quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

G-7 declara ômicron "maior ameaça atual à saúde global"

 O Grupo dos Sete, que reúne grandes potências industrias democráticas (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), considera a variante ômicron do coronavírus de 2019 a "maior ameaça atual à saúde pública global", declarou em nota hoje o governo britânico, que ocupa a presidência do bloco no momento, depois de uma reunião de ministros da Saúde.

Os ministros do G-7 destacaram a importância de oferecer uma dose de reforço a suas populações, da testagem em massagem, das medidas não terapêuticas como uso de máscara e distanciamento físico - e prometeram acesso global a testes, sequenciamento genético do vírus, vacinas e medicamentos. Mas, até agora, a principal resposta dos países ricos à ômicrom é a dose de reforço.

"Para combater a pandemia, precisamos de um plano global", observou o Dr. Larry Brilliant, que trabalhou na Organização Mundial da Saúde (OMS) com a equipe que erradicou a varíola.

Mais de 8,59 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,45 bilhões de pessoas, 57% da população mundial, tomaram ao menos uma dose, mas só 7,5% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade, mais de 3,74 bilhões de pessoas, estão plenamente vacinados e avança a aplicação da dose de reforço nos países desenvolvidos enquanto 3,35 bilhões ainda não tomaram nenhuma dose.

A China aplicou 2,64 bilhões de vacinas, seguida pela Índia (1,35 milhões) e a União Europeia (805 milhões. Nos EUA, 240,3 milhões tomaram a primeira dose, 203,2 milhões (61% da população norte-americana) completaram a vacinação e 58,3 milhões receberam a dose de reforço, num total de 501,8 milhões de doses.

O Brasil deu a primeira dose a 160,5 milhões, mais de 141 milhões (66,14% da população brasileira) completaram a vacinação e 22,2 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 323,7 milhões doses. Sob ameaças de morte de fanáticos do movimento antivacinas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos.

Juntos, os países que mais vacinaram e a UE aplicaram 5,62 bilhões de doses, 65% do total. 

A expectativa no momento é que a vacinação na África não chegue a 70% da população de todos os países em 2022, como é a meta da OMS. Como já surgiram duas variantes graves na África, a beta e a ômicron, esta última provavelmente em paciente como o vírus da imunodeficiência humana, o controle da pandemia pode ser adiado para 2024.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos está aconselhando quem tomou a vacina da Janssen que tome a dose de reforço da Pfizer-BioNTech ou da Moderna, depois de casos de formação de coágulos sanguíneos com nove mortes.

O Brasil divulga informações incompletas há oito dias por causa de um ataque cibernético ao Ministério da Saúde. Sem atualização dos dados de quatro estados, foram notificadas na quinta-feira mais 173 mortes e 3.805 diagnósticos positivos de covid-19. O país soma agora 22.203.236 casos confirmados e 617.521 mortes. A média diária de casos dos últimos sete caiu 30% em duas semanas para 145. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 55% para 3.944.

No mundo, já são 272.911.967 casos confirmados e 5.336.255 mortes. Mais de 245 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 27,8 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.348 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 145.664 casos e 1.183 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 40% em duas semanas para 121.188. A média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou 34% para 1.302. O número de hospitalizados subiu 21% em duas semanas para 68.079.

Depois do recorde de mais de 78 mil casos no Reino Unido, a França fechou as fronteiras para quem viver do outro lado do Canal da Mancha. Parecem mais alguns salvos na guerrinha decorrente da saída britânica da UE, que envolvem direitos de pesca, imigração ilegal e controle aduaneiro.

O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu avaliar a necessidade de medidas mais rigorosas com base na ocupação dos leitos hospitalares.

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