quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Europa e EUA registram fortes ondas de contaminação na pandemia

 Com a chegada da variante ômicron em meio a uma onda da variante delta do coronavírus de 2019, o Reino Unido registrou um recorde de 78.610 casos novos num dia nesta quarta-feira. As hospitalizações aumentaram 10% em uma semana. 

Na França, foram mais 65.713 diagnósticos positivos de covid-19 em 24 horas, o maior número em 13 meses, desde novembro de 2020. O presidente Emmanuel Macron cogita tornar a vacinação obrigatória.

Mesmo com mais de 70% plenamente vacinados, os dois países temem a sobrecarga dos sistemas de saúde no inverno que chega na próxima semana. O principal assessor médico do governo britânico, prof. Chris Whitty, alertou que em breve "um número muito, muito, muito grande" vai pegar a ômicron, que avança "num ritmo absolutamente fenomenal".

"Temos duas epidemias, uma em cima da outra, uma epidemia da variante delta estável e uma epidemia da ômicron que cresce muito rapidamente em cima", declarou o prof. Whitty na televisão, ao lado do primeiro-ministro Boris Johnson, que tentou contemporizar. O médico espera um surto capaz de sobrecarregar os hospitais logo depois do Natal.

As hospitalizações e mortes passaram a ser os indicadores mais importantes da pandemia. Na França, 90% da população acima de 12 anos estão vacinados. Pelos dados do presidente, 5 milhões de franceses não se vacinaram mesmo estando dentro da idade. 

Macron comentou que a vacinação obrigatória é uma "hipótese que existe". A vacinação de crianças de 5 a 11 anos será uma decisão dos pais.

A Itália prorrogou o estado de emergência de saúde pública em vigor desde o início da pandemia até 31 de março de 2022. Até 6 de dezembro, a variante delta era responsável por 99% dos casos novos na Itália. Naquele dia, houve quatro casos da ômicron (0,19%).

Os Estados Unidos registraram mais 143.282 casos e 2.119 mortes de covid-19 na quarta-feira. A média diária de casos novos dos últimos sete dias aumentou 40% em duas semanas para 121.000. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 34% em duas semanas para 1.297. Os hospitalizados são 67.505, 20% a mais do que duas semanas atrás.

Apesar do avanço da ômicron, na semana passada (5-12dez), o mundo teve um queda de 5% no contágio para 4.000.817 casos novos e de 10% nas mortes para 46.961. A Europa e a Ásia Central foram responsáveis por 65% dos casos novos e 60% das mortes.

A África registrou uma alta de 111% no contágio. Na América e no Sudeste Asiático, houve uma queda de 10% nos casos novos e, na Europa e na Ásia Central, de 7%. As mortes na América foram 14% menos do que na semana anterior.

Ao todo no mundo, são 272.197.443 casos confirmados e 5.329.536 mortes. Mais de 244,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 22,37 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.252 estão em estado grave. A média diária de casos novos em sete dias subiu 6% em duas semanas para 614.080. A média diária de mortes dos últimos sete dias baixou 2% para 7.010.

No Brasil, há seis dias o Ministério da Saúde não atualiza os dados de todos os estados por causa de um ataque de pirataria cibernética. Assim, há uma subnotificação. Foram mais 227 mortes e 5.034 diagnósticos positivos de covid-19 na quarta-feira. 

Até agora, o Brasil soma 22.199.331 casos confirmados e 617.348 vidas perdidas na pandemia. A média diária de casos novos dos últimos sete dias caiu 31% em duas semanas para 150. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 47% em duas semanas para 4.709. Ambas têm forte tendência de queda.

Mais de 8,55 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,43 bilhões de pessoas (56,79% da população mundial) tomaram ao menos uma dose, mas só 7,3% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade completaram a vacinação.

A China lidera com mais de 2,63 bilhões de doses aplicadas e 80% plenamente imunizados, mas duas doses da CoronaVac não conseguem neutralizar a variante ômicron. A companhia chinesa Sinovac está desenvolvendo uma nova versão da vacina.

Logo atrás, em doses aplicadas, estão a Índia (1,35 bilhão) e a União Europeia. Nos EUA, 240 milhões tomaram a primeira dose, 202,8 milhões (60,9% da população norte-americana) e 57,3 milhões receberam a dose extra, num total de 500,1 milhões de doses aplicadas.

O Brasil deu a primeira dose a 160,37 milhões de pessoas, 136,19 milhões (63,85% daa população brasileira) completaram a vacinação e 21,69 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 301,15 milhões de doses aplicadas.

Para combater a inflação da pandemia, o Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, indicou que vai fazer três altas na taxa básica de juros em 2022. O índice de preços ao consumidor subiu 6,8% num ano. É o maior desde 1982.

No Brasil, depois de dois trimestres consecutivos de queda, o que caracteriza recessão, os indicadores de outubro apontam baixas na indústria, no comércio e nos serviços.

Nenhum comentário: