A variante ômicron do coronavírus de 2019 está em mais de 80 países, é altamente contagiosa, já se tornou dominante nos Estados Unidos e no Reino Unido, reduz a efetividade das vacinas, exigindo uma dose de reforço, e os infectologistas ainda não chegaram a uma conclusão definitiva sobre a virulência.
Quando a ômicron surgiu, no Sul da África, no início de novembro, os primeiros relatos eram de casos leves. Na Europa, em países como o Reino Unido e a Dinamarca, esta impressão inicial não se confirmou.
Epidemiologistas do Imperial College de Londres "não encontraram provas de que a variante ômicron" cause uma doença "menos grave do que a variante delta, a julgar seja pela proporção dos que apresentam sintomas depois de testar positivo ou pela proporção dos que são hospitalizados em relação aos infectados." Mas consideram a amostra pequena.
Estudos feitos na África do Sul e nas universidades de Hong Kong e de Cambridge indicam que a ômicron se instala rapidamente nos brônquios, o que explicaria a alta transmissibilidade, mas não infecta os pulmões com a gravidade das variantes anteriores, por isso seria menos virulentas.
Nos EUA, a ômicron foi responsável por 73% das infecções diagnosticadas na semana passada. O percentual de casos da nova cepa se multiplicou por seis numa semana. Em Nova York, no Sudeste, na região industrial do Meio-Oeste e na costa do Pacífico, no Noroeste, mais de 90% dos casos novos são da variante ômicron.
Nesta segunda-feira, os EUA registraram mais 300.060 casos c 1.461 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 18% em duas semanas para 141.824. A média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou 3% para 1.299. É estável num patamar elevado. O número de hospitalizados subiu 14% em duas semanas para 69.047. O país tem o maior número de casos confirmados (51.100.782) e de mortes (807.952) na pandemia.
No mundo, já são 275.472.519 casos confirmados e 5.361.463 mortes. Cerca de 247,5 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 22,5 milhões enfrentam casos leves ou suaves e 88.742 (0,4% dos casos ativos) estão em estado grave.
O Reino Unido registrou mais de 91 mil casos novos nesta segunda-feira, o segundo maior número desde o início da pandemia, mas o primeiro-ministro Boris Johnson descarta por enquanto um novo confinamento.
Na França, o presidente Emmanuel Macron também não quer parar de novo as atividades não essenciais. Confia que as vacinas serão capazes de conter a nova cepa do vírus.
No Brasil, os problemas no sistema de computação do Ministério da Saúde tornam os dados pouco confiáves. O país soma pelo menos 22.213.696 casos confirmados e 617.905 mortes.
Mais de 8,74 bilhões de doses foram aplicadas até agora no mundo. Cerca de 58% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 7,6% nos países pobres, enquanto 48% completaram a vacinação, mas só 5,4% receberam a dose de reforço.
O Brasil deu a primeira dose a 160,5 milhões, 141,6 milhões (66,39%) completaram a vacinação e 23,17 milhões tomaram a dose de reforço, importante para se defender da ômicron.
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