hans Kluge, diretor regional da Organização Mundial da Saúde para a Europa. "Dentro de semanas, a ômicron será dominante em vários países."

Em algum momento, houve uma certa convergência em torno das medidas de confinamento, testagem em massa, rastreamento do vírus e isolamento dos infectados. Agora, a fadiga das medidas de confinamento e distanciamento físico e social.

Enquanto a África do Sul, onde a ômicron foi descoberta em 24 de novembro numa amostra coletada em 9 de novembro, não adotou o confinamento, a Holanda fechou todos os serviços não essenciais por um mês e limitou as visitas a residências a duas pessoas.

Alguns países estão deixando passar o Natal. A Alemanha e Portugal já anunciaram restrições ao movimento. No Reino Unido, o primeiro-ministro se nega a impor novas medidas antes das festas. Na França, o presidente Emmanuel Macron admitiu que poderá reimpor o confinamento se os hospitais estiverem sobrecarregados. Por ora, afastou a possibilidade, mas a ômicron se propaga velozmente. Ambos apostam na dose de reforço das vacinas.

A Austrália também não vê necessidade de confinamento. A Nova Zelândia adiou a reabertura das fronteira para fevereiro. Semanas depois de se reabrir ao turismo, a Tailândia suspendeu a entrada livre, sem quarentena.

No mundo, já são 278.147.517 casos confirmados e 5.386.705 mortes. Mais de 249 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 23,67 milhões têm casos leves ou médios e 88.593 (0,4% dos casos ativos) estão em estado grave.

Aqui no Brasil, continua o apagão de dados do Ministério da Saúde, com mais de 617 mil mortes e 22.223.910 casos confirmados. Para combater a ômicron, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a exigência de certificado de vacina para entrar no país. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi criticado por afirmar que não há urgência em vacinar as crianças porque há poucas mortes na faixa etária de 5 a 11 anos.

Com mais 270.577 casos e 1.191 mortes, os EUA chegaram a 51.814.824 casos confirmados e 815.423 mortes, os maiores números para um país na pandemia. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 54% em duas semanas para 185.841. O número de hospitalizados por covid-19 subiu 10% em duas semanas para 69.392. A média diária de mortes dos últimos sete dias avançou 7% em duas semanas para 1.369.

O presidente Joe Biden anunciou a distribuição gratuita de 500 milhões de testes caseiros aos norte-americanos, mas só será possível fazer isso em janeiro. 

A agência federal de Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) aprovou o uso emergencial do mulnopiravir, um remédio do laboratório a ser tomado por via oral nos primeiros dias da infecções por pacientes que possam desenvolver casos graves. Nos testes clínico, o mulnopiravir apresentou eficácia de apenas 30% para evitar hospitalizações. Só foi aprovado tendo em vista a gravidade da pandemia

Três estudos divulgados ontem concluíram que até o momento não há indícios de que a ômicron seja mais virulenta. E a África do Sul acredita ter passado do pico da contaminação pela nova variante.

Mais de 8,9 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Cerca de 4,5 bilhões de pessoas, 58% da população mundial, tomaram ao menos uma dose, mas só 8,3% nos países pobres; 49% da humanidade completaram a vacinação e 6% receberam a dose de reforço.

Hoje na História do Mundo: 23 de Dezembro

VAN GOGH CORTA ORELHA

    Em 1888, durante uma crise depressiva grave, o holandês Vincent van Gogh, um dos maiores pintores de todos os tempos, corta parte de sua orelha esquerda, em Arles, na França.

Hoje, Van Gogh é celebrado mundialmente como um gênio da pintura. Mas, durante sua vida, só vendeu um quadro. Era uma alma torturada e um grande artista que lutava contra a fome. 

Van Gogh nasce na Holanda em 30 de março de 1853 e só decide se tornar um artista em 1880. Seus primeiros quadros, como Os Comedores de Batatas, são escuros e sombrios. Refletem a miséria dos pequenos agricultores holandeses.

Em 1886, ele vai morar com o irmão Theo, um marchand que o apresenta a pintores como Paul Gauguin, Georges Seurat e Camille Pissarro. Van Gogh muda de estilo e passa a usar cores vivas. Em 1888, aluga uma casa em Arles, no Sul da França, para criar uma colônia de artistas. Gauguin ficou lá por dois meses.

Durante uma discussão entre os dois, Van Gogh ameaçou o amigo com uma faca antes de se mutilar. Van Gogh é hospitalizado em Arles e internado num hospício em Saint Rémy por um ano, um período em que oscilou entre a loucura e grande criatividade, e pintou Íris e Noite Estrelada.

Em 27 de julho de 1890, Van Gogh baleou a si mesmo e morreu dois dias depois.

CRIMINOSOS DE GUERRA JAPONESES EXECUTADOS

    Em 1948, o almirante Hideki Tojo, ex-primeiro-ministro do Japão, e outros seis líderes japoneses são enforcados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), especialmente o genocídio do povo chinês.

As sentenças do Tribunal de Tóquio são anunciadas em 12 de novembro. Entre os condenados à morte, além de Tojo, estão os generais Iwane Matsui, organizador do Estupro de Nanquim, e Heitaro Kimura, que torturou prisioneiros de guerra. Dezesseis réus pegaram prisão perpétua e outros dois penas menores.

Outros 5 mil japoneses são processados por crimes de guerra fora do Japão; 900 são executados.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Covid-19 matou 3,5 milhões em 2021

 A doença do coronavírus de 2019 causou a morte de 3,5 milhões de pessoas em 2021, mais do que o total de mortes por aids, malária e tuberculose somadas em 2020, revelou hoje o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Só a metade dos países do mundo atingiu a meta de vacinar pelo menos 40% de sua população até o fim do ano. O consórcio Covax, coordenado pela OMS, distribuiu 800 milhões de doses de vacinas a países de renda média ou baixa. Ficou bem abaixo dos 2 bilhões de doses prometidas pelos países fabricantes de vacinas. 

A OMS teme que a aplicação da dose de reforço nos países ricos e de renda média alta aumente ainda mais a desigualdade na imunização, amplie o risco de surgimento de novas variantes e prolongue ainda mais a pandemia. 

A agência das Nações Unidas acredita que a meta de vacinar pelo menos 70% da população de todos os países até a metade de 2022 não será cumprida, o que poderia adiar o controle da pandemia para 2024.

Dois estudos feitos no Reino Unido, na Inglaterra e na Escócia, indicam que os casos da variante ômicron são mais leves, como se suspeitava na África do Sul. O surto atual pode não ser tão grave como se teme. Ainda assim, há risco de sobrecarga nos hospitais. 

O Reino Unido bateu novo recorde, com 106 mil casos novos na quarta-feira. A Escócia, o País de Gales e a Irlanda do Norte anunciaram medidas restritivas para depois do Natal.

Na África do Sul, onde a ômicron foi descoberta em 24 de novembro em material coletado em 9 de novembro, o número de casos novos caiu rapidamente. O maior infectologista sul-africano, Salim Abdul Karim, afirmou que "o pico de casos novos da epidemia da ômicron foi superado rapidamente na África do Sul". Ele espera que "todos ou quase todos os países tenham a mesma trajetória."

A China impôs mais um confinamento rigoroso, desta vez em Xiam, a primeira capital do país quando foi unificado pelo imperador Chin, daí China, no fim da Guerra dos Sete Reinos (230-221 antes de Cristo). 

A cidade histórica, onde foi encontrado o exército do imperador Chin com soldados de terracota, tem hoje 13 milhões de habitantes. É o foco do último surto do coronavírus no país. Desde 9 de dezembro, registrou 143 casos. A China adota uma estratégia de covid zero, erradicação total do vírus.

No Brasil, com dados pouco confiáveis porque o sistema de computadores do Ministério da Saúde não funciona, o total de mortes chegou a 618.128 em 22.220.714 casos confirmados.

