terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Ômicron está em 77 países e se propaga de modo alarmante, diz OMS

 A nova cepa do coronavírus de 2019, identificada em 24 de novembro em uma amostra coletada em 9 de novembro na África do Sul, chegou a pelo menos 77 países, inclusive o Brasil, e se propaga de num ritmo sem precedentes e alarmante, advertiu hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Sem dados de cinco estados por causa do ataque de pirataria cibernética ao Ministério da Saúde, o Brasil notificou mais 141 mortes e 5.083 diagnósticos positivos de covid-19 nesta terça-feira. O país soma agora 22194.297 casos confirmados e 617.121 vidas perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 34% em duas semanas para 151. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 38% em duas semanas para 5.427.

No mundo, já são 271.462.242 casos confirmados e 5.320.575 mortes. Mais de 244 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 22 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.405 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 119.072 casos e 1.599 mortes na terça-feira, com contágio e mortes em alta no que o presidente Joe Biden voltou a descrever como uma pandemia de não vacinados.O país tem o maior número de casos confirmados (50.233.338) e de mortes (800.343) na pandemia.  

A média diária de casos novos dos últimos sete dias nos EUA cresceu 47% em duas semanas para 122.054. A média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou 40% em duas semanas para 1.285. As hospitalizações tiveram alta de 21% em duas semanas para 66.785.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson enfrentou uma revolta de cerca de 100 deputados do Partido Conservador contra o Plano B, as novas medidas de combate à pandemia: trabalho à distância, uso de máscaras em locais fechados de uso coletivo e grandes eventos, e o passe da vacina para acesso a boates, clubes noturnos e grandes eventos. O governo precisou de votos da oposição trabalhista para aprovar as medidas.

A França registrou um recorde para o ano de 63.405 casos novos num dia.

Em artigo no jornal The New York Times, os médicos Monica Gandhi e Sarah Zhang argumentam que hoje o número de hospitalizações é um indicador mais importante do controle da pandemia do que o número de casos novos. Citam como exemplo Cingapura, um dos países, na verdade uma cidade-estado, mais vacinados, com 83% plenamente vacinados. O contágio voltou a crescer, mas 98,7% dos casos são leves ou assintomáticos.

Duas doses de vacinas da Pfizer-BioNTech reduzem em 70% o risco de hospitalização por causa da variante ômicron, concluiu um estudo realizado pelo maior plano de saúde privado da África do Sul. O laboratório Pfizer anunciou que seu remédio Paxlovid consegue reduzir em 89% o risco de hospitalização e morte pela variante ômicron.

Mais de 8,52 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo até agora. Mais de 4,42 bilhões de pessoas tomaram ao menos uma dose, 56.67% da população mundial, mas só 7,3% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade (3,744 bilhões) completaram a vacinação.

A China lidera com 2,62 bilhões de doses aplicadas e mais de 80% de seus 1,412 bilhão de habitantes plenamente vacinados. Em seguida, vem a Índia (1,35 bilhão), a União Europeia (801,6 milhões) e os EUA, onde 239,6 milhões receberam a primeira dose, 202,5 milhões (60,81% da população norte-americana) e 56,3 milhões tomaram a dose extra, num total de 498,4 milhões de doses aplicadas.

O Brasil deu a primeira dose a 160,2 milhões de pessoas, pouco menos de 140 milhões (65,63% da população brasileira) completaram a vacinação e 21 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 321,5 milhões de doses aplicadas.

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