Os Estados Unidos ultrapassaram neste domingo a marca de 800 mil mortes na pandemia do coronavírus de 2019 pela soma da agência de notícias Reuters, com o contágio e as mortes em alta, ainda por causa da variante delta, e a ameaça da variante ômicron. Um ano depois do início da imunização, só 61% dos norte-americanos completaram a vacinação.
Desde o início do ano, mais de 450 mil norte-americanos morreram depois de pegar covid-19, 57% do total desde o início da pandemia. A média diária de casos novos cresceu 43% em duas semanas para 119.288. A média diária de mortes aumentou 32% no mesmo período para 1.298.
Entre as potências industriais do Grupo dos Sete (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), os EUA têm as maiores taxas de mortalidade por covid-19, três vezes maior do que no Canadá e 11 vezes maior do que o Japão. O Brasil tem a décima maior mortalidade, atrás do Peru e de países da Europa Oriental. Os EUA estão em 18º lugar.
Com a subnotificação do fim de semana, foram registradas mais 178 mortes e 37.740 casos novos de covid-19 nos EUA no domingo, bem abaixo das médias recentes. O total de casos confirmados passa de 50 milhões.
O Brasil notificou mais 82 mortes e 1.686 casos no domingo. Soma 22.187.249 casos confirmados e 616.941 vidas perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 27% em duas semanas para 181. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 20% em duas semanas para 6.679. Ambas têm forte tendência de baixa na contramão do resto do mundo.
No mundo, já são 270.162.556 casos confirmados e 5.306.114 mortes. Mais de 243 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 21,86 milhões enfrentam casos leves ou médios e 88.826 (0,4% dos casos ativos) estão em estado grave. A taxa de letalidade está inalterada há meses em 2% dos casos encerrados.
Na Europa, a variante ômicron deve se tornar dominante nesta semana no Reino Unido, na Bélgica e na Dinamarca.
O Reino Unido registrou 54.073 casos novos e 132 mortes em 24 horas. Já diagnosticou 1.898 casos da variante ômicron. Em pronunciamento no domingo, o primeiro-ministro conservador Boris Johnson advertiu, com seu estilo bombástico, que o país está sob o risco de uma "tsunami" da nova cepa e aumentou o nível de alerta de 3 para 4 num escala de 5 pontos.
Até agora, houve 146.439 mortes na pandemia no país. Johnson prometeu dose de reforço para todos os maiores de 18 anos e inocular 1 milhão de pessoas por dia para conter uma nova onda de contaminação.
A partir de hoje, no Reino Unido. quem puder deve trabalhar em casa. O uso de máscaras volta a ser obrigatório em lugares fechados de uso coletivo e em grandes eventos. A Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico vai debater um projeto para introduzir o passe da vacina.
A Itália notificou mais 21.042 casos e 96 mortes no sábado, depois de 118 mortes na sexta-feira. Houve até agora 134.765 mortes na pandemia no país, o terceiro maior número de mortes da Europa, depois da Rússia e do Reino Unido, e nono do mundo.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, pegou covid. Está em isolamento, com sintomas leves.
Mais de 8,45 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo até agora. Mais de 4,41 bilhões de pessoas, 56,54% da população mundial tomaram ao menos um dose, mas só 7,1% nos países pobres. Cerca de 47% completaram a vacinação.
A China lidera a imunização com 2,6 bilhões de doses; 80% dos 1,412 bilhão de chineses receberam duas doses. Em seguida, vem a Índia, a União Europeia e os EUA.
O Brasil deu a primeira dose a 159,84 milhões de pessoas, 139,34 milhões (65,32% da população brasileira) completaram a vacinação e 20,47 milhões tomaram a dose de reforço, num total de 319,65 milhõees de doses aplicadas até agora.
Um estudo realizado em Israel pelo Laboratório Central de Virologia do Ministério da Saúde e o Centro Médico Sheba concluiu que três doses da vacina da Pfizer-BioNTech conseguem neutralizar a variante ômicron.
Nos EUA, o Dr. Anthony Fauci, principal assessor científico da Casa Branca para a pandemia, comentou que três doses é o "cuidado ótimo", mas por enquanto o governo não vai mudar o conceito de plenamente vacinados: duas doses das vacinas da Pfizer-BioNTech ou da Moderna e uma dose da Janssen. Mas recomenda a dose extra, especialmente por causa do risco da variante ômicron.
O Dr. Fauci acrescentou que serão necessários meses para avaliar se a queda na imunidade vai exigir vacinação anual contra a covid-19.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não endossa a dose extra por temer que atrase ainda mais a imunização dos países pobres, como na África, onde surgiu a variante ômicron.
A Austrália reduziu de seis para cinco meses o prazo para receber a dose de reforço.
Mais de 1 bilhão de pessoas caiu na miséria por ter de pagar com seu próprio dinheiro o tratamento de saúde durante a pandemia, afirmaram neste domingo a OMS e o Banco Mundial, observando que a pandemia causou a pior crise econômica internacional desde a Grande Depressão (1929-39).
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