No mundo, já são 277.153.704 casos confirmados e 5.376.763 mortes. Mais de 248,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 23,2 milhões têm casos leves ou médios e 89.531 estão em estado grave. 

Os Estados Unidos registraram nesta quarta-feira mais 240.020 casos e 2.265 mortes de covid-19. A média diária de casos novos dos últimos sete dias aumentou 38% em duas semanas para 168.409. As hospitalizações subiram menos, 11% em duas semanas, e também as mortes. A média diária de mortes dos últimos sete dias teve alta de 6% para 1.349. O país tem o maior número de casos confirmados (51.545.991) e de mortes (812.069).

A agência federal de Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) aprovou o remédio Paxlovid, do laboratório Pfizer, para tratamento por via oral da covid-19 a partir de 12 anos. Deve ser tomado nos primeiros cinco dias em que houver sintomas. Nos testes clínicos, a Pfizer anunciou uma eficácia de 89% para prevenir hospitalização e morte.

O governo Joe Biden vai comprar o Paxlovid e também dobrar para mais de um milhão de doses o estoque do sotrovimab, um anticorpo monoclonal produzido pelo laboratório GlaxoSmithKline e a empresa de biotecnologia Vir. Há outros dois tratamentos com anticorpos monoclonais autorizados nos EUA, mas parece que não funcionam contra a ômicron.

Em ensaio publicado na revista médica New England Journal of Medicine, revisado por pesquisadores independentes, entre 562 pacientes, 5,3% dos pacientes que não tomaram remédio precisaram ser hospitalizados e apenas 0,7% dos que tomaram remdesivir, do laboratório Gilead, 

Mais de 8,81 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,49 bilhões de pessoas, cerca de 58% da população mundial, tomaram ao menos uma dose, mas só 8,1% nos países pobres; 49% completaram a vacinação e 5,8% receberam a dose de reforço.

A companhia farmacêutica Novavax anunciou que três doses de sua vacina, aprovada nesta semana pela Agência Europeia de Medicamentos e pela OMS, conseguem imunizar contra a variante ômicron. 

A Novavax, e também o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford trabalham em novas versões de suas vacinas para proteger contra as novas variantes.

Hoje na História do Mundo: 22 de Dezembro

QUINTA SINFONIA

    Em 1808, a 5ª Sinfonia de Ludwig van Beethoven, talvez o maior compositor de todos os tempos, faz sua estreia em Viena, na Áustria, numa noite muito fria, sem aquecimento, para uma plateia, o que atrasa o reconhecimento da grandeza da obra.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Mortes por covid-19 no mundo caíram 9% na semana passada

 De 13 a 19 de dezembro, o número de casos novos da doença do coronavírus de 2019 no mundo permaneceu estável em quase 4,2 milhões, informa a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de mortes caiu 9% para pouco menos de 45 mil. 

A África registrou o maior aumento no número de casos novos (53%). Na Europa e na Ásia Central, a situação ficou estável. Estas duas regiões tiveram o maior número de casos novos (63%) e de mortes (60%). 

No mundo, já são 276.204.183 casos confirmados e 5.368.496 mortes. Cerca de 248 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 22,7 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.039 estão em estado grave.

Para enfrentar a variante ômicron, o presidente Joe Biden anunciou a distribuição gratuita de 500 milhões de testes caseiros de covid-19 nos Estados Unidos em janeiro.

O país registrou mais 189.030 casos e 1.750 mortes, inclusive a primeira no país causada pela variante ômicron. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 29% em duas semanas para 157.412. A média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou 4% para 1.351. O país tem o maior número de casos confirmados (51.272.854) e de mortes (810.045) na pandemia.

Israel será o primeiro país a dar a quarta dose, começando por profissionais de saúde e maiores de 60 anos.

 No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou a quarta dose para imunossuprimidos, pacientes de câncer, transplantados, portadores do HIV, obesos, diabéticos, hipertensos e pacientes de doenças crônicas do coração ou dos rins.

Mais de 8,78 bilhões de doses foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,48 bilhões de pessoas, cerca de 58% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 8,1% nos países pobres; 49% da humanidade completaram a vacinação.

Diante dos problemas no sistema de computadores do Ministério da Saúde, que já duram duas semanas, os dados não são atualizados, não refletem a realidade e portanto não são confiáveis. Enquanto a situação não voltar ao normal, não faz sentido divulgar indicadores falsos.

Hoje na História do Mundo: 21 de Dezembro

 TERROR EM LOCKERBIE

    Em 1988, um Boeing 747 que faz o voo 103 (Londres-Nova York) da companhia aérea norte-americana PanAm explode no ar sobre a cidade de Lockerbie, na Escócia, num atentado terrorista, matando todas as 259 pessoas a bordo e 11 no solo.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Variante ômicron chegou a mais de 80 países

 A variante ômicron do coronavírus de 2019 está em mais de 80 países, é altamente contagiosa, já se tornou dominante nos Estados Unidos e no Reino Unido, reduz a efetividade das vacinas, exigindo uma dose de reforço, e os infectologistas ainda não chegaram a uma conclusão definitiva sobre a virulência. 

Quando a ômicron surgiu, no Sul da África, no início de novembro, os primeiros relatos eram de casos leves. Na Europa, em países como o Reino Unido e a Dinamarca, esta impressão inicial não se confirmou.

Epidemiologistas do Imperial College de Londres "não encontraram provas de que a variante ômicron" cause uma doença "menos grave do que a variante delta, a julgar seja pela proporção dos que apresentam sintomas depois de testar positivo ou pela proporção dos que são hospitalizados em relação aos infectados." Mas consideram a amostra pequena.

Estudos feitos na África do Sul e nas universidades de Hong Kong e de Cambridge indicam que a ômicron se instala rapidamente nos brônquios, o que explicaria a alta transmissibilidade, mas não infecta os pulmões com a gravidade das variantes anteriores, por isso seria menos virulentas.

Nos EUA, a ômicron foi responsável por 73% das infecções diagnosticadas na semana passada. O percentual de casos da nova cepa se multiplicou por seis numa semana. Em Nova York, no Sudeste, na região industrial do Meio-Oeste e na costa do Pacífico, no Noroeste, mais de 90% dos casos novos são da variante ômicron.

Nesta segunda-feira, os EUA registraram mais 300.060 casos c 1.461 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 18% em duas semanas para 141.824. A média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou 3% para 1.299. É estável num patamar elevado. O número de hospitalizados subiu 14% em duas semanas para 69.047. O país tem o maior número de casos confirmados (51.100.782) e de mortes (807.952) na pandemia.

No mundo, já são 275.472.519 casos confirmados e 5.361.463 mortes. Cerca de 247,5 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 22,5 milhões enfrentam casos leves ou suaves e 88.742 (0,4% dos casos ativos) estão em estado grave.

O Reino Unido registrou mais de 91 mil casos novos nesta segunda-feira, o segundo maior número desde o início da pandemia, mas o primeiro-ministro Boris Johnson descarta por enquanto um novo confinamento.

Na França, o presidente Emmanuel Macron também não quer parar de novo as atividades não essenciais. Confia que as vacinas serão capazes de conter a nova cepa do vírus.

No Brasil, os problemas no sistema de computação do Ministério da Saúde tornam os dados pouco confiáves. O país soma pelo menos 22.213.696 casos confirmados e 617.905 mortes.

Mais de 8,74 bilhões de doses foram aplicadas até agora no mundo. Cerca de 58% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 7,6% nos países pobres, enquanto 48% completaram a vacinação, mas só 5,4% receberam a dose de reforço.

O Brasil deu a primeira dose a 160,5 milhões, 141,6 milhões (66,39%) completaram a vacinação e 23,17 milhões tomaram a dose de reforço, importante para se defender da ômicron.

Hoje na História do Mundo: 20 de Dezembro

ELVIS RECRUTADO 

    Em 1957, quando passava o Natal na recém-comprada mansão de Graceland, em Memphis, no Tennessee, Elvis Presley, o Rei do Rock, é convocado para servir o Exército dos Estados Unidos na Alemanha, onde fica um ano e meio.

INVASÃO DO PANAMÁ

    Em 1989, os Estados Unidos intervieram militarmente no Panamá para depor e prender o general, ditador e ex-agente da CIA (Agência Central de Inteligência) Manuel Noriega sob a acusação de tráfico de drogas.

Noriega se refugia na Nunciatura Apostólica, e embaixada do Vaticano na Cidade do Panamá. Os soldados cercam a nunciatura com caixas de som poderosa e a bombardeiam com rock pesado a alto volume 24 horas por dia para não deixar ninguém dormir. O general se entrega em 3 de janeiro de 1990.

O general Cara de Abacaxi é sentenciado a 40 anos de prisão em abril de 1992. Cumpre 17 anos e é extraditado para a França, onde é condenado a 7 anos e meio de prisão por lavagem de dinheiro. Em 2011, a França o extraditou para o Panamá, onde ele cumpriu pena por crimes cometidos durante a ditadura.

Noriega morreu de câncer no cérebro em 29 de maio de 2017.

domingo, 19 de dezembro de 2021

Hospitalização por covid-19 aumenta em 18 estados nos EUA

 Às vésperas das festas de fim de ano e antes do impacto da variante ômicron do coronavírus de 2019, as hospitalizações aumentam nos Estados Unidos em 18 estados e no Distrito de Colúmbia. Em duas semanas, a alta é de 16%. Cerca de 80% dos hospitalizados não se vacinaram ou não tomaram a segunda dose. Até agora, a melhor resposta à ômicron é a dose de reforço e só 18% dos norte-americanos receberam a dose extra.

O estado de Nova York bateu o recorde de casos novos pelo segundo dia seguido, mais de 20 mil. O contágio aumenta em todo o país, especialmente no Nordeste, do Meio-Oeste à Nova Inglaterra. A variante delta ainda é dominante nos EUA, mas o aumento do contágio em Nova York é atribuído à ômicron. A prefeitura pode cancelar a festa do Ano Novo.

Com a subnotificação dos fins de semana, os Estados Unidos registraram mais 62.003 casos e 118 mortes neste domingo. A média diária de casos novos dos últimos sete dias aumentou 21% em duas semanas para 133.012. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 9% em duas semanas para 1.296. O país tem o maior número de casos confirmados (50.846.823) e de mortes (806.438) na pandemia.

Diante de um aumento explosivo no número de casos novos e um recorde de 90.418 num dia, o Reino Unido não afasta a possibilidade de um novo confinamento antes mesmo do Natal. Mais de 12 mil casos da ômicron foram diagnósticos no país até, 85 exigiram hospitalização e sete pacientes morreram.

A França suspendeu a queima de fogos de artifício em Paris, que a Prefeitura do Rio de Janeiro pretende realizar, o que certamente vai causar aglomeração e transmissão da doença.

No mundo, já são 274.711.127 casos confirmados e 5.354.588 mortes. Mais de 246,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 22,77 milhões enfrentam casos suaves ou médios e 88.532 (0,4% dos casos ativos) estão em estado grave.

Aqui no Brasil, sem dados atualizados de vários estados por causa de um ataque cibernético ao Ministério da Saúde, não faz sentido dar dados diários que não refletem a realidade. O total de casos confirmados no país está em 22.211.128 e o de mortes em 617.838.

Mais de 8,7 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,47 bilhões de pessoas, quase 58% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 7,6% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade completaram a vacinação, mas só 5,4% tomaram a dose de reforço considerada importante para se defender da variante ômicron.

Hoje na História do Mundo: 19 de Dezembro

 REINO UNIDO ACEITA DEVOLVER HONG KONG

    Em 1984, a primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, e o líder chinês Deng Xiaoping chegam a um acordo para que o Reino Unido devolva Hong Kong à China em 1º de julho de 1997.

Esquerda vence eleição mais polarizada no Chile pós-ditadura

 O deputado e ex-atividade estudantil Gabriel Boric é o mais jovem presidente da história do Chile, o mais votado e o primeiro a vencer no segundo turno o primeiro. 

Na eleição mais polarizada desde a volta da democracia ao país, em 1990, Boric, de 35 anos, da coalizão de esquerda Aprovo Dignidade (Frente Ampla e Partido Comunista), conquistou 55,87% dos votos. Venceu o neofascista José Antonio Kast, de Frente Social-Cristã, de extrema direita, admirador do presidente Jair Bolsonaro e filho de um oficial do Exército da Alemanha nazista, que obteve 44,13% dos sufrágios.

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sábado, 18 de dezembro de 2021

Holanda reimpõe o confinamento para se defender da ômicron

 Para tentar conter a propagação da variante ômicron do coronavírus de 2019, a Holanda impôs um novo confinamento até 14 de janeiro, anunciou no sábado o primeiro-ministro Mark Rutte. A partir deste domingo, todas as lojas e serviços não essenciais, inclusive bares, restaurantes, salões de beleza, academias de ginástica e museus serão fechados. As escolas devem voltar às aulas em 9 de janeiro. 

O governo holandês recomenda que as pessoas recebam no máximo duas pessoas que não morem na casa. O contágio diminuiu muito depois de adoção do toque de recolher noturno no fim do ano passado. Há três semanas, os primeiros casos da ômicron foram diagnosticados no país. A expectativa é que se torne dominante antes do fim do ano

Até agora, a Holanda registrou 2.966.744 milhões de casos confirmados e 20.420 mortes. Mais 14.616 casos foram diagnosticados no sábado.

No Brasil, nove dias depois de um ataque cibernético ao Ministério da Saúde, cinco estados e o Distrito Federal não atualizaram os dados. Mais 137 mortes e 2.457 casos foram notificados neste sábado, elevando os totais para 22.209.815 casos confirmados e 617.784 mortes. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias no Brasil caiu 32% em duas semanas para 132. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 61% em duas semanas para 3.450. Ambas apresentam forte tendência de queda, em contraste com o que se vê na Europa e nos Estados Unidos, onde o contágio, as hospitalizações e as mortes estão em alta.

No mundo, já são 274.250.023 casos confirmados e 5.350.297 mortes. Mais de 246 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 22,77 milhões têm casos suaves ou médios e 89.267 estão em estado grave.

Neste sábado, quando costuma haver subnotificação, os EUA registraram mais 86.972 casos e 591 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 17% em duas semanas para 127.628. A média diária de mortes dos últimos sete dias 9% para 1.296. O número de hospitalizados teve alta de 17% em duas semanas para 68.937. O país tem o maior número de casos confirmados (50.773.620) e de mortes (806.273) na pandemia.

Mais de 8,67 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,47 bilhões de pessoas, 57,3% da população mundial, tomaram ao menos uma dose, mas só 7,6% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade completaram a vacinação e 5,4% receberam a dose de reforço.

A China lidera a vacinação com 2,67 bilhões de doses aplicadas, seguida pela Índia, a União Europeia e os EUA. O Brasil deu a primeira dose a 160,56 milhões de pessoas, 141,39 milhões (66,29%) da população brasileira e mais de 22,7 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 324,57 milhões de doses aplicadas. Meu balanço semanal da pandemia:

Hoje na História do Mundo: 18 de Novembro

MAYFLOWER IN PLYMOUTH

    Em 1620, depois de longa e tempestuosa viagem, os peregrinos do Mayflower ancoram onde hoje fica Plymouth, no estado de Massachusetts para fundar uma colônia no Novo Mundo.

A história começa em 1606, quando um grupo de protestantes reformistas decide criar sua própria igreja. Acusados de traição, eles fogem para a Holanda. Doze anos depois, recebem ajuda de mercadores britânicos para criar uma colônia na América.

Os 102 peregrinos do Mayflower zarpam em 6 de setembro de 1620 pensando em chegar na colônia da Virgínia, mas o mau tempo desviou o navio para o norte. O nome Peregrinos do Mayflower é dado por William Bradford, primeiro governador da nova colônia.

Em 11 de novembro, o Mayflower chega ao Cabo Cod. Antes de irem para a terra em busca de um porto seguro, 41 peregrinos assinam um documento se comprometendo a criar um governo por consenso e a cumprir as leis da nova colônia.

Era 10 de dezembro quando um grupo descobre uma enseada e volta ao Mayflower. Com o mau tempo, o navio só aporta no dia 18.

Durante um inverno brutal, 50 peregrinos morrem. O Mayflower volta para a Inglaterra em 5 de abril de 1621. Um ano depois da chegava os peregrinos festejam sua sobrevivência no primeiro Dia Nacional de Ação de Graças.

FIM DA ESCRAVIDÃO NOS EUA

    Em 1865, com a ratificação por três quartos dos estados, como exige a Constituição dos Estados Unidos, entra em vigor a 13ª Emenda, determinando que "nem a escravidão nem a servidão involuntária deve existir nos EUA ou em qualquer lugar submetido a sua jurisdição."

Antes da Guerra da Secessão (1861-65), o presidente Abraham Lincoln e a ala abolicionista do Partido Republicano queriam apenas evitar que a escravidão avançasse para os novos estados e territórios do Oeste. Isto é inaceitável para os estados do Sul.

Em novembro de 1860, quando Lincoln é eleito, sete estados do Sul formam os Estados Confederados do Sul para sair da União e manter a escravatura. A Guerra Civil começa em 12 abril de 1861, pouco mais de um mês depois da posse do novo presidente, em 4 de março.

A Proclamação de Emancipação, em 1º de janeiro de 1863, transforma a guerra para manter a União numa luta pela abolição da escravatura. Esta mudança desestimulou a França e o Reino Unido a apoiar o Sul e permitiu ao Norte alistar 180 mil soldados negros para a guerra.

Dois terços do Senado aprovam a 13ª Emenda em abril de 1864, mas a Câmara, que tinha uma grande bancada democrata, só faz isso em janeiro de 1865, três meses antes da rendição do comandante militar da Confederaçã, general Robert Lee, em Appotomax, em 9 de abril.

Em 2 de dezembro, o Alabama torna-se o 27º estado a ratificar a emenda, precondição para voltar à União, completando os três quartos exigidos pela Constituição. No dia 18, 246 anos depois que o primeiro grupo de escravos chegou à colônia de Jamestown, na Virgínia, a 13ª Emenda entra em vigor.

FIM DA BATALHA DE VERDUN

    Em 1916, depois de 10 meses e 1 milhão de baixas, termina a Batalha de Verdun, a mais longa da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

O combate começa em 21 de fevereiro, quando a Alemanha ataca o Exército da França em Verdun, na margem do Rio Meuse. O comandante militar alemão, general Erich von Falkenhayn, considera o Exército francês mais fraco do que o britânico e acredita que uma derrota levará os aliados a negociar a paz.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

STF dá 48 horas para governo definir como vacinar crianças

 O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas ao governo federal para esclarecer como vai incluir as crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Imunização contra a doença do coronavírus de 2019 antes do reinício das aulas, agora que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina de Pfizer-BioNTech nesta faixa etária.

A Anvisa reagiu duramente à ameaça do presidente Jair Bolsonaro de divulgar os nomes do corpo técnico do órgão regulador que aprovaram a vacinação de crianças. A Univisa, a associação dos funcionários da agência descreveram a fala do presidente nas redes sociais como uma "incitação dos cidadãos, método abertamente fascista cujos resultados podem ser trágicos e violentos."

Os técnicos da agência passaram a sofrer ameaças de mortes. Acusam Bolsonaro de "ativismo político violento".

Em nota, a Anvisa "repudia qualquer ameaça, explícita ou velada, que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a vida dos cidadãos."

Sem dados de cinco estados por causa de um ataque cibernético ao Ministério da Saúde,  Brasil notificou mais 126 mortes e 4.222 casos novos de covid-19. Cinco estados - Acre, Amapá, Ceará, Roraima e Sergipe - não registraram morte.

O Brasil soma agora 22.207.358 casos confirmados e 617.647 vidas perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 33% em duas semanas para 131. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 60% em duas semanas para 3.505. Ambas apresentam forte tendência de baixa.

Com a variante ômicron e o surto da gripe causada pelo vírus H3N2, os infectologistas aconselham que as festas de fim de ano sejam feitas em grupos pequenos e locais arejados, com distanciamento e uso de máscaras, a serem removidas apenas na hora de comer e de beber.

No mundo, já são 273.668.314 casos confirmados e 5.344.177 mortes na pandemia. Mais de 245,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 22,8 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.133 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 170.678 casos e 2.099 mortes nesta sexta-feira. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 20% em duas semanas para 125.480. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu 15% em duas semanas para 1.291. O país tem o maior número de casos confirmados (50.706.733) e de mortes (802.823).

Mais de 8,63 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,46 bilhões de pessoas,  57,17% da população mundial, tomaram ao menos uma dose de vacina, mas só 7,6% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade completaram a vacinação.

A China lidera a imunização com mais de 2,65 bilhões de doses aplicadas, seguida pela Índia (1,36 bilhão) e a União Europeia. Nos EUA, 240,8 milhões tomaram a primeira dose, 203,5 milhões (61,11% da população norte-americana) completaram a vacinação e 59,4 milhões receberam a dose de reforço.

O Brasil deu a primeira dose a 160,55 milhões de pessoas, mais de 141,3 milhões (66,25% da população brasileira) e 22,6 milhões tomaram a dose de reforço, num total de quase 324,5 milhões de doses aplicadas.

Hoje na História do Mundo: 17 de Dezembro

AVIÃO QUE NÃO DECOLA

    Em 1903, os irmãos Orville e Wilbur Wright realizam o primeiro voo de um aparelho mais pesado do que o ar, em Kitty Hawk, na Carolina do Norte, no que é considerado o primeiro voo de avião da história.

A diferença em relação ao 14 bis, criado pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, que faz o primeiro voo em 23 de outubro, é que decolava. O avião dos irmãos Wright é catapultado, fica 12 segundos no ar e percorre 36 metros.

MORRE QUERIDO LÍDER    

    Em 2011, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Il, morre do coração quando viajava pelo interior do país e é sucedido pelo filho Kim Jong Un, depois de suceder o pai, o Grande Líder Kim Il Sung, fundador do país e de um comunismo dinástico.

Kim Jong Il nasce em 1941 numa base militar soviética Khabarovsk, na Rússia, onde seu pai articulava a resistência contra o Japão. Ao virar líder, a história oficial afirma que ele nasceu em 16 de fevereiro de 1942.no Monte Paektu, sobre o qual surgiram uma nova estrela e um duplo arco-íris.

O Querido Líder, que de acordo com a história oficial do regime stalinista norte-coreano "nunca defecou", chega ao poder em 1994 e mantém a ditadura impiedosa no país mais fechado do mundo.

Como a Coreia do Norte perde seu patrocinador em 1991, com o fim da União Soviética, é um período de miséria, escassez, fome e falta de energia. Kim Jong Il faz os primeiros testes nucleares, o primeiro em 9 de outubro de 2006 e o segundo em 25 de maio de 2009.

Kim II é sucedido por Kim III, Kim Jong Un, meses depois da queda e morte do ditador Muamar Kadafi, que acabou com os programas de armas de destruição em massa e se aproximou do Ocidente durante a guerra contra o terrorismo, mas virou alvo de uma intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Líbia.

Kim Jong Un acelerou o programa nuclear, fez mais quatro testes e desenvolveu mísseis de longo alcance, capazes de atingir o território continental dos EUA.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

G-7 declara ômicron "maior ameaça atual à saúde global"

 O Grupo dos Sete, que reúne grandes potências industrias democráticas (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), considera a variante ômicron do coronavírus de 2019 a "maior ameaça atual à saúde pública global", declarou em nota hoje o governo britânico, que ocupa a presidência do bloco no momento, depois de uma reunião de ministros da Saúde.

Os ministros do G-7 destacaram a importância de oferecer uma dose de reforço a suas populações, da testagem em massagem, das medidas não terapêuticas como uso de máscara e distanciamento físico - e prometeram acesso global a testes, sequenciamento genético do vírus, vacinas e medicamentos. Mas, até agora, a principal resposta dos países ricos à ômicrom é a dose de reforço.

"Para combater a pandemia, precisamos de um plano global", observou o Dr. Larry Brilliant, que trabalhou na Organização Mundial da Saúde (OMS) com a equipe que erradicou a varíola.

Mais de 8,59 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,45 bilhões de pessoas, 57% da população mundial, tomaram ao menos uma dose, mas só 7,5% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade, mais de 3,74 bilhões de pessoas, estão plenamente vacinados e avança a aplicação da dose de reforço nos países desenvolvidos enquanto 3,35 bilhões ainda não tomaram nenhuma dose.

A China aplicou 2,64 bilhões de vacinas, seguida pela Índia (1,35 milhões) e a União Europeia (805 milhões. Nos EUA, 240,3 milhões tomaram a primeira dose, 203,2 milhões (61% da população norte-americana) completaram a vacinação e 58,3 milhões receberam a dose de reforço, num total de 501,8 milhões de doses.

O Brasil deu a primeira dose a 160,5 milhões, mais de 141 milhões (66,14% da população brasileira) completaram a vacinação e 22,2 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 323,7 milhões doses. Sob ameaças de morte de fanáticos do movimento antivacinas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos.

Juntos, os países que mais vacinaram e a UE aplicaram 5,62 bilhões de doses, 65% do total. 

A expectativa no momento é que a vacinação na África não chegue a 70% da população de todos os países em 2022, como é a meta da OMS. Como já surgiram duas variantes graves na África, a beta e a ômicron, esta última provavelmente em paciente como o vírus da imunodeficiência humana, o controle da pandemia pode ser adiado para 2024.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos está aconselhando quem tomou a vacina da Janssen que tome a dose de reforço da Pfizer-BioNTech ou da Moderna, depois de casos de formação de coágulos sanguíneos com nove mortes.

O Brasil divulga informações incompletas há oito dias por causa de um ataque cibernético ao Ministério da Saúde. Sem atualização dos dados de quatro estados, foram notificadas na quinta-feira mais 173 mortes e 3.805 diagnósticos positivos de covid-19. O país soma agora 22.203.236 casos confirmados e 617.521 mortes. A média diária de casos dos últimos sete caiu 30% em duas semanas para 145. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 55% para 3.944.

No mundo, já são 272.911.967 casos confirmados e 5.336.255 mortes. Mais de 245 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 27,8 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.348 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 145.664 casos e 1.183 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 40% em duas semanas para 121.188. A média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou 34% para 1.302. O número de hospitalizados subiu 21% em duas semanas para 68.079.

Depois do recorde de mais de 78 mil casos no Reino Unido, a França fechou as fronteiras para quem viver do outro lado do Canal da Mancha. Parecem mais alguns salvos na guerrinha decorrente da saída britânica da UE, que envolvem direitos de pesca, imigração ilegal e controle aduaneiro.

O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu avaliar a necessidade de medidas mais rigorosas com base na ocupação dos leitos hospitalares.

Hoje na História do Mundo: 16 de Dezembro

 FESTA DO CHÁ EM BOSTON

    Em 1773, milhares de colonos norte-americanos invadem o porto de Boston e um grupo de 50 a 70, disfarçados de índios mohawk, entram em três navios britânicos e jogam no mar 342 caixas de uma carga de chá da Companhia das Índias Orientais, uma das pontas de lança do Império Britânico, num episódio marcante da luta pela independência dos Estados Unidos.

A Lei do Chá, aprovada naquele ano, reduzia os impostos e dava à empresa o virtual monopólio do comércio de chá no que viriam a ser os EUA.

O governo britânico está exaurido pelos gastos na Guerra dos Sete Anos (1756-63), quando toma as possessões da França na Índia e na maior parte do que hoje é Canadá. A revolta dos colonos norte-americanos começa em protesto contra a Lei do Selo, de 1765, que tenta restaurar as finanças do Reino Unido.

Por sua vez, os colonos tinham colaborado para o esforço de guerra com homens e impostos. Não querem pagar mais por impostos aprovados pelo Parlamento Britânico, onde não tem representação. Daí, nasce um dos lemas da luta pela independência: "Não à taxação sem representação."

Em 1774, a Lei Coercitiva fecha Boston a navios mercantes, impõe um governo militar à colônia, torna militares britânicos inimputáveis e obrigava os colonos a alojar as tropas do rei George III. Estava aceso o estopim da rebelião.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Europa e EUA registram fortes ondas de contaminação na pandemia

 Com a chegada da variante ômicron em meio a uma onda da variante delta do coronavírus de 2019, o Reino Unido registrou um recorde de 78.610 casos novos num dia nesta quarta-feira. As hospitalizações aumentaram 10% em uma semana. 

Na França, foram mais 65.713 diagnósticos positivos de covid-19 em 24 horas, o maior número em 13 meses, desde novembro de 2020. O presidente Emmanuel Macron cogita tornar a vacinação obrigatória.

Mesmo com mais de 70% plenamente vacinados, os dois países temem a sobrecarga dos sistemas de saúde no inverno que chega na próxima semana. O principal assessor médico do governo britânico, prof. Chris Whitty, alertou que em breve "um número muito, muito, muito grande" vai pegar a ômicron, que avança "num ritmo absolutamente fenomenal".

"Temos duas epidemias, uma em cima da outra, uma epidemia da variante delta estável e uma epidemia da ômicron que cresce muito rapidamente em cima", declarou o prof. Whitty na televisão, ao lado do primeiro-ministro Boris Johnson, que tentou contemporizar. O médico espera um surto capaz de sobrecarregar os hospitais logo depois do Natal.

As hospitalizações e mortes passaram a ser os indicadores mais importantes da pandemia. Na França, 90% da população acima de 12 anos estão vacinados. Pelos dados do presidente, 5 milhões de franceses não se vacinaram mesmo estando dentro da idade. 

Macron comentou que a vacinação obrigatória é uma "hipótese que existe". A vacinação de crianças de 5 a 11 anos será uma decisão dos pais.

A Itália prorrogou o estado de emergência de saúde pública em vigor desde o início da pandemia até 31 de março de 2022. Até 6 de dezembro, a variante delta era responsável por 99% dos casos novos na Itália. Naquele dia, houve quatro casos da ômicron (0,19%).

Os Estados Unidos registraram mais 143.282 casos e 2.119 mortes de covid-19 na quarta-feira. A média diária de casos novos dos últimos sete dias aumentou 40% em duas semanas para 121.000. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 34% em duas semanas para 1.297. Os hospitalizados são 67.505, 20% a mais do que duas semanas atrás.

Apesar do avanço da ômicron, na semana passada (5-12dez), o mundo teve um queda de 5% no contágio para 4.000.817 casos novos e de 10% nas mortes para 46.961. A Europa e a Ásia Central foram responsáveis por 65% dos casos novos e 60% das mortes.

A África registrou uma alta de 111% no contágio. Na América e no Sudeste Asiático, houve uma queda de 10% nos casos novos e, na Europa e na Ásia Central, de 7%. As mortes na América foram 14% menos do que na semana anterior.

Ao todo no mundo, são 272.197.443 casos confirmados e 5.329.536 mortes. Mais de 244,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 22,37 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.252 estão em estado grave. A média diária de casos novos em sete dias subiu 6% em duas semanas para 614.080. A média diária de mortes dos últimos sete dias baixou 2% para 7.010.

No Brasil, há seis dias o Ministério da Saúde não atualiza os dados de todos os estados por causa de um ataque de pirataria cibernética. Assim, há uma subnotificação. Foram mais 227 mortes e 5.034 diagnósticos positivos de covid-19 na quarta-feira. 

Até agora, o Brasil soma 22.199.331 casos confirmados e 617.348 vidas perdidas na pandemia. A média diária de casos novos dos últimos sete dias caiu 31% em duas semanas para 150. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 47% em duas semanas para 4.709. Ambas têm forte tendência de queda.

Mais de 8,55 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,43 bilhões de pessoas (56,79% da população mundial) tomaram ao menos uma dose, mas só 7,3% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade completaram a vacinação.

A China lidera com mais de 2,63 bilhões de doses aplicadas e 80% plenamente imunizados, mas duas doses da CoronaVac não conseguem neutralizar a variante ômicron. A companhia chinesa Sinovac está desenvolvendo uma nova versão da vacina.

Logo atrás, em doses aplicadas, estão a Índia (1,35 bilhão) e a União Europeia. Nos EUA, 240 milhões tomaram a primeira dose, 202,8 milhões (60,9% da população norte-americana) e 57,3 milhões receberam a dose extra, num total de 500,1 milhões de doses aplicadas.

O Brasil deu a primeira dose a 160,37 milhões de pessoas, 136,19 milhões (63,85% daa população brasileira) completaram a vacinação e 21,69 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 301,15 milhões de doses aplicadas.

Para combater a inflação da pandemia, o Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, indicou que vai fazer três altas na taxa básica de juros em 2022. O índice de preços ao consumidor subiu 6,8% num ano. É o maior desde 1982.

No Brasil, depois de dois trimestres consecutivos de queda, o que caracteriza recessão, os indicadores de outubro apontam baixas na indústria, no comércio e nos serviços.

Hoje na História do Mundo: 15 de Dezembro

 MORTE DE TOURO SENTADO

    Em 1890, a polícia mata numa reserva do estado de Dakota do Sul o cacique sioux Touro Sentado, um dos maiores símbolos da resistência indígena à colonização dos Estados Unidos por imigrantes europeus e seus descendentes.

Sua recusa em levar a tribo para uma reserva indígena levou à Batalha de Little Big Horn, em 25 de junho de 1876, quando sioux e cheienes liderados por Touro Sentado e Cavalo Doido derrotaram o 7º Regimento de Cavalaria, comandado pelo general George Custer.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Ômicron está em 77 países e se propaga de modo alarmante, diz OMS

 A nova cepa do coronavírus de 2019, identificada em 24 de novembro em uma amostra coletada em 9 de novembro na África do Sul, chegou a pelo menos 77 países, inclusive o Brasil, e se propaga de num ritmo sem precedentes e alarmante, advertiu hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Sem dados de cinco estados por causa do ataque de pirataria cibernética ao Ministério da Saúde, o Brasil notificou mais 141 mortes e 5.083 diagnósticos positivos de covid-19 nesta terça-feira. O país soma agora 22194.297 casos confirmados e 617.121 vidas perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 34% em duas semanas para 151. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 38% em duas semanas para 5.427.

No mundo, já são 271.462.242 casos confirmados e 5.320.575 mortes. Mais de 244 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 22 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.405 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 119.072 casos e 1.599 mortes na terça-feira, com contágio e mortes em alta no que o presidente Joe Biden voltou a descrever como uma pandemia de não vacinados.O país tem o maior número de casos confirmados (50.233.338) e de mortes (800.343) na pandemia.  

A média diária de casos novos dos últimos sete dias nos EUA cresceu 47% em duas semanas para 122.054. A média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou 40% em duas semanas para 1.285. As hospitalizações tiveram alta de 21% em duas semanas para 66.785.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson enfrentou uma revolta de cerca de 100 deputados do Partido Conservador contra o Plano B, as novas medidas de combate à pandemia: trabalho à distância, uso de máscaras em locais fechados de uso coletivo e grandes eventos, e o passe da vacina para acesso a boates, clubes noturnos e grandes eventos. O governo precisou de votos da oposição trabalhista para aprovar as medidas.

A França registrou um recorde para o ano de 63.405 casos novos num dia.

Em artigo no jornal The New York Times, os médicos Monica Gandhi e Sarah Zhang argumentam que hoje o número de hospitalizações é um indicador mais importante do controle da pandemia do que o número de casos novos. Citam como exemplo Cingapura, um dos países, na verdade uma cidade-estado, mais vacinados, com 83% plenamente vacinados. O contágio voltou a crescer, mas 98,7% dos casos são leves ou assintomáticos.

Duas doses de vacinas da Pfizer-BioNTech reduzem em 70% o risco de hospitalização por causa da variante ômicron, concluiu um estudo realizado pelo maior plano de saúde privado da África do Sul. O laboratório Pfizer anunciou que seu remédio Paxlovid consegue reduzir em 89% o risco de hospitalização e morte pela variante ômicron.

Mais de 8,52 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo até agora. Mais de 4,42 bilhões de pessoas tomaram ao menos uma dose, 56.67% da população mundial, mas só 7,3% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade (3,744 bilhões) completaram a vacinação.

A China lidera com 2,62 bilhões de doses aplicadas e mais de 80% de seus 1,412 bilhão de habitantes plenamente vacinados. Em seguida, vem a Índia (1,35 bilhão), a União Europeia (801,6 milhões) e os EUA, onde 239,6 milhões receberam a primeira dose, 202,5 milhões (60,81% da população norte-americana) e 56,3 milhões tomaram a dose extra, num total de 498,4 milhões de doses aplicadas.

O Brasil deu a primeira dose a 160,2 milhões de pessoas, pouco menos de 140 milhões (65,63% da população brasileira) completaram a vacinação e 21 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 321,5 milhões de doses aplicadas.

Hoje na História do Mundo: 14 de Dezembro

NASCE A TEORIA QUÂNTICA

    Em 1900, o físico alemão Max Planck publica seus estudos sobre a radiação e lança a Teoria Quântica, mostrando que às vezes a energia apresenta características da matéria.

A Teoria Quântica sustenta que a energia é composta de pequenas partículas ou pacotes, os quanta. A mecânica quântica tem uma visão probabilística da natureza, em contraste com a mecânica clássica e o universo newtoniano.

Planck ganha o Prêmio Nobel de Física de 1918 e influencia cientistas como Albert Einstein, Erwin Schrodinger e Niels Bohr. A Teoria da Relatividade, de Einstein, e a Teoria Quântica, de Planck, são as bases da física moderna.

NORUEGUÊS É PRIMEIRO NO POLO SUL

    Em 1911, o explorador norueguês Roald Amundsen se torna o primeiro homem a chegar ao Polo Sul. 

Amundsen nasce em Borge, perto de Oslo, e se destaca como explorador dos polos. Em 1897, participa de uma expedição belga que é a primeira a passar o inverno na Antártida. Em 1903, leva a corveta Gjöa através da Passagem do Noroeste e da costa do Canadá. É o primeiro navegante a realizar a façanha.

Seu sonho maior é ser o primeiro homem a chegar ao Polo Sul. Quando está se preparando, em 1909, recebe a informação de que o norte-americano Robert Peary chegou lá. Amundsen zarpa para a Antártida em junho de 1910, ao mesmo tempo que o britânico Robert Scott.

Ao chegar ao continente gelado, Amundsen ancora na Baía das Baleias e monta seu acampamento a uma distância 100 quilômetros menor até o Polo Sul do que Scott. Num trenó puxado por cães, Amundsen chega antes e retorna ao acampamento no fim de janeiro. Scott atinge o Polo Sul mais de um mês depois, em 18 de janeiro, e morre ao tentar voltar para seu acampamento quando estava a 11 quilômetros de distância.

LIGA DAS NAÇÕES EXPULSA URSS

    Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Liga das Nações, precursora da ONU, expulsa a União Soviética por causa da invasão da Finlândia, em novembro.

Primeira organização internacional de caráter universal dedicada à paz mundial, a Liga das Nações nasce depois da Primeira Guerra Mundial (1914-18) como parte do plano de paz de 15 pontos do presidente norte-americano, Woodrow Wilson. Mas fracassa ao não impedir a remilitarização da Alemanha, a invasão da China pelo Japão, a invasão da Abissínia ou Etiópia pela Itália e a invasão soviética da Finlândia - e não consegue evitar a Segunda Guerra Mundial.

MASSACRE DE SANDY HOOK

    Em 2012, depois de matar a mãe, Adam Lanza mata 20 crianças e seis funcionários da Escola Elementar Sandy Hook, em Newtown, no estado de Connecticut, nos Estados Unidos, e se suicida.

Na época, é o segundo ataque mais mortífero a uma escola no país, atrás apenas do massacre de 32 estudantes e professores na Escola Politécnica da Virgínia.

O presidente Barack Obama propôs mudanças na lei para aumentar as exigências para comprar armas nos EUA, mas a maioria republicana no Senado vetou.

Propagadores de notícias falsas e teorias conspiratórias como o radialista Alan Jones chegam a afirmar que a matança era invenção. Jones é condenado a pagar US$ 100 mil às famílias de algumas vítimas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

China tem primeiro caso e Reino Unido primeira morte pela ômicron

 A China, o último país que ainda adota uma política de erradicação total do coronavírus de 2019, registrou hoje o primeiro caso da variante ômicron. Mais de 70 países têm casos da nova cepa.

No Reino Unido, onde 20% dos casos novos são da ômicron, o primeiro-ministro Boris Johnson confirmou a primeira morte com a nova cepa do vírus e tentou afastar a sensação de que a ômicron seria menos perigosa.

Johnson alertou que a ômicron pode causar não uma onda, mas um "maremoto", e prometeu a aplicação de 1 milhão de doses de reforço até o fim do ano. 

O governo britânico incentiva o trabalho em casa, tornou obrigatório o uso de máscaras em lugares fechados de uso coletivo e em grandes eventos, e tenta aprovar na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico.

No Brasil, com a pirataria cibernética no Ministério da Saúde, nove estados, inclusive São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, não atualizaram as informações sobre casos novos e mortes no sistema de processamento de dados. Assim, foram notificadas 39 mortes e 1.865 diagnósticos positivos.

Ao todo, o Brasil soma 22.189.214 casos confirmados e 616.980 vidas perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 26% em duas semanas para 170. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 31% para 6.173. As distorções pela subnotificação devem ser corrigidas nos próximos dias.

Em contraste com o Brasil, os Estados Unidos registraram mais 195.519 casos e 1.316 mortes na segunda-feira. A média diária de casos novos aumentou 49% em duas semanas para 120.056. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 40% em duas semanas para 1.276. O país passou de 800 mil mortes pela soma da agência de notícias Reuters e de 50 milhões de casos confirmados. A ômicron chegou a 34 estados e ao Distrito de Colúmbia.

No mundo, são 270.822.912 casos confirmados e 5.312.921 mortes na pandemia. Mais de 243,5 milhões de pacientes se recuperaram, 21,9 milhões enfrentam casos leves ou médios e 88.900 (0,4% dos casos ativos) estão em estado grave.

A Índia relatou mais 5.874 casos, o menor número em um ano e cinco meses, e 252 mortes. Tem o segundo maior número de casos confirmados (34.703.644) e de mortes (475.888), depois dos EUA e do Brasil.

Mais de 8,47 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo. Mais de 4,41 milhões de pessoas, 56,54% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 7,1% nos países pobres. Cerca de 47% da humanidade completaram a vacinação.

A China lidera a imunização com 2,61 bilhões de doses aplicadas e mais de 80% plenamente vacinados, seguida pela Índia (1,34 bilhão) e a União Europeia.

O Brasil deu a primeira dose a 160,17 milhões de pessoas, 139,54 milhões (65,42% da população brasileira) completaram a vacinação e 20,87 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 320,6 milhões de doses aplicadas.

Hoje na História do Mundo: 13 de Dezembro

DRAKE PARTE PARA VOLTA AO MUNDO

    Em 1577, com cinco navios e 164 homens, o corsário inglês Francis Drake zarpa de Plymouth, na Inglaterra, para saquear colônias da Espanha na costa leste da América Latina e explorar o Oceano Pacífico, terminando por se tornar o primeiro comandante a completar a volta ao mundo porque o português Fernão de Magalhães morrera nas Filipinas, em 1521, sem concluir a primeira viagem de circunavegação da Terra, finalizada por Juan Sebastián Elcano, 

ESTUPRO DE NANQUIM

    Em 1937, o Império do Japão invade a cidade de Nanquim, na época capital da República da China, e inicia um massacre de seis semanas em que pelo 150 mil "prisioneiros de guerra" e 50 mil civis são mortos, e 20 mil meninas e mulheres são violentadas sexualmente. Ao todo, estima-se que 300 mil chineses foram mortos no Estupro de Nanquim, uma atrocidade que até hoje marca as relações entre os dois países.

O Japão invade a região da Manchúria, no Nordeste da China, em 1931, e ataca Xangai, a maior e mais rica cidade chinesa, em agosto de 1937. A cidade resiste até meados de novembro. 

Para quebrar a força moral do inimigo, em 1º de dezembro, o general japonês Iwane Matsui manda destruir Nanquim. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), o Tribunal Militar Internacional de Crimes de Guerra de Tóquio estimou que pelo menos 200 mil pessoas foram mortas em Nanquim e condenou Matsui à pena de morte. 

GORE RECONHECE DERROTA

    Em 2000, depois de uma batalha judicial em torno da apuração dos votos da Flórida que chega à Suprema Corte, o vice-presidente Albert Gore Jr. reconhece a vitória de George Walker Bush na eleição presidencial, a primeira e única no século 20 em que o candidato vencedor no voto popular perde no Colégio Eleitoral.

Fortes suspeitas de fraude pesam sobre a eleição. No sistema político norte-americano, uma verdadeira federação, a eleição é organizada pelos estados. 

A Flórida, o estado decisivo, é governada por Jeb Bush, irmão do candidato republicano. A secretária de Estado da Flórida, encarregada da eleição, chefia a campanha de Bush.

Há o voto borboleta, em que a ordem dos candidatos na cédula confundem o eleitor, máquinas de perfurar cartões com a perfuração imperfeita. No fim, Bush vence por 537 votos na Flórida e perde por 543.895 no voto popular no país inteiro, mas ganha no Colégio Eleitoral por 271 a 266.

O Tribunal de Justiça da Flórida manda recontar os votos. A Suprema Corte suspende a recontagem, o que leva o ministro John Paul Stevens a afirmar que, "embora talvez nunca saibamos com total certeza a identidade de quem venceu a eleição presidencial de 2020, a identidade do perdedor é perfeitamente clara. É a confiança no juiz como guardião do Estado de Direito."

Mesmo discordando da decisão da Suprema Corte, Gore aceita o resultado porque "o rancor bipartidário deve ser posto de lado". Quanta diferença para os dias de hoje, quando o ex-presidente Donald Trump se recusa a reconhecer a vitória de Joe Biden e tenta dar um golpe de Estado para evitar a ratificação pelo Congresso da votação no Colégio Eleitoral.

"Aceito o resultado final, que será ratificado segunda-feira pelo Colégio Eleitoral", declarou Gore na televisão. "Nesta noite, por nossa unidade como povo e por nossa força como democracia, ofereço minha concessão."

SADDAM HUSSEIN PRESO

    Em 2003, oito meses depois de ser derrubado por uma invasão dos Estados Unidos, o ditador iraquiano Saddam Hussein al-Tikrit é preso por forças norte-americanas.

Saddam nasce em Tikrit em 1937. Quando adolescente, vai para Bagdá, onde entra para o Partido Baath, um partido socialista árabe aliado da União Soviética na Guerra Fria, e participa de várias tentativas de golpe até instalar um primo no poder em 1968.

O ditador conquista o poder absoluto em 16 de julho de 1979, quando 14 pessoas são executadas publicamente em Bagdá. Em 22 de setembro de 1980, inicia uma guerra contra a República Islâmica do Irã.

Apesar do apoio dos Estados Unidos, da URSS e dos países árabes, a Guerra Irã-Iraque termina num impasse, em 20 de agosto de 1990, com um total de mortes estimado em até 1 milhão de pessoas.

Com a economia abalada pela guerra, Saddam pressiona as monarquias petroleiras árabes em busca de dinheiro. Sem sucesso, invade o Iraque em 2 de agosto de 1990 e ameaça a Arábia Saudita.

Os EUA e aliados reagem, inclusive de países muçulmanos. Na Guerra do Golfo, em 1991, os iraquianos são expulsos do Kuwait, mas Saddam não cai e massacra rebeldes curdos e xiitas que desafiam sua autoridade. 

O Iraque é submetido a um rigoroso regime de sanções pelas Nações Unidas para acabar com os programas de desenvolvimento de armas de destruição em massa (químicas, biológicas e nucleares).

Depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, nos quais o Iraque não teve qualquer participação, o presidente George W. Bush coloca o país num "eixo do mal", ao lado da Coreia do Norte e do Iraque. 

Sob o falso pretexto de Saddam tinha armas de destruição em massa, os EUA e alguns aliados invadem o Iraque em 20 de março de 2003 e derrubam o ditador, gerando uma situação de caos e anarquia em que se infiltra a rede terrorista Al Caeda, responsável pelo 11 de setembro. Al Caeda no Iraque se transformaria no Estado Islâmico do Iraque e do Levante, um grupo terrorista ainda mais feroz do que Al Caeda.

Preso, Saddam é condenado e executado em 30 de dezembro de 2006. As armas de destruição em massa nunca foram encontradas.

GRETA PERSONALIDADE DO ANO

    Em 2019, a jovem ativista sueca Greta Thunberg, de apenas 16 anos, é escolhida Personalidade do Ano da revista Time por sua luta contra o aquecimento global. É a primeira pessoa nascida no século 21 a receber a honraria.

Depois de convencer os pais a virarem veganos, reduzir sua pegada de carbono e evitar viagens aéreas, Greta promove greves de estudantes do ensino médio para pressionar as autoridades e os adultos. Logo, é convida a discursar em eventos e afirma "nossa casa está pegando fogo".

Em agosto de 2019, Greta atravessa o Oceano Atlântico num navio movido a energia solar e depõe no Congresso dos Estados Unidos com um discurso contundente: "Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias. Mesmo assim, sou uma das sortudas. Pessoas estão sofrendo. Pessoas estão morrendo. Ecossistemas inteiros estão entrando em colapso. Estamos no início de uma extinção em massa. E tudo o que vocês conseguem dizer é sobre dinheiro e o conto de fadas do crescimento econômico eterno. Como vocês ousam?"

domingo, 12 de dezembro de 2021

EUA chegam a 800 mil mortes na pandemia

 Os Estados Unidos ultrapassaram neste domingo a marca de 800 mil mortes na pandemia do coronavírus de 2019 pela soma da agência de notícias Reuters, com o contágio e as mortes em alta, ainda por causa da variante delta, e a ameaça da variante ômicron. Um ano depois do início da imunização, só 61% dos norte-americanos completaram a vacinação.

Desde o início do ano, mais de 450 mil norte-americanos morreram depois de pegar covid-19, 57% do total desde o início da pandemia. A média diária de casos novos cresceu 43% em duas semanas para 119.288. A média diária de mortes aumentou 32% no mesmo período para 1.298.

Entre as potências industriais do Grupo dos Sete (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), os EUA têm as maiores taxas de mortalidade por covid-19, três vezes maior do que no Canadá e 11 vezes maior do que o Japão. O Brasil tem a décima maior mortalidade, atrás do Peru e de países da Europa Oriental. Os EUA estão em 18º lugar.

 Com a subnotificação do fim de semana, foram registradas mais 178 mortes e 37.740 casos novos de covid-19 nos EUA no domingo, bem abaixo das médias recentes. O total de casos confirmados passa de 50 milhões.

O Brasil notificou mais 82 mortes e 1.686 casos no domingo. Soma 22.187.249 casos confirmados e 616.941 vidas perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 27% em duas semanas para 181. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 20% em duas semanas para 6.679. Ambas têm forte tendência de baixa na contramão do resto do mundo.

No mundo, já são 270.162.556 casos confirmados e 5.306.114 mortes. Mais de 243 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 21,86 milhões enfrentam casos leves ou médios e 88.826 (0,4% dos casos ativos) estão em estado grave. A taxa de letalidade está inalterada há meses em 2% dos casos encerrados.

Na Europa, a variante ômicron deve se tornar dominante nesta semana no Reino Unido, na Bélgica e na Dinamarca.

O Reino Unido registrou 54.073 casos novos e 132 mortes em 24 horas. Já diagnosticou 1.898 casos da variante ômicron. Em pronunciamento no domingo, o primeiro-ministro conservador Boris Johnson advertiu, com seu estilo bombástico, que o país está sob o risco de uma "tsunami" da nova cepa e aumentou o nível de alerta de 3 para 4 num escala de 5 pontos. 

Até agora, houve 146.439 mortes na pandemia no país. Johnson prometeu dose de reforço para todos os maiores de 18 anos e inocular 1 milhão de pessoas por dia para conter uma nova onda de contaminação.

A partir de hoje, no Reino Unido. quem puder deve trabalhar em casa. O uso de máscaras volta a ser obrigatório em lugares fechados de uso coletivo e em grandes eventos. A Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico vai debater um projeto para introduzir o passe da vacina.

A Itália notificou mais 21.042 casos e 96 mortes no sábado, depois de 118 mortes na sexta-feira. Houve até agora 134.765 mortes na pandemia no país, o terceiro maior número de mortes da Europa, depois da Rússia e do Reino Unido, e nono do mundo.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, pegou covid. Está em isolamento, com sintomas leves.

Mais de 8,45 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo até agora. Mais de 4,41 bilhões de pessoas, 56,54% da população mundial tomaram ao menos um dose, mas só 7,1% nos países pobres. Cerca de 47% completaram a vacinação.

A China lidera a imunização com 2,6 bilhões de doses; 80% dos 1,412 bilhão de chineses receberam duas doses. Em seguida, vem a Índia, a União Europeia e os EUA. 

O Brasil deu a primeira dose a 159,84 milhões de pessoas, 139,34 milhões (65,32% da população brasileira) completaram a vacinação e 20,47 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 319,65 milhõees de doses aplicadas até agora.

Um estudo realizado em Israel pelo Laboratório Central de Virologia do Ministério da Saúde e o Centro Médico Sheba concluiu que três doses da vacina da Pfizer-BioNTech conseguem neutralizar a variante ômicron.

Nos EUA, o Dr. Anthony Fauci, principal assessor científico da Casa Branca para a pandemia, comentou que três doses é o "cuidado ótimo", mas por enquanto o governo não vai mudar o conceito de plenamente vacinados: duas doses das vacinas da Pfizer-BioNTech ou da Moderna e uma dose da Janssen. Mas recomenda a dose extra, especialmente por causa do risco da variante ômicron.

O Dr. Fauci acrescentou que serão necessários meses para avaliar se a queda na imunidade vai exigir vacinação anual contra a covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não endossa a dose extra por temer que atrase ainda mais a imunização dos países pobres, como na África, onde surgiu a variante ômicron.

A Austrália reduziu de seis para cinco meses o prazo para receber a dose de reforço.

Mais de 1 bilhão de pessoas caiu na miséria por ter de pagar com seu próprio dinheiro o tratamento de saúde durante a pandemia, afirmaram neste domingo a OMS e o Banco Mundial, observando que a pandemia causou a pior crise econômica internacional desde a Grande Depressão (1929-39